terça-feira, 31 de maio de 2011

UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO

Graças ao Facebook e seus reencontros inesperados, recentemente restabeleci contato com um amigo (acho que ainda posso chamá-lo assim, né Fernando?!?) muito querido que foi fundamental na minha chegada em Mogi das Cruzes.
Nos primeiros eventos ele sempre estava por perto, conversavamos muito e lembro de um dia em que, ainda um pouco surpreso, me disse "Ana, minha empresa está crescendo e eu preciso organizar a melhor forma para que isso aconteça".
Ou a empresa cresceu demais ou a correria do dia-a-dia acabou nos distanciando... O fato é que fiquei muito feliz quando ele colocou no meu mural no Facebook um texto autorizado para que eu publicasse aqui no Lounge Empreendedor.
Medo, angústias, sonhos, auto-conhecimento, verdade, fé, realização pessoal...
Acredito que seus palavras valham de inspiração a muitos outros empreendedores que estejam na busca pelo "tal" sucesso. De empreendedor para empreendedor...

sábado, 28 de maio de 2011

EPIDEMIA WORKAHOLIC

Se não pisarmos no freio no mundo corporativo, vamos morrer cedo! É fato, notório e bem sombrio. Isso é o que afirma a matéria principal da revista Você S/A deste mês (maio/2011) e também o que tenho refletido demais nessa primeira semana de uma licença médica que me afastou do trabalho em função de uma lombalgia e problemas no ciático. 
O texto da revista Você S/A não tem outro objetivo senão colocar um certo medo em executivos que estão se acorrentando (às vezes, sem perceber) aos seus computadores, idéias, dinheiro, blackberrys e ao clube do uísque – durante uma boa reunião de negócios, é claro. 
Sendo consciente ou não, o fato é que qualquer escolha gera conseqüências. Uma delas é a sensação de que hoje o mundo gira muito mais rápido que antigamente. 
Por mais que façamos várias coisas durante o dia e até de noite, vamos dormir (quando sobra tempo) com um sentimento estranho, que grita aos nossos ouvidos que não fizemos nada, que o tempo não rendeu e que amanhã será pior.
Afinal, somam-se às tarefas de ontem, as responsabilidades de hoje e haverá acúmulo de trabalho, de obrigações e, sobretudo, de cobranças – inclusive, as próprias, que entopem artérias tão bem quanto um bom pedaço de bacon. Os americanos criaram uma expressão para definir essa sensação angustiante: FOMO – um acrônimo de Fear Of Missing Out. Traduzindo: o medo de perder algo importante.
Tudo bem que, às vezes, é bacana esticar um pouco mais no trabalho, para ver, finalmente, aquele projeto pronto (não é preciso esperar pelo amanhã, não é?) É bacana, esporadicamente, levar alguma coisinha do escritório para casa para melhor refletir, esboçar, ou finalizar. Assim como é ótimo, de vez em quando, pegar aquele domingão de sol para colocar fim num trabalho que está há meses morando em cima da mesa de seu home office.
Às vezes, às vezes, às vezes, que fique claro!
Quando o quebra-galho vira rotina, quando o provisório vira permanente a vaca vai para o brejo. Não há sono de oito horas, banho quente, floral e chá de sete ervas que dê jeito em sua cabeça e você não consegue se desligar. A mente não consegue mais se organizar por horários, pois todas as horas são para o trabalho. O lazer, a ginástica diária, aquela ida ao salão de cabeleireiros e até mesmo os momentos fúteis em frente à TV dão lugar, apenas, à profissão. 
E essa neurose (ih, olha eu escrevendo novamente sobre neurose!) não tem ligação íntima com competência, é bom lembrar.
Dá para ser competente e comprometido sem ter de ficar conectado 24 horas por dia, pensar em trabalho nos momentos de folga e cancelar compromissos familiares ou com amigos para arrumar o armário do escritório!
Para não enlouquecer, sugiro que defina prioridades, de acordo com o momento de sua carreira. É sadio, também, selecionar fontes de informação relevantes. Você não precisa ler todos os e-mails minuto a minuto, atualizar o Facebook a cada uma hora ou ficar preocupado com o Twitter. Essas ferramentas surgiram para facilitar a comunicação e o acesso à informação; não para ser fonte de preocupação. Aprenda, ainda, a não se comparar a todo instante. A angústia que isso causa é fatal. 
É claro que não estou escrevendo esse post com a idéia de dar lição de moral em ninguém, afinal se a matéria me chamou tanto a atenção é porque obviamente me identifiquei imediatamente com o seu título. Aliás, entre os meus amigos mais próximos poucos são aqueles que vivam situações diferentes das descritas no parágrafo anterior.
Ou pior, poucos são os que não se identificam com as frases da matéria:
"Trabalho 60 horas por semana" (a equação é simples: ou trabalham 12 horas por 5 dias ou deixam o final de semana ao esquecimento)
"Estou 24 horas plugado no meu smartphone" (e até durmo com ele na minha cama)
"Não basta ser competente, preciso ser eficaz e inovador" (isso me lembrou o ambiente psicótico da Superinteressante)
"Vivo em fadiga permanente" (até o corpo te mandar parar, né???)
Segundo o médico Gilberto Ururahy, diretor do laboratório carioca de diagnósticos Med-Rio, 50 mil check-ups de gestores brasileiros foram alvo de análise criteriosa em 2010. Do total, 70% convivem com altos níveis de estresse, 50% são obesos e sujeitos a doenças cardíacas e diabetes, e 8% sofrem de depressão, ou seja, o atual estilo de vida do trabalhador brasileiro, do estagiário ao presidente da companhia, está doente.
Por isso, equilibre o desejo em ascender profissionalmente com a necessidade de viver. Entenda os limites entre trabalhar duro e alimentar o workaholic que existe em você.


E por falar em alimentar: elimine aquele pacote de biscoito recheado esfarelando em cima de seu teclado. Não faça de seus horários de almoço mais um momento da empresa. Estabeleça um horário regrado para colocar no prato grãos, proteína magra e muito verde, entre legumes e verduras com direito à mastigação eficiente e demorada. E água, muita água. A má alimentação vem sendo desculpa certeira dos que têm uma jornada de trabalho pesada. Mas isso também é uma questão de escolha!
Então, nesse momento, você já deve estar louco pra me perguntar: “O que fazer, Ana?”
Ora, passar a gostar da sua própria vida pode ser um grande incentivo para querer melhorar certas coisinhas.
Há hora para tudo, para trabalhar e para descansar. Defina horários para ser o melhor profissional e não cumpra esse papel nos momentos reservados para os parentes ou para o seu edredom, pantufa e roupão. Estabelecer limites para ligações também é uma boa. Após um determinado horário, inclusive, não atenda ao celular, ao telefone fixo e ao skype. Sossego é a palavra de ordem! E ser for alguém importante? Imagino que não há nada e nem ninguém mais importante que VOCÊ! 

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
28 de maio de 2011 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL



NEM TODO EMPREENDEDOR NASCE SABENDO

 O novo ambiente de negócios mostra que a evolução das necessidades dos clientes tem mudado ao longo dos anos. Graças a economia globalizada, os consumidores estão mais bem informados e mais fiéis às marcas e organizações que lhes dêem razões para confiar.
A revolução tecnológica eliminou distâncias e multiplicou a troca de informações via televisão, jornais, rádio, telefone e internet. A revolução educacional diminui os índices internacionais de analfabetismo, levou um crescente número de pessoas à escola e gerou em toda a população um desejo cada vez maior de informações. Por conseqüência, uma revolução cívica, representada por milhões de pessoas organizadas em todo o mundo, reunidas em associações e organizações não-governamentais (ONG), defendem seus direitos e seus interesses: como a promoção social e a proteção ambiental.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

EMPREENDEDORISMO E JORNALISMO

Foto: Vinícius Fonseca / Agência LUZ
Jornalistas da rádio Estadão/ESPN, da TV EPTV Central, do portal Estadão.com e da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios foram os grandes campeões da etapa estadual do 3º Prêmio Sebrae de Jornalismo. O anúncio foi feito ontem (24) durante cerimônia que reuniu mais de 100 jornalistas paulistas.
Criado para estimular a cobertura jornalística do segmento das micro e pequenas empresas e colocar o empreendedorismo em foco na mídia, gerando discussão sobre o tema e disseminando conhecimentos, o prêmio é realizado anualmente pelo Sebrae e revista Imprensa e homenageia as reportagens produzidas sobre o desenvolvimento dos negócios de micro e pequeno portes.

O CAVALO QUEIMADINHO - VALENTIA, CORAGEM E PROPÓSITO


Quem já teve um cachorro, um gato, um periquito, um papagaio, um ramister ou vários deles sabe que esses bichinhos são verdadeiros mestres. Longe das vaidades e dos interesses humanos, esses seres puros dão um show de sabedoria no momento de agradar, de pedir colo, de requerer comida e até na hora de nos tirar do sério.
Afinal, sabem exatamente o que nos irrita e, quando querem chamar a atenção, sabem colocar em prática todas as suas artimanhas irracionais! Irracionais? Nessa hora, muitos de nós questionamos: “será mesmo que não pensam, esses bichinhos?”
Pode soar estranho, mas além de pensarem, animais também lutam por espaço e pela própria vida e têm ciência do que está acontecendo ao redor. No último dia 15 de maio, ao assistir à história do cavalo Queimadinho na TV Record, me veio à mente as centenas de empresários que conheço.

PSICOPATAS NO TRABALHO



Participo regularmente do programa Radar Noticioso da minha amiga Marilei Schiavi na Rádio Metropolitana AM 1070 em Mogi das Cruzes. Os encontros acontecem sempre às terças feiras e me dão a chance de falar sobre educação, empreendedorismo, comportamento humano, sustentabilidade e redes sociais. Temas que me sinto bem à vontade e que normalmente me fazem também aprender bastante.
Renata Plaza Teixeira
Há algumas semanas, um encontro que contou com a presença da psicóloga Renata Plaza Teixeira me despertou para estudos sobre novos comportamentos que hoje encontramos nas empresas, clubes, escolas e até entre nossos melhores amigos.
“Saímos de uma geração de neuróticos para uma geração de psicopatas!”, foi o que Renata nos ensinou.
Bullying, assédio moral, regras violadas de acordo com a conveniência, distorções da realidade... As conseqüências estão aí!

terça-feira, 24 de maio de 2011

OTIMISMO QUE TRANSFORMA

optimismo (òt)
(óptimo! + -ismo) - s. m.
1. Costume ou sistema de achar que tudo é ou resultará o melhor possível.
2. Confiança no porvir.


Na última terça feira, 17 de maio, senti no corpo e na alma a essência da palavra OTIMISMO. Convidada pelo Instituto Coca-Cola para conhecer a ONG Doe seu Lixo e participar do lançamento da Semana Otimismo que Transforma, o dia foi um banho de confiança no porvir e uma lição de vida.
Além de rever e/ou conhecer outros blogueiros que integram o hub Viva Positivamente e entender um pouco mais sobre esse universo que me fascina, a conversa com as presidentes das cooperativas CooperRioOeste e CooperJardim, Sarita Fernandes e Alexandra Viana e com a apaixonante Zilda Barreto da Silva, da CoopeCAL foi de uma energia maravilhosa. Um dia de puro encantamento!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MARKETING PESSOAL: SEU SUCESSO É VOCÊ



Enquanto para as organizações marketing tem a ver com a conquista e manutenção de clientes, o marketing pessoal tem a ver com a imagem que você mesmo projeta de você no mercado. Não é algo que o empreendedor tem ou não tem, como um dom ou talento; é um processo contínuo de desenvolvimento pessoal ligado às suas atitudes e comportamentos.
Um bom marketing pessoal é ferramenta indispensável ao empreendedor; ouso dizer que já faz parte do caminho do sucesso. Para um funcionário de determinada empresa significa destacar-se entre muitos outros, para um empresário é uma característica que pode facilitar sua ascensão e a de sua empresa. Afinal, não basta apenas gostar do que faz e fazer bem feito. É preciso projetar-se no mundo e, mais do que isso, ver a si próprio no futuro.

terça-feira, 17 de maio de 2011

LIXO: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR


Um dos principais méritos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aprovada pelo legislativo e regulamentada pelo Governo Federal sob Lei 12.305/2010 é promover a inclusão social de trabalhadores que durante muitos anos foram esquecidos pelo poder público, viveram na informalidade, mas contribuíram (e muito!) para reduzir desigualdades sociais e preservar o meio ambiente.
Enquanto a produção de lixo do brasileiro cresce seis vezes mais que o crescimento da própria população e os “lixões” e aterros se esgotam para o depósito de resíduos (quando não explodem como em Itaquaquecetuba), encontrar e valorizar alternativas de geração de renda e comercialização dos resíduos recicláveis é um passo importantíssimo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

GOSTARIA DE SABER ANTES DE NASCER

Na última semana, recebi um e-mail de um leitor do jornal Diário de Mogi elogiando os textos da série "Nem Todo Empreendedor Nasce Sabendo" e trazendo um reflexão deliciosa atribuída a Nélio da Silva.
O texto fala sobre as principais coisas que as pessoas poderiam saber antes de serem jogadas tão repentinamente nesse mundo. É claro que a vida perderia parte da sua graça se todas as lições estivessem em um manual de sobrevivência, mas achei o texto bem gostoso e concordo com grande parte das "coisas" que eu gostaria de nascer sabendo...

sábado, 14 de maio de 2011

O BANHEIRO - DISCRIMINAÇÃO OU INTEGRAÇÃO EM EQUIPE

"Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você"
Tom Jobim / Vinicius de Moraes


Percorro várias cidades para palestrar, participar de eventos em empresas, associações e entidades, frequentar ou ministrar cursos. Por mais que a atividade em si não seja didática, sempre há algum ensinamento que me faça refletir e desperte o desejo em compartilhar com vocês. Aliás, muitos destes momentos acontecem simplesmente ouvindo as pessoas.
Recentemente, ao conferir um encontro numa entidade de classe, encontrei-me com um empresário da área da Saúde. Sempre muito bem vestido, educado e dono de uma gentileza sem igual, ele veio falar comigo sobre negócios, após, é claro, cumprimentar-me, perguntar se eu estava bem, como andavam as coisas no trabalho e em casa e me agradecer por eu prestigiar uma atividade na instituição da qual era diretor.
Num determinado momento, me confidenciou que estava incomodado com a atitude de a entidade ter destinado um banheiro para a diretoria e outro para os funcionários (que não chegavam a 30 pessoas). As portas dos sanitários ficavam lado a lado. Mesmo piso, mesmo corredor, mas as placas fixadas às portas não deixavam dúvidas de quem deveria usar qual.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

COMPRAS COLETIVAS - DE JULIO VASCONCELLOS A JANE HALLAGE



A seara das compras coletivas ainda é repleta de estigmas e questionamentos. Contudo, ainda não conheci ninguém que me provasse por A + B que o segmento não seja um bom (e rentável) negócio. Prova disso são os diversos sites especializados no assunto que surgem dia após dia no mundo virtual. Junte-se a isso, os (bons) comentários por parte de quem experimentou, gastou, gostou, e vai repetir a possibilidade de comprar num click um mundo de coisas por um preço indiscutivelmente menor do que o praticado no varejo tradicional.
Entretanto é bom lembrar que este tipo de aposta não serve para oportunistas se darem bem. Hoje, mais de 80% das pessoas que procuram orientação para formalização de um negócio digital, pensa em oferecer um site de compras coletivas. O discurso é mais ou menos assim: “não estou fazendo nada, preciso ter retorno rápido, vou criar um site de compras”.
Antes fosse assim tão simples... Na verdade, esse não é um ramo fácil. Pelo contrário; é complexo, exige estudo, planejamento, investimento vultoso e, principalmente, comprometimento e verdade com o cliente.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

"Ser consumidor é ser humano.
Ser consumidor é alimentar-se, vestir-se, divertir-se... é viver"
(Eliane Karsaklian)


 
Entender a forma como o cliente se comporta no momento da compra pode fazer toda a diferença para o empreendedor que deseja melhorar suas vendas. Embora a escolha do cliente por um determinado produto seja, em sua maioria, muito subjetiva, é possível preparar sua empresa para os tipos mais comuns de compras oferecendo os produtos mais adequados.
Os tipos mais comuns de compra são a planejada, por impulso e por influência do vendedor. Cada uma delas tem o seu valor e tem o mesmo peso para o negócio. Caberá ao empresário estar atento e bem preparado para responder de forma apropriada às expectativas do cliente. Lembre-se que na semana passada, na série "Nem Todo Empreendedor Nasce Sabendo" falamos sobre Satisfação do Cliente aqui mesmo no Lounge Empreendedor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

CLIENTE OCULTO - NÃO É MAIS TÃO FÁCIL ENGANAR UM BRASILEIRO


"Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo;
podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo;
mas não vos será possível enganar sempre toda a gente."
(Abraham Lincoln)



Na noite de quarta-feira (27 de abril), o SBT exibiu mais um “Conexão Repórter”, ancorado pelo jornalista Roberto Cabrini. O programa tratou sobre os prestadores de serviço que, ao fazerem um orçamento ou conserto de um equipamento doméstico ou de um automóvel subestimam a inteligência do consumidor e superfaturam o trabalho, lançando mão de malandragem, esperteza e mentira!
“Manual de como enganar um brasileiro” foi o título dado à matéria, que contou, inclusive, com o auxílio de professores de Engenharia Elétrica e Mecânica de respeitadas universidades na simulação de defeitos simples em um DVD, numa máquina de lavar louças e num carro.
A idéia do programa não é nenhuma inovação. A estratégia do cliente oculto (ou Mystery shopping, para quem gosta de termos em inglês) já foi utilizada pelo Fantástico, Jornal Nacional e outros programas jornalísticos para desvendar "segredos" de vários negócios (inclusive aqueles que nem são negócios). Algumas consultorias também têm utilizado essa alternativa para realizar diferentes análises de um negócio. Afinal, contra fatos não há argumentos, certo?
Passando-se por mero consumidor, o produtor do programa jornalístico levava os itens para o conserto. Após telefonar confirmando os possíveis defeitos e os valores que seriam cobrados, ele passava a bola para Cabrini, que chegava aos locais, dias depois, questionando o motivo de reparos que deveriam custar R$ 10, R$15 virarem contas de R$ 150, R$ 680, com direito a desnecessárias trocas de peças. E havia os que tentavam explicar o inexplicável.
O “Conexão Repórter” revelou como podemos ser enganados por quem dribla as regras da moralidade e da civilidade para se dar bem – o que nada tem a ver com empreendedorismo, que fique claro. Num outro ponto, há consumidores que sabem de seus direitos, enxergam a olho nu deficiências e que, hoje, estão com a voz muito mais amplificada, vale ressaltar.
Acredito, inclusive, que as redes sociais potencializaram aquele tradicional “boca a boca” e a velha Pesquisa de Satisfação. Ou vai me dizer, leitor, que você não conhece uma única pessoa que, ao ser mal atendida numa loja, além de criticar o estabelecimento para outros, postou em seu Orkut ou Facebook sobre o acontecido?
Não há como confirmar que todos os que leram a postagem se negaram a comprar no local alvejado pelas palavras do consumidor descontente, mas tenha certeza que, ao menos, uma boa parte redobrou a sua atenção com o tal comércio.
A esse processo damos o nome de colaboração no consumo, que tem mudado, e muito, a forma de consumir no Brasil, principalmente quando tratamos sobre prestadoras de serviço das quais o cidadão depende para alcançar produtividade e qualidade de vida, como as que atuam com telefonia móvel, Internet, TV a cabo, plano de saúde.... Quer coisa pior do que tentar resolver o problema de conexão na rede mundial de computadores, que cai a todo o instante? E o que falar sobre a linha do telefone fixo, que, de repente, fica muda?
O cliente de antigamente ligava para a Central de Atendimento e aguardava (na maioria das vezes, insatisfeito) o conserto. Atualmente, o consumidor 2.0 entra em contato com o telemarketing, faz sua reivindicação, e, no minuto seguinte, está no Twitter, reclamando com o perfil da empresa. A nova versão de quem compra e contrata não quer falar mais com quem não o ouve.
Aí está a principal diferença.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

FILHOS DA VIDA QUE ANSEIA POR SI MESMA

"Estou aqui, vivendo, e não me podem extrair o usufruto da vida porque, através da minha palavra atuante, sobreviverei mesmo após a morte. Vim aqui para ser por todos e com todos, e o que faço hoje na minha solidão ecoará amanhã entre todos os homens.
O que digo hoje com apenas meu coração será dito amanhã por milhares de corações."



Há um mês, ouvi pela primeira vez um poema de Gibran Kahlil Gibran.
Confesso que não conhecia esse artista que nasceu no Líbano no final do século XIX e que me encantei com seus escritos - profundos e repletos de sensibilidade e espiritualidade.
No mundo ocidental, esse poeta, filósofo e artista chegou a ser chamado de "o Dante do século XX". Para seus admiradores do Oriente Médio, ele é o Amado Mestre.
Um Mestre que na semana do Dia das Mães, merece ser lembrado pela obra escrita em 1923.





~ Os Filhos ~
(Do Livro "O Profeta")

Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis dar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na direção do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável."

Os vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da vida que anseia por si mesma...

Esse é o reencontro do homem com o que ele tem de melhor em si mesmo. A vida que anseia por si mesma!
E como é difícil a missão de entregar à vida aquilo que ela deseja... Qual é a mãe ou pai que não pensa no dia em que seus filhos deixarão seus cuidados?
Preferia que pudessem viver eternamente debaixo de minhas asas, sendo muito bem cuidados. Acontece que os filhos crescem e têm sua vida própria. E minhas próprias asas, então, precisarão reaprender a voar. Criá-los para o mundo significa aceitar que um dia eles irão sair de casa pra viver em outro lugar, enfrentando os desafios que a vida nos impõe. Para isso, espero entregar filhos felizes, honestos e prontos a viver exatamanete aquilo que a vida quer... (Ops! Lembrei do post de @Samegui - Você compartilha nas redes sociais sua receita de vida?)
Assim como no mundo empreendedor, a independência acontece aos poucos. Preparamos as "flechas" e o mundo se encarrega de cuidar do alvo. 
Nas atividades mais simples do dia-a-dia, eles nos mostram que cada aprendizagem os preenche de competências e capacidades para seguir adiante... A iniciativa para começar, as tentativas, a frustração frente ao erro, a perseverança para tentar de novo, saber buscar ajuda, tentar e tentar quantas vezes forem necessárias até atingir o êxito e poder curtir a vitória!
Permanecer estável, ser "arco" capaz de estimular hábitos de independência desde cedo ajuda nossas crianças a tornarem-se adolescentes mais seguros e, posteriormente adultos, mais responsáveis, bem resolvidos, organizados e empreendedores.
Acredito que é isso que a vida anseia de nós!

ALÉM DO PORTUGUÊS E DA MATEMÁTICA


A palavra empreendedorismo, apesar de tão em voga, ainda é um ponto de interrogação para muitos. Tem gente que não sabe o que significa, tão pouco como usar ou desenvolver. É por isso que o conceito, que conseguiu, com o passar dos anos, ultrapassar as fronteiras do mundo corporativo, ganhou outros e novos espaços, inclusive, as salas de aula.
Analistas no assunto entendem que todos nós temos um “que” empreendedor; basta reconhecê-lo, lapidá-lo e colocá-lo em prática, da mesma maneira que é fato que há os que não são autodidatas no assunto. Aí é que entram os facilitadores e, agora, felizmente, os professores e ações específicas que permitem que, em tenra idade, o ser humano faça vale o seu lado especialmente arrojado.
Tomar decisões estratégicas, traçar planos, estabelecer e cumprir metas, organizar recursos e montar e administrar um negócio, independentemente de sua natureza, é o que se pode aprender numa aula sobre empreendedorismo – disciplinas, aliás, que farão, muito em breve, parte dos currículos de alunos, do 1º ao 5º ano, de Mogi das Cruzes, por meio do programa “Jovens Empreendedores”.
A iniciativa, que será desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) de São Paulo, tem tudo para ser frutífera e conquistar o sucesso alcançado pelo Colégio Magister, que fica na Zona Sul da capital. Na instituição de ensino paulistana, estudantes dos 8ºs e 9ºs anos não têm diretamente aulas sobre empreendedorismo, mas têm a possibilidade de participarem de uma ação complementar que os colocam em contato com alunos mais novos, do 1º ao 5º ano, como “ajudantes empreendedores”.
Numa espécie de trabalho voluntário, os participantes da atividade, com a devida autorização de seus pais e sob coordenação de um professor, prestam orientação às crianças. No começo, ajudam com os materiais, verificam bilhetes na agenda e até questões sobre a higiene dos mais novos. A responsabilidade aumenta ao passo em que há crescimento na ação por parte do voluntário e a sua adaptação. Logo, ele passa a auxiliar na parte pedagógica, exercitando algo que acho incrível: o aprender ao ensinar. Funciona assim: se um aluno mais novo estiver apresentando dificuldades nas aulas de Matemática, por exemplo, o estudante voluntário vai ajudá-lo, tendo em mente que não deve resolver as contas por ninguém. Deve, sim, ensinar o caminho das pedras, de maneira empreendedora e eficaz ao seu “aprendiz”.
O aluno que participa deste programa em São Paulo não deve ter problemas com notas, nem com frequência e só pode “faltar” no “trabalho” por três vezes – desde que justificáveis. Fica claro que, além de aprender noções sobre empreendedorismo, o voluntário se apropria do que significa comprometimento e como deve exercitar o respeito com o outro. Inclusive, caso precise se ausentar do programa, não pode, simplesmente, não ir no dia seguinte. As normas da atividade, como em qualquer empresa, exigem que o estudante se despeça das crianças que assiste – o que nos remete ao amadurecimento.
Não tenho dúvidas que estes jovens, tanto os do colégio de São Paulo quanto os que terão aulas de empreendedorismo em Mogi das Cruzes, terão uma visão muito mais dilatada no futuro quanto ao mercado de trabalho e se sairão melhores que outros durante a gestão de crises e na apresentação de soluções.
É importante que outras escolas sigam o exemplo e promovam esta construção de alteridade em seu processo pedagógico. Esses programas concretizam o teórico, possibilitam o desenvolvimento de uma série de competências - além das disciplinas tradicionais -, bem como habilidades imprescindíveis que farão toda a diferença no futuro – que, a cada dia, torna-se menos distante!

domingo, 8 de maio de 2011

DIA DAS MÃES


Eu adoro as datas comerciais como o Dia das Mães, Dia das Crianças ou Dia dos Pais. Pura hipocrisia é tentar manter-se alheio ao seu potencial econômico. Depois do Natal, o Dia das Mães é a data comemorativa mais expressiva em termos de venda e faturamento para o comércio.
Eletrodomésticos, eletroeletrônicos, vestuário, calçados, flores, perfumes, produtos cosméticos... Inúmeras são as opções de presentes.
Entretanto, além dos presentes, acredito que nessas datas temos a chance de agradecer!
Não aceito quando ouço que somos lembradas apenas nessas datas. Eu, pelo menos, não sou. A maternidade me dá forças diárias para não fraquejar todos os dias! O sorriso dos meus filhos, o abraço de “boa noite”, a lição de casa compartilhada, o café da manhã, o primeiro amor, as primeiras letras unidas na conquista da leitura...
Ah... Como eu aprendo todos os dias. Aprendo a ser mãe, aprendo a ser mulher, aprendo a ser Ana Maria!
E esse aprendizado me enche de desejo em parabezinar todas as mães. Mães que cuidam, aconselham e fazem de seus filhos pessoas de bem. Mães biológicas, adotivas, solteiras, casadas, madrinhas, madrastas, tias... Mães que são pais. Pais que são mães. Todos aqueles que independentemente de sua classe social, condição financeira, credo ou cor amam incondicionalmente.
Amei (e ainda amo) minha mãe! Com ela aprendi a enfrentar a vida e não ter medo de nada.
Minha mãe me mostrou o verdadeiro significado de ter CORAGEM. Doente, nunca reclamou nem se revoltou. Mostrou-me o valor da EDUCAÇÃO. Era professora, educadora e apaixonada. Acompanhava cada lição de casa e comemorou ao meu lado a conquista da melhor universidade.
Ela renovou a minha FÉ. Colocou nas mãos de Deus as soluções e encaminhamentos de nossa vida e na sua partida, Ele me amparou e acolheu.
Ensinou-me a ser ORGULHOSA. Ter orgulho das pequenas vitórias do dia-a-dia e também ter o mesmo orgulho nas derrotas. Afinal, o que importa mesmo são as tentativas e as conquistas que se fazem no caminho.
Ensinou-me, também, a ser VAIDOSA. Não para ser a mais bela, mas simplesmente ser quem sou.
Minha mãe foi dura e malvada. Sim, mães são malvadas, mas são também anjos que nos protegem. Segurando-me pelas mãos, com ela dei meus primeiros passos. Obrigou-me a usar botas ortopédicas para que eu pudesse realizar o sonho de dançar. Deixou-me cair, uma, duas, várias vezes. Até sabendo que eu poderia me machucar, era preciso aprender que a queda dói, mas que também é possível levantar.
Minha mãe me ensinou o que é AMOR. Abstrato, sem forma, sem cor, sem tamanho ou textura. Amor expresso naquele “não” que eu precisava ouvir (hoje eu sei que precisava) e nos abraços, beijos e carinhos de todos os momentos.
Minha mãe foi uma LIÇÃO. Passou seus últimos momentos em minha casa e só nos deixou quando sabia que poderia ir, pois estaria conosco para sempre! SEMPRE!
Por isso, se sua mãe está ao seu lado, abrace-a e diga o quanto a ama. Não existe presente melhor. E isso não é hipocrisia ;-)
Feliz Dia das Mães!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SATISFAÇÃO DO CLIENTE



Quem nunca saiu de uma loja insatisfeito com o vendedor?
Mesmo em tempos de concorrência acirrada existem empresas que ainda não perceberam a importância de atender bem o cliente.
Lembro-me de um tempo em que satisfação do cliente era como a busca do cálice sagrado, um mistério a ser desvendado apenas pelos escolhidos. Todos queriam uma receita ou um mapa que os levassem ao sucesso nesse quesito e áreas de marketing inteiras colocavam todo seu esforço relacionado à satisfação emocional ou funcional de seus clientes.
De lá pra cá, pouca coisa mudou e o cuidado deixou de ser apenas em satisfazer, mas surpreender, encantar e superar todos os desejos, verbalizados ou não, dos clientes.
Por isso, além de oferecer atributos tangíveis e mensuráveis de desempenho, confiabilidade e durabilidade, que tal pensar na satisfação psicológica e em percepções que na comparação com seus concorrentes determinarão a satisfação do cliente.

CAMINHOS PARA MELHORAR O APRENDIZADO


Estar exposto às salas de aula faz alguma diferença aos alunos nos dias de hoje?
Com essa pergunta, o Instituto Ayrton Senna em parceria com o movimento Todos pela Educação lançou no dia 28 de abril, Dia da Educação, o projeto Caminhos para melhorar o aprendizado”.
Fiquei vidrada em cada slide que era apresentado pela Barbara Burns, do Banco Mundial e pelo pesquisador Ricardo Paes de Barros.
Sob sua coordenação, as principais conclusões de 165 estudos nacionais e internacionais com base empírica e tratamento estatístico dos impactos de políticas de Educação no aprendizado dos alunos foram disponibilizadas no site do projeto “Caminhos para melhorar o aprendizado”. O objetivo é contribuir para a implementação de políticas públicas possíveis e positivamente impactantes no aprendizado dos brasileiros.

Um pergunta que não me sai da cabeça desde que assisti o lançamento do portal: o que realmente deve mover as transformações da educação brasileira: PAIXÃO ou RAZÃO?
Durante muitos anos, apaixonados pelo processo educacional defenderam mudanças educacionais com base em suas vivências, a partir de sua vocação.
Ótimo. Serviram para semear o terreno.
Hoje é preciso tratar o tema com insumos estatísticos e estudos que sirvam como amostra comparativa. É preciso trazer RAZÃO para a discussão dos processos educacionais com PAIXÃO, como disse Ricardo Paes de Barros.
Não adianta um forte investimento na educação nacional se não pudermos transformar gastos em resultados. Ter materiais e recursos dentro das escolas não é suficiente para produzir aprendizagem. Precisamos ir além da estrutura. Vários estudos do Banco Mundial, mostram que as práticas básicas brasileiras ainda estão longe dos padrões de excelência mundiais. Nossos professores ainda perdem muito em processos burocráticos dentro da sala em troca de oferecer espaço de aprendizagem as crianças e adolescentes. Dessa forma, entregaremos burocratas ao futuro!
As escolas precisam de professores que dediquem seu tempo aos processos de aprendizagem e não as chamadas para presença ou as cópias da lousa. Precisamos mudar!
A melhoria da qualidade do ensino no Brasil depende de um compromisso ético da sociedade, de muita vontade política e de maior competência técnica do professor.
É verdade que somos um dos países que mais tem crescido em alguns critérios de avaliação educacional. Entretanto, ainda estamos muito mal. Por mais gols que o time da educação nacional venha fazendo, nossa base de comparação é muito inferior. Crescemos, mas crescemos pouco! Precisamos sair da terceira para a segunda divisão mundial. Nosso atraso é de 28 anos com relação ao Chile, por exemplo. E o Chile não é a Finlândia, certo?
No século passado, o Brasil conseguiu colocar mais de 90% das crianças e adolescentes em idade escolar na escola, mas a qualidade de ensino se deteriorou bastante. O binômio qualidade-quantidade nos conduz, então, a uma importante reflexão. Não basta uma grande expansão quantitativa do acesso, é preciso também direcionar esforços para cinco outras variáveis que o estudo apresenta:
1) recursos da escola;
2) plano e práticas pedagógicas;
3) gestão da escola;
4) gestão da rede de ensino; e
5) condições das famílias.
Não adianta pensarmos em fatores associados, mas em fatores determinantes quando o assunto é educação. Os caminhos para melhorar o aprendizado são longos e complexos. Para usar uma linguagem esportiva, mais uma vez (Ayrton Senna sempre nos inspira a isso): a melhoria da educação não é uma corrida de 100 metros rasos é uma maratona! Longa, exaustiva, mas cuja sensação de conquista é insuperável.

Educação não é apenas uma política social, mas sim uma política estratégica para o desenvolvimento econômico e político de uma nação. Por isso, requer mudanças profundas na relação educador/ educando, na formação do professor, na revisão de conteúdo, método e de gestão do sistema de ensino. É uma grande tarefa que o Brasil tem para as próximas décadas. E ninguém pode ficar de fora.
É preciso repensar, reinventar a relação escola, família e comunidade.


Nenhuma pesquisa, sozinha, será capaz de desenhar um plano pedagógico que construa a escola perfeita, mas pode contribuir positivamente na ampliação da vontade política para deliberação de políticas públicas mais impactantes no setor.
Alguns caminhos apresentados pela pesquisa e divulgados pelo movimento Todos Pela Educação/Instituto Ayrton Senna falam sobre:

1 - Qualidade do professor
Segundo Paes de Barros, os estudos realizados na última década deixam claro que a qualidade do professor tem grande impacto sobre o desempenho educacional dos alunos. Um aluno que tem um bom professor (um docente entre os 20% melhores da rede) pode aprender durante um ano letivo 68% a mais do que se tivesse um professor ruim (entre os 20% piores da rede).

2 - Tamanho da turma
As evidências apontam que uma redução média de 30% no tamanho da turma leva a um aumento de 44% no que tipicamente um aluno aprende ao longo de um ano. O impacto da redução da quantidade de alunos por turma depende do tamanho original do grupo. Reduzir uma turma grande gera mais impacto sobre o aprendizado do que fazer o mesmo em uma turma que já é pequena.
Além disso, os efeitos variam de acordo com o ano escolar. Estudos apontam que para o 6º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, os resultados são significativos em classes que tenham mais de 30 alunos. Para o Ensino Infantil, por exemplo, os efeitos dessa redução já começam a aparecer a partir de 20 alunos.

3- Composição das turmas
Se as escolas devem agrupar os alunos em turmas homogêneas ou heterogêneas é um tema controverso, sobretudo porque cada tipo de composição de turmas tem suas vantagens e desvantagens.
A escola tem como objetivos desenvolver habilidades principalmente em duas dimensões: cognitiva (que chamamos aqui de aprendizado) e social e de cidadania. Como o recorte desse projeto é o de estudar o impacto no aprendizado, os estudos indicam que, mantendo-se constante a qualidade do professor e do material didático, o fato de estar em uma turma homogênea aumenta o aprendizado, tanto no Ensino Fundamental como no Médio. O ganho no desempenho médio equivale a 35% do que um aluno aprende tipicamente em um ano.

4 - Calendário escolar
Há evidência científica de que não cumprir os dias letivos previstos pode aumentar a taxa de repetência, especialmente dos alunos de pior desempenho. Uma das explicações para esse resultado é que, para cumprir o currículo estipulado em um ano letivo mais curto, o professor aumenta o ritmo das aulas, passando maior volume de conteúdo em menos tempo, o que prejudica o aprendizado, principalmente, o dos alunos que apresentam maior dificuldade. Outra explicação é que o currículo é apenas parcialmente cumprido.
Os estudos – a literatura disponível concentra-se nos primeiros anos do Ensino Fundamental – apontam que, levando-se em conta um absenteísmo médio de 5% em relação ao calendário anual, um dia que o professor deixa de faltar aumenta a proficiência do aluno o equivalente a 4% do aprendizado médio anual. Em ambientes onde a taxa de absenteísmo é mais alta, o impacto na proficiência de um dia a mais de aula pode ser ainda maior.

Quer saber mais? Acesse o site do projeto “Caminhos para melhorar o aprendizado”.
Tenho certeza que um país mais empreendedor depende de uma educação mais integrada e eficiente. Não adianta ambiente e recursos. As escolas precisam desenvolver competências e uma cultura mais empreendedora para podermos acelerar na corrida da educação mundial.
Afinal, de que adianta ter vontade se você não acreditar que pode?

 “Todo mundo conhece a parábola do besouro, que é absolutamente verdadeira: é um inseto que, pelas leis da aerodinâmica não conseguiria voar, mas como não tem a menor idéia disso, ele voa (...)”

Foi com essa frase que Viviane Senna terminou o encontro no dia 28. Eu tenho certeza que podemos!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

UM NOVO RG


O Twitter ganhou mais uma seguidora: Isabella, filha do jogador de futebol Kaká. Caçula “do meia” do Real Madri e de Carol Celico, a criança veio ao mundo à menos de um mês (23 de abril), em São Paulo, e já nas primeiras horas de vida ganhou seu próprio endereço no microblog, @IsabellaCLeite, fazendo companhia ao irmão mais velho de 3 anos, Luca (@LucaCLeite), e a Lorenzo Gabriel, de dois meses, filho da ex-Mick Jagger Luciana Gimenez.
Pelo visto, foi-se o tempo em que um nascimento ficava restrito a lembrancinhas e álbuns, com direito a fotos do primeiro banho. Hoje, bebê que é bebê já tem  domínio virtual. Não estou dizendo que seja obrigatório ter perfil no Twitter, no Facebook, no Orkut, no MySpace, no TYMR ou no LinkedIn. Mas, temos de admitir que o mundo virtual ganhou novos contornos.
Ter apenas uma conta de e-mail tornou-se obsoleto para quem deseja ficar por dentro de tudo – incluindo conteúdo sobre empresas, produtos, serviços, programação cultural, oportunidades de trabalho, aprimoramento profissional ou apenas sobre o "casamento do príncipe William".
Apesar de alguns acharem que é melhor não entregar-se à tecnologia do compartilhamento de informações, sobretudo em redes de relacionamento, alegado ausência de privacidade, há os que dominam bem o assunto e utilizam as ferramentas virtuais para promover-se, fazer novos contatos, incrementar a carteira de clientes e, sobretudo, provar que acompanha o “andar da carruagem”. É possível viver a contemporaneidade sem prejuízos, sem tirar vantagem e sem ferir ninguém.
As empresas que trabalham com produtos voltados ao público feminino são um bom exemplo disso. Um estudo recente divulgado pela agência internacional eCMetrics aponta que as mullheres são as que mais produzem conteúdo em redes sociais, com predominância da faixa etária dos 18 aos 24 anos e por isso, investir nessa ferramenta de marketing e comunicação com a "mulherada" pode ser o diferencial para negócios com produtos para esse nicho.
O estudo aponta também que 62% dos consumidores on-line têm perfil em alguma rede social, o que, de certa forma, justifica o significativo crescimento de corporações especializadas em E-commerce (venda pela Internet) e a ampla comercialização de espaços publicitários na rede mundial de computadores.
Este cenário, que contempla o desenvolvimento cibernético e que seduz até mesmo recém-nascidos, demonstra que estamos entrando “pra” valer na era da transformação da informação. Ela atribui importância a uma nova espécie de RG ao cidadão, a uma nova forma de consolidar uma identidade e de permitir o nosso acesso a um mundo repleto de oportunidades. Pense nisso!

terça-feira, 3 de maio de 2011

O MUNDO MUDA


Não é de hoje que defendo a idéia da inovação e da mudança como fator de competitividade para os pequenos negócios. Já diz o ditado que quem fica parado é poste, certo?
E empresa “poste” tem pouquíssimo espaço no mercado atual.
Com o acirramento da concorrência, a ausência de barreiras de entrada para vários segmentos, a elevação do nível de exigência dos clientes e a presença de concorrentes de qualquer lugar do mundo, ficar parado é um perigo enorme.
Ainda que você esteja faturando bem e pense que tudo está indo muito bem com um “funcionamento em perfeito funcionamento”, não se sinta tentado a invocar o "status quo". Ficar parado no mundo de hoje é praticamente andar para trás.
É preciso rever modelos, pensar em novos caminhos, assumir aquilo que nem você sabe que não sabe.


Por isso, trouxe a nova campanha do Itaú para o Lounge Empreendedor. Com o mote “O mundo muda e as empresas precisam fazer cada vez mais”, o banco está lançando uma nova campanha específica para sua carteira de empresarial. Eu achei as propagandas bem legais, com linguagem dinâmica e super apropriada ao universo das pequenas empresas.
Não é de hoje que empreendedores de pequenos negócios acreditam que precisam resolver sozinhos todos os problemas do negócio, desde o “cafezinho para o cliente”, compras, vendas, marketing, produção, finanças, pessoas... Ufa! Pequeno empresário não precisa ser super herói.
Que tal parar de abraçar o mundo e cuidar das decisões que realmente precisem de você?
Concentre-se naquilo que é importante. Descubra o que seu cliente mais valoriza. Conquiste sua confiança. Comunique-se positivamente. Promova seu negócio. Experimente, tente...


Acredito que nosso país vive um importante momento para o fortalecimento das pequenas empresas. Talvez seja também o momento para você profissionalizar vários aspectos da gestão do seu próprio negócio.
Vá além dos clientes, concorrentes e forncedores. Conheça as facilidades e oportunidades de um bom relacionamento com os bancos. Lembra do post sobre crédito?!?
Não adianta correr para o gerente do seu banco apenas nos momentos em que sua empresa já está com a corda no pescoço.
Estabeleça vínculos. Aproveite as oportunidades. Muitos bancos contam com especialistas que podem orientar as finanças da empresa e a utilização correta do seu capital. Lembre-se que o mundo muda e você precisa estar pronto para ele.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PARADIGMA


Alguns termos costumam fazer história quando o assunto é gestão de negócios. Paradigma é um deles. O “efeito-paradigma”, que impede pessoas e empresas de aproveitarem oportunidades ou as impulsiona a repetirem velhos modelos para solucionar novos problemas, é cada vez mais discutido entre gestores e empreendedores.
Thomas Kuhn, um físico norte-americano, em 1962 já falava sobre o assunto. Ele argumentava que paradigmas científicos reuniam informações que limitavam o território de pesquisa procurando as mesmas soluções para problemas enfrentados pela ciência. E pior: se essa solução repetida surtisse efeito, ela reforçava a crença neste paradigma estabelecido.


Mas então, qual é o problema com relação ao “efeito-paradigma”, se a solução repetida traz resultado positivo?
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