terça-feira, 29 de março de 2011

COPA DO MUNDO PARA AS EMPRESAS


Uma entrevista coletiva realizada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (29) revelou que a Copa do Mundo pode elevar a fatia percentual de contribuição das pequenas empresas no PIB Brasileiro. Existem 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas em quatro setores da economia.

Rio de Janeiro - Quem tem conhecimento vai para frente e fará belos gols. Segundo o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, essa é uma das principais constatações do ‘Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede’, divulgado pela instituição nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro. De acordo com Barretto, tornar as pequenas empresas mais competitivas para aproveitar as 448 oportunidades de negócios identificadas pelo mapeamento será o grande legado da instituição.
O estudo identificou oportunidades na construção civil, turismo, tecnologia da informação e produção associada ao turismo. Ainda no primeiro semestre de 2011, serão mapeados mais cinco setores: agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços. Clique aqui para ler o estudo completo.
“O grande ganho será ver em 2014 as pequenas empresas mais preparadas, com melhores índices de competitividade, inovadoras e sustentáveis, superando os 20% que hoje o segmento representa no Produto Interno Brasileiro (PIB)”, afirma. Para acelerar esse processo de inteligência competitiva nas empresas, a partir de maio, o Sebrae dará início a um ciclo de encontros de negócios nas 12 cidades-sede, sendo um por cada localidade, a começar pelo Rio de Janeiro e Natal.
Nesses encontros, serão trabalhadas as atividades priorizadas pelos estados que irão sediar o evento esportivo, com a participação de empresários (fornecedores e compradores de produtos e serviços), associações de classe, bancos de financiamento e outras entidades. “Trabalhar o encadeamento produtivo será o principal foco do Sebrae. Isso gera oportunidades e negócios. Vamos realizar grandes seminários e rodadas de negócios. Não adianta o Sebrae reunir essas informações e não dialogar nas pontas ”, diz Barretto.
O mapeamento é uma das ações previstas no Programa Sebrae na Copa de 2014. Os recursos previstos pela instituição - cerca de R$ 80 milhões - serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados, como o Sebrae Mais, Sebraetec, Agentes Locais de Inovação (ALI) e Centrais de Negócios. Para atender à demanda, novas soluções também poderão ser criadas.
As 448 oportunidades de negócios foram extraídas de uma lista de atividades nas quais essas empresas podem empreender com grande chance de sucesso. Esses segmentos incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas) e os negócios diretamente com o mercado – que representam a maior parte das oportunidades.
Sobre esse aspecto, o presidente do Sebrae citou o Projeto de Lei Complementar 591/10, em tramitação na Câmara dos Deputados. Entre as alterações previstas no PLP está o aumento do limite da receita bruta anual das microempresas para inclusão no Simples Nacional de R$ 240 mil para R$ 360 mil, das pequenas empresas de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões e do Empreendedor Individual, de R$ 36 mil para R$ 48 mil. Leia mais sobre o PLP 591/10 aqui.


Serviço
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Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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segunda-feira, 28 de março de 2011

ADIAR PRA QUÊ?



Adiar qualquer decisão é simplesmente estupidez. Amanhã também será necessário decidir; então, por que não resolver hoje mesmo? Você acha que amanhã estará mais sábio do que hoje? Você acha que amanhã vai estar com um vigor maior do que o de hoje? Você acha que amanhã estará mais jovem, renovado em relação à hoje?
Amanhã você vai estar mais velho, a sua coragem será menor; amanhã você vai estar mais experiente, e a sua capacidade de dissimulação será maior; amanhã a morte chegará mais próximo - você começará a titubear e a sentir mais medo. Nunca deixe para amanhã. Quem sabe? O amanhã pode chegar ou pode não chegar. Se é preciso decidir, decida agora mesmo.
Existe a história de um dentista que ao concluir o exame em uma bela e jovem cliente disse-lhe o diagnóstico: "Srta, acredito que terei que arrancar os seus dentes do siso!"
"Minha nossa!", exclamou a mocinha, "seria preferível parir um bebê!"
"Bem", disse o dentista, "quer decidir logo para que eu possa acertar a posição da cadeira?"
Portanto: Decida! Não continue adiando indefinidamente, pois o máximo que podemos conseguir é o prolongamento de uma situação, seja ela dolorosa ou não.

Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 8

A mulher desta carta está vivendo em uma paisagem cinzenta, povoada de nuvens irreais, nitidamente recortadas contra o céu. Através da moldura de janela ela pode ver cores, luz e vida; e, embora quisesse escapar por ali - o que se percebe pelas cores do arco-íris em sua roupa - ela não é capaz de fazer isso. Há ainda em sua mente muita elucubração do tipo "mas, e se...?".
Dizem que o amanhã nunca chega, e não importa a freqüência com que isso é repetido, parece que a maioria de nós tende a esquecer a verdade contida nessa frase. De fato, a única conseqüência certa de adiar as coisas é o tédio e a depressão nos dias de hoje, um sentimento de incompletude e de limitação.
O alívio e o desenvolvimento que você sentirá quando puser de lado todos os pensamentos de indecisão que o estão impedindo de agir agora, farão com que você se pergunte por que esperou tanto tempo.

Tarô Zen de Osho

domingo, 27 de março de 2011

MICROCRÉDITO PARA MULHERES EMPREENDEDORAS


Uma boa notícia para o fomento ao empreendedorismo feminino brasileiro...
Mas lembre-se que dinheiro não é o motor de um novo negócio, pode ser o combustível. Entretanto, você precisa preparar o motor, suspensão, escapamento, alinhamento, etc

Brasília – As mulheres que têm pequenos negócios ou pretendem iniciar atividades comerciais já dispõem de uma linha de crédito para financiar o empreendimento, até o limite de R$ 15 mil. Acordo nesse sentido foi assinado hoje (23), no auditório da Caixa Econômica Federal, em solenidade comemorativa ao Dia Internacional da Mulher.
De acordo com a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, o apoio ao empreendedorismo feminino está em sintonia com a Política Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, com taxas de juros que variam de 0,93% a 3,9% ao mês, com prazos de até 24 meses para pagamento do empréstimo. Além disso, as mulheres empreendedoras podem ter também assistência técnica da Caixa para a formação de seus empreendimentos, em qualquer região do país.
O dinheiro pode ser usado para montar um pequeno negócio ou para expandir as atividades de quem já está no comércio, com fundos para financiar todas as empreendedoras que precisarem. “É um investimento nas mulheres, que vão trazer a força de trabalho, seus projetos e propostas para que a Caixa possa contribuir”, segundo Maria Fernanda.
Perguntada quanto ao fato de a menor taxa de juros da operação ser de 0,93% ao mês – quase o dobro da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cobra das grandes empresas –, Maria Fernanda disse que se tratava de “prazos diferentes para negócios diferentes”. Ela acrescentou que a taxa para o microcrédito pode ser de até 2% e, no caso específico para empreendedoras femininas, a Caixa está fazendo por menos da metade, o que considera “uma taxa adequada”.
A cerimônia contou com a presença das ministras da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes; da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Bairros Palavra; e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Texto produzido pela Agência Brasil - Stênio Ribeiro
Edição: João Carlos Rodrigues

BERÇO ESPLÊNDIDO

Descrever um estado de alegria não é uma tarefa nada fácil. Ser reconhecida como Mulher de Expressão na última quinta-feira não foi apenas uma festa. O prêmio traz uma imensa responsabilidade por fazer valer essa escolha hoje e no futuro.
Aceitá-lo é legitimar o trabalho que minha equipe desempenha junto aos empreendedores do Alto Tietê e dar à minha família o orgulho em estar ao meu lado em uma noite tão especial depois de tantas outras em que me ausento em prol da paixão pelo trabalho que realizo.
Agradeço a todos aqueles que indicaram meu nome como destaque regional na categoria "Empreendedorismo", ao grupo MogiNews pela valorização das minhas ações e aos leitores do Caderno Opinião e do Lounge Empreendedor que me acompanham todos os sábados e hoje, podem compartilhar comigo essa emoção.
Saibam que "deitar em berço esplêndido" não faz minha cabeça! Não imagino minha vida sem a possibilidade de contribuir com as pessoas. Mais do que ter uma profissão ou um emprego; faço parte de uma causa.
Defender o empreendedorismo, a inovação e o desenvolvimento do capital humano, social e empresarial é defender o futuro dos meus filhos, netos e do meu país.
Talvez por isso, há muito tempo deixei de separar minha vida entre profissional e pessoal. Busco ser uma mulher integral em todos os momentos e lido com minhas atividades sem me culpar em relação ao tempo que dedico a elas.
Tenho imenso prazer em planejar e executar minhas tarefas, buscar soluções a novos desafios, construir novas propostas, ouvir minha equipe desabafar e auxiliar desconhecidos a se tornarem conhecedores de si mesmo.
Por outro lado, também adoro sentar com meus filhos no chão, brincar ou fazer colagens de papel picado até se transformarem em quadros que faço questão de pendurar pelas paredes de casa. Preciso do apoio da minha família, de momentos de lazer, de reflexão, de cuidados com a minha saúde e de bate papo entre amigos.
Não me eximo da necessidade de ser a dona DA casa, mas não tenho a menor vergonha em dizer que não tenho nenhuma aptidão para ser a dona DE casa.
Meu maior orgulho como mãe é olhar para os meninos e vê-los felizes, educados e tão carinhos; como mulher é ter uma relação sólida e cheia de amor com um homem maravilhoso; e como profissional é ver meu trabalho sendo reconhecido por minha equipe, meus clientes, parceiros e por vocês.
Acreditem: o sucesso da vida está no diálogo e no equilíbrio. Você não precisa fazer concessões doloridas demais ou desrespeitar seus próprios limites para chegar onde ousar sonhar.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
26 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

MULHER DE EXPRESSÃO


Ser homenageada entre outras 39 mulheres de toda a região do Alto Tietê é muito mais do que o simples reconhecimento do meu trabalho, mas também uma responsabilidade enorme.
"Deitar em berço esplêndido" não faz a minha cabeça!
Quero trabalhar, honrar a causa do empreendedorismo como efetiva missão de vida e ajudar outras pessoas a superarem desafios e realizarem seus sonhos. 
Aceitar o prêmio é reconhecer o trabalho que minha equipe vem desempenhando no SEBRAE-SP e dar à minha família o orgulho em estar ao meu lado em uma noite tão especial depois de tantas outras em que me ausento em prol da paixão pelo trabalho que realizo.
Agradeço a todos os parceiros do SEBRAE-SP que indicaram meu nome como destaque regional na categoria "Empreendedorismo" e ao jornal MogiNews pela valorização das minhas ações na 6ª edição do Prêmio Mulher de Expressão.

"Com um carisma e humor invejáveis, Ana Maria Magni Coelho sempre batalhou pelos seus ideais e trabalhou muito para conquistar o seu espaço.
Casada, mãe de dois meninos e mogiana de coração, a Mulher de Expressão não tem vergonha em assumir sua falta de aptidão para ser dona de casa.
Pedagoga por formação, Ana Maria atualmente exerce o cargo de gerente regional no Escritório Alto Tietê do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), onde atua também como consultora em gestão de pequenos negócios. Além disso, é professora, palestrante, coach e mantém seus estudos mesmo depois de quatro especializações.
Sua primeira faculdade foi a de Jornalismo, interrompida após a perda prematura de sua mãe. Mesmo assim teve a chance de trabalhar como produtora de uma grande emissora de TV, antes de chegar ao SEBRAE-SP. “Colocar um programa diário e ao vivo no ar me ensinou muito sobre trabalho em equipe, comprometimento, gestão de pessoas e resultados”.
As mesmas competências sempre foram praticadas desde que “caiu de para-quedas” como temporária no SEBRAE-SP depois de ficar desempregada em 1999. De lá pra cá, Ana aproveitou cada nova chance com muita coragem e energia, procurando entender como as mudanças poderiam auxiliá-la a crescer. De terceirizada, virou auxiliar, assistente, analista e consultora até assumir a função gerencial há cinco anos: “Tenho muito orgulho dos caminhos que trilhei no Sebrae”.
Há dois anos, Ana descobriu uma nova paixão: o Lounge Empreendedor. O blog é seu mais novo projeto de sucesso e em breve pode virar um livro. Boas oportunidades também vêm surgindo na área de mídias sociais e de sustentabilidade. "Não dá fechar os olhos para tendências importantes do mercado."
Com tanto trabalho, ela deixou de separar a vida entre profissional e pessoal há muito tempo. Ana busca ser uma mulher integral em todos os momentos sem precisar ser a “mulher-maravilha”. Adotou a filosofia do equilíbrio entre os papéis de mãe, esposa, profissional, amiga e “mais qualquer um que me traga prazer” com disponibilidade para todas as suas relações.
Para ela, ser reconhecida como uma Mulher de Expressão não é apenas uma festa, mas também uma imensa responsabilidade para fazer valer essa escolha hoje e no futuro.

Frase: “Defender o empreendedorismo, a inovação e o desenvolvimento do capital humano, social e empresarial é defender o futuro dos meus filhos, netos e do meu País”.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

 

NEM TODO EMPREENDEDOR NASCE SABENDO

Muito se ouve falar sobre a importância do planejamento estratégico para as empresas, mas poucos empreendedores conseguem efetivamente colocá-lo em prática no dia-a-dia de seus negócios.
Estratégia é um termo vindo das aplicações bélicas para a administração. Sua utilização original está voltada a arte de planejar e executar movimentos e operações com o objetivo de alcançar ou manter posições relativas. Na administração, o sentido é o mesmo. A definição de estratégia empresarial permite ao empreendedor ir além do planejamento direcionando seu negócio de forma positiva frente a novos desafios e novos mercados.
Sem um posicionamento correto, empreendedores em estágio inicial podem levar sua grande idéia para caminhos sinuosos e sem horizonte. Nada mais perigoso para empresas com pouco tempo de vida!

terça-feira, 22 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA


Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se estabeleceu às margens de rios e mares visando garantir seu sustento. Com o passar dos anos e evolução (?!?) do ser humano, a água passou a ser tratada com menos respeito sendo poluída e desperdiçada.
No dia em que comemoramos o Dia Mundial da Água, o Lounge Empreendedor não pode deixar de registrar a preocupação com esse bem precioso e insubstituível, principalmente no que se refere à sua utilização nas empresas.
Crescentes necessidades de água, limitação dos recursos hídricos e prejuízos causados pelo mau uso da água exigem um planejamento bem elaborado pelas empresas e órgãos governamentais visando técnicas de melhor aproveitamento desse recurso.
Não apenas empresas, mas todos os cidadãos têm o direito de usufruir dos benefícios da água, mas também o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente e sem desperdícios.
Políticas públicas e um melhor gerenciamento dos recursos hídricos em todos os países tornam-se essenciais para a manutenção da qualidade de vida das comunidades. Se o problema de escassez que já existente em algumas regiões não for resolvido, ele se tornará um entrave à continuidade do desenvolvimento, resultando em problemas sociais, de saúde, entre outros.
Afinal, água é um recurso natural que propicia bem-estar, conforto e riqueza ao homem, por meio de seus incontáveis usos: abastecimento das populações e empresas, irrigação, produção de energia, lazer, turismo, transporte, etc.
O que pouca gente se dá conta é de que vários dos problemas relacionados à água estão mais ligados a sua má administração do que propriamente da escassez natural. Isto quer dizer que o futuro pode ser um pouco melhor, se soubermos utilizar a água e criarmos soluções para situações críticas.
Nas indústrias, principalmente após o vapor e a Revolução Industrial, a água tornou-se um dos insumos básicos. Em condições naturais, deveria tratar-se de um recurso renovável, limpo e seguro. Entretanto, as intervenções humanas geram efluentes que a natureza não consegue absorver. Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios e temos aí um problema global.
Não cuidar da água consumida por sua pequena empresa é não cuidar de um problema que é mundial. Se sua empresa gera efluentes, é sua responsabilidade também adaptá-los para condições mínimas de retornar à natureza e entrar no ciclo hidrológico da água.
Mesmo sem o fôlego financeiro que as grandes empresas têm para se adequar às exigências ambientais, pequenos negócios também podem desenvolver soluções relativamente simples e baratas, que mostrem que é possível eliminar o desperdício de água, preservar o ambiente e ainda reduzir custos de produtos ou serviços.
Nesse sentido, gosto muito do caso da cidade de Toritama, no agreste de Pernambuco. Com uma economia que gira em torno das confecções de jeans, a cidade é um exemplo de como aliar desenvolvimento econômico e consciência ambiental através de empresários e políticas públicas apropriadas.
Até a década de 90, o rio que corta a cidade chegava a mudar de cor em função da produção de jeans e do tratamento inadequado para a água utilizada nas lavanderias que tratavam o jeans produzido pelas confecções locais. Bastou um empresário, entre 56 donos de unidades existentes em Toritama, ter vontade, investir em tecnologias apropriadas ao desenvolvimento de um sistema de reciclagem de água e mudar toda a realidade local.
Boas práticas dependem de boas idéias. Reciclagem ou reuso, captação de água da chuva, programas de uso racional, produção mais limpa (P+L) ou substituição de torneiras que desperdicem água são bons exemplos que além de reduzir o impacto ambiental geram redução de consumo e de custos ao negócio.
As técnicas de reuso de água têm se tornado o principal caminho para uma melhor gestão da água em atividades industriais, pois reduz a demanda sobre os mananciais e substitui a água potável por uma água de qualidade inferior que trará o mesmo resultado ao negócio.
A busca frenética pela maximização dos lucros ou pela competitividade não pode fechar os olhos empreendedores à sua responsabilidade cidadã. As micro e pequenas empresas representam um segmento fundamental para a economia brasileira e não podem ficar à margem do processo de disseminação do desenvolvimento sustentável.
É preciso gerir com zelo as necessidades de hoje sem comprometer a capacidade de atender as demandas de gerações futuras reconhecendo que recursos naturais são finitos. Crescimento econômico não precisa estar associado a um gráfico crescente de consumo de energia, água e recursos naturais.
Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra. Se não cuidarmos hoje, certamente não haverá água disponível para sempre.
É claro que boa vontade apenas não resolve o problema. Precisamos escorar o tripé meio-ambiente, economia e políticas públicas como eixo determinante da nova equação de desenvolvimento, inclusive com linhas de crédito que incentivem pequenas empresas que desejem readequar seus processos à economia verde.
Independente do tamanho da empresa ou de sua área de atuação (comércio, indústria, serviços ou agricultura), defina metas como foco na ecoeficiência: reduzir o consumo de água, gastar menos energia, diminuir a emissão de poluentes, aumentar o índice de reciclagem dos resíduos.
O mundo agradece e sua lucratividade também!

segunda-feira, 21 de março de 2011

MULHERES & INOVAÇÃO


Uma pesquisa realizada pelo Endeavor, instituto de apoio ao empreendedorismo, revelou que as mulheres são mais inovadoras nas áreas de marketing, recursos humanos e integração de equipes nas empresas, assim como no processo produtivo.
O estudo mostrou que os homens estão concentrados em áreas mais tradicionais, como o registro de patentes, e que quase 60% deles dizem ter dificuldades área de gestão de pessoas ou no processo produtivo - entre as mulheres, o percentual é de 34,6.
A pesquisa comprovou ainda que as mulheres têm uma rede de contatos menor do que os homens e começam um negócio com menos sócios - menos de 30% das empreendedoras têm três ou mais sócios. Entre os homens, esse índice dobra. Elas, porém, têm menor acesso a financiamentos, tanto público quanto privado, e se queixam de discriminação por parte dos bancos, governos e financiadoras tanto por serem mulheres quanto por serem jovens.
Entre os entrevistados, homens e mulheres demonstraram atribuir igual valor para o crescimento da empresa e optar pela expansão em outras localidades em vez de diversificar a atuação. Quando o assunto é família, ambos concordam que o lar é mais importante do que os negócios.
O levantamento, inédito no País, faz parte do estudo da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), financiado pelo governo sueco, do qual participam Brasil, Suécia, Suíça, Estados Unidos, Uganda e Jordânia. Para o estudo, foram ouvidos 52 empreendedores entre setembro e novembro de 2010, com negócios que faturam entre US$ 10 mil e US$ 10 milhões por ano.



quinta-feira, 17 de março de 2011

FORMAÇÃO DE PREÇO


NEM TODO EMPREENDEDOR NASCE SABENDO

O momento da fixação dos preços é crucial para a sobrevivência e prosperidade de um negócio. Cada empresa tem suas características e seu mercado, mas na hora de formar o preço é preciso levar em conta equações comuns da gestão financeira: custo do serviço/produto, despesas variáveis, despesas fixas e lucro líquido.
Formar um preço que garanta a perenidade e competitividade do negócio passa por um profundo conhecimento sobre sua atividade empresarial. Existem variados pontos de vista a respeito da administração do preço. Um deles é a prática de preços determinados pelo mercado, onde o empresário trata de acompanhar os preços da concorrência, ou ainda quando o próprio cliente é que determina o valor de compra de acordo com as opções de preços encontrados.
O outro ponto de vista preconiza que os preços devem ser elaborados baseados em cálculos econômicos em que o empresário utiliza-se de índices internos dos custos fixos e variáveis para garantir a margem de lucratividade desejada ao seu negócio.
Nos dois casos, existem prós e contras.

COMPETIÇÃO E CONCORRÊNCIA


Nos dias de hoje, no meio empresarial, continuar competindo passou a ser sinônimo de sobrevivência. Não basta apenas se preocupar com os concorrentes atuais, precisamos nos preocupar com os concorrentes que ainda estão por vir, aqueles que nem estão pensando em abrir um negócio ainda. Parece coisa de louco desesperado, mas pense em quantas empresas abrem e fecham num piscar de olhos, olhe em sua volta, puseram de novo para alugar o espaço ao seu lado… Mas como se preparar para competir? Não basta ser o melhor onde todos são melhores, tem que se diferenciar dos outros. Mas como? Separo em 05 situações, para as quais se deve dar muita importância, são elas:

1 – Motivação do empreendedor

Nos atendimentos que presto, sempre comento um ditado japonês que diz: “Se você não mudou nos últimos seis meses, não foi porque a forma que você está fazendo está certa, mas, provavelmente, porque você a está fazendo errado”, ou seja, o mundo é dinâmico, não dá para ficar parado, em time ganhando ainda é preciso mudar para continuar ganhando. Reforço a idéia de que os empreendedores devem ter hoje, o mesmo entusiasmo, pelos produtos e serviços, de quando iniciaram seu empreendimento. Não podem cair na rotina, devem sempre estar dispostos a mudar algo em seus produtos e serviços, revigorando diariamente seu entusiasmo pelo que fazem.
Quando se cai na rotina, fazendo da mesma forma, vendendo do mesmo jeito, passamos a acreditar que utilizamos todos os argumentos possíveis. Estes argumentos viram frases frias e decoradas, saem sem pensar e as vendas começam a cair sem parar. Uma das maneiras de se diferenciar da concorrência é ser diferente, e não cair nessa rotina. Dedique mais tempo para estudar e conhecer novamente sua empresa, produtos e serviços. Descubra uma nova aplicação, abordagem, solução ou uso. Procure por qualquer coisa que, direta ou indiretamente, possa lhe dar novo entusiasmo pelo que você comercializa.
Quando você acredita no que você faz, demonstra e convence seus clientes de que seu argumento, seu produto ou serviço é melhor que de seus concorrentes. Pois, a maioria dos clientes espera que você seja o primeiro a acreditar no que você faz. Depois é só verificar no final do mês seu desempenho, que com certeza irá mudar, e para melhor.

2 – Produto ou serviço com qualidade

Costumo dizer também, que existem duas visões da qualidade, isto é, a visão de quem faz – a empresa – e a visão de quem compra – o cliente. Na visão deste, seu produto ou serviço deve se destacar pelo preço, gosto pessoal, disponibilidade, variedade, forma do atendimento, utilização, aplicação, praticidade, versatilidade, etc. Na visão do empreendedor, na forma como o produto ou serviço é preparado, fabricado, embalado, manuseado, armazenado e entregue ao cliente, etc. Note que são duas visões diferentes e, que se o empreendedor apenas se basear em sua visão, (visão clássica da qualidade) não conseguirá cativar ou satisfazer o cliente, pois é ele quem compra.

3 – Valor de seu produto ou serviço

Outra forma de se diferenciar, e aumentar as chances de ganhar da concorrência, é entender que preço de venda não é o empreendedor quem faz, mas o mercado. A fórmula clássica: Preço de Venda = “Custos” + Lucro, não é mais válida. Atualmente aplica-se: Lucro = “Preço” de Venda – Custos. Ou seja, o preço que você vende seu produto é o valor que o cliente atribui a este, portando, a única forma de se tirar um resultado positivo (Lucro) é olhar com mais detalhes a composição do Custo do produto ou serviço, melhorando a produtividade, reduzindo gastos supérfluos, etc.

4 – Informação e divulgação

Se for para competir, que vença o melhor… Mas como? Primeiro não subjugue nenhum concorrente seu, seja ele representativo ou não. Descubra tudo que puder sobre os produtos e serviços que seus concorrentes oferecem, a maneira que eles os divulgam e os apresentam ao mercado. Saiba como é a política comercial das empresas, quais os níveis de preços, os segmentos em que mais atuam e, principalmente, quem são seus clientes. Estruture-se para divulgar e apresentar seus produtos e serviços de forma que tanto seus clientes novos, quanto os atuais conheçam seus pontos fortes (valores). Faça deste procedimento uma rotina (hábito), pois seus clientes não irão gravar os valores de seus produtos e serviços se você falar-lhes somente uma única vez.

5 – Conheça seus clientes

Para poder satisfazer seu cliente é preciso conhecê-lo. Identifique suas preferências, hábitos e necessidades. Esforce-se para estabelecer um relacionamento mais firme, solicite mais pedidos, deixe claro seu compromisso de atendê-los cada vez melhor.
Para finalizar, lembre-se sempre que devemos ser éticos na competição, pois nossos concorrentes poderão usar as mesmas armas que nós estamos usando.

Por Júlio Tadeu Alencar
Consultor do SEBRAE-SP

terça-feira, 15 de março de 2011

BOAS NOTÍCIAS

Pequenos negócios têm o melhor janeiro desde 1998 

As micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo tiveram crescimento de 9% no faturamento real em janeiro de 2011, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados da pesquisa Indicadores de Conjuntura. O universo das MPEs faturou um valor estimado de R$ 24,6 bilhões no período.
Este é o melhor resultado para um mês de janeiro, em termos de variação real (descontando a inflação), desde 1998, quando o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) começou a fazer o levantamento, e o 16º mês consecutivo de aumento na receita das MPEs, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No período de 12 meses (jan/11 contra jan/10), o crescimento obtido foi alavancado pelo setor de serviços (+16,7%), seguido do comércio (+6,6%) e indústria (+5,3%). Por regiões, as empresas do interior tiveram o maior aumento registrado: 16,7%. Os resultados para as demais regiões, quanto ao faturamento, foram: Região Metropolitana de São Paulo (+2,6%), Grande ABC (-8,5%) e Município de São Paulo (+8%).
De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, “o bom resultado das MPEs no período pode ser explicado pelo aumento do consumo no mercado interno – motivado pela melhoria da ocupação e da renda – e pela base de comparação relativamente modesta, uma vez que as MPEs estavam em trajetória de recuperação em janeiro de 2010”.
Na comparação com dezembro de 2010, o faturamento das pequenas empresas registrou queda de 20,7%. O recuo era esperado, em razão das vendas de fim de ano serem beneficiadas, especialmente no comércio, pela injeção de recursos proporcionada pelo pagamento do 13º salário.

Expectativas - A pesquisa também avaliou as expectativas dos empresários para os próximos seis meses. Para 45% dos entrevistados, o faturamento da empresa será mantido nos próximos meses. A parcela dos empresários que esperam melhora no faturamento passou de 34%, em janeiro, para 39%, em fevereiro. Em relação à economia brasileira, 48% dos informantes acreditam na manutenção no nível de atividade e 34% dos empresários acreditam que vai melhorar nos próximos seis meses.
O diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, observa que, mesmo com os resultados positivos, “temos que ficar atentos. Há uma tendência de redução no ritmo de crescimento da economia brasileira em 2011, por conta do aumento dos juros básicos (taxa Selic) e redução na oferta de crédito, o que faz acender o sinal amarelo. É hora dos empresários ajustarem seu planejamento e gestão”.
As informações detalhadas sobre as MPEs estão no novo relatório da pesquisa do Sebrae-SP. O estudo - que pode ser conferido na íntegra no site http://www.sebraesp.com.br/TenhoUmaEmpresa/Biblioteca/OutrosConteudos/EstudosEPesquisas/Indicadores/Paginas/Indicadores.aspx- traz as taxas de variação do faturamento real divididas por setores (comércio, indústria e serviços) e regiões (capital, interior, Grande ABC e Região Metropolitana de São Paulo). A pesquisa apresenta também e as expectativas dos pequenos negócios, quanto à evolução do faturamento das MPEs e ao nível de atividade da economia.
A pesquisa Indicadores de Conjuntura é realizada mensalmente pelo Sebrae-SP, com apoio da Fundação Seade. O levantamento é feito junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas de todo o Estado, uma amostra que representa 1,3 milhão de MPEs da indústria da transformação, comércio e serviços.

Texto de Felipe Conrado
Andreoli MSL Brasil a serviço do Sebrae-SP

sexta-feira, 11 de março de 2011

HUMOR EMPRESARIAL


Proatividade, comprometimento, criatividade e trabalho em equipe são algumas palavras-chave presentes em qualquer conversa sobre competências necessárias ao ambiente corporativo. Mas esteja você onde estiver na hierarquia de uma empresa, desenvolva outro comportamento indispensável que permitirá não apenas o seu sucesso, mas sua saúde física e mental: o bom humor.
Infelizmente, ainda acompanho casos de muitas empresas que acreditam que manter a equipe estressada e sob pressão torna-a mais produtivo. A curto prazo, isto pode ser aparentemente verdadeiro. As pessoas correm contra o tempo, vivem em função de tarefas urgentes e deixam de lado quaisquer outros aspectos de sua vida. Entretanto, a longo prazo estas políticas podem se voltar contra a produtividade e contra os resultados que sua empresa necessita atingir.
Trabalhadores submetidos a ambientes estressantes e chefias desagradáveis tendem, com o passar do tempo, a associar trabalho com desprazer e sofrimento. Acordam todos os dias se perguntando: “por que tenho que ir até lá?” e culpam a empresa pelo prejuízo em suas próprias vidas. Por mais que se sintam engajados com a missão da empresa, perdem o senso de pertencimento ao time e não conseguem mais enxergar na empresa um ambiente propício ao seu desenvolvimento.
O estresse, equivocadamente considerado benéfico, passa a ser o fator multiplicador de inúmeros problemas, entre eles dos casos de absenteísmo justificados por gripes freqüentes, dores pelo corpo ou, de forma mais grave, por depressão e pânico.
Bons profissionais têm deixado seus empregos em busca de outras colocações, procurando por maior qualidade de vida e não apenas por melhores salários. Não adianta ter boas políticas, regras e recursos se a empresa não souber cuidar das pessoas.
O mau humor empresarial pode causar sérios prejuízos por conta do absenteísmo e da elevada rotatividade. Se a sua empresa se preocupa com os resultados, a equação é muito simples: em ambiente ruim acumulam-se prejuízos de ordem financeira e produtiva.
Por isso, seja qual for o ramo do seu negócio, saiba que cara fechada, respostas atravessadas, silêncios sorumbáticos, isolamento, só lhe trarão mais dor de cabeça e limitarão suas chances de sucesso. Lembre-se que tudo fica pior quando você responde às situações com mau humor.
Se é impossível eliminar os problemas da vida, dentro ou fora das paredes e divisórias do escritório, se há trânsito, se a falta de tempo para a família incomoda ou o orçamento está apertado ter que enfrentar um ambiente em que não há a menor descontração ou as pessoas vivem reclamando não é o sonho de nenhum bom funcionário.
Se as pessoas realmente passam a maior parte de seus dias em seu ambiente de trabalho, não seria melhor que este ambiente fosse fraterno, estimulante, agradável e divertido?
Bom humor estimula a criatividade, a cooperação e diminui a ansiedade. Através dele, as pessoas se libertam de seus medos e conseguem vislumbrar saídas para questões complicadas sendo mais eficientes na execução de suas tarefas. Em situação de conflito, tensão e constrangimento o bom humor pode ajudar a persuadir ou convencer as pessoas. Sem falar nas vantagens cientificamente comprovadas, já que o bom humor aumenta a produção das substâncias responsáveis pela sensação de prazer, estimulando maior fluência de idéias e decisões mais criativas para encarar os desafios diários.
Claro que bom senso também é fundamental. Não precisa fazer piada de tudo ou não levar as coisas à sério. Bom humor no trabalho deve um meio de fortalecer as relações e eliminar os sentimentos como raiva e temor que afloram em empresas dominadas pela “política do estresse”.
Se eu fosse você experimentaria essa nova forma de fazer gestão e de viver positivamente.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no caderno Opinião - MogiNews
12 de março de 2011 

NÃO ESPERE MAIS


“Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade.” É assim que Cecília Meireles versava o fim das celebrações de carnaval e decretava o início oficial do ano novo civil e legal.
Desde criança, ouvimos que “o ano só começa depois do Carnaval” e de tanto repetir, o conceito acaba se cristalizando na mente dos brasileiros como uma verdade incontestável. Brasileiros que em sua maioria mal conhecem os motivos de tamanha festa. Basta saber que o rei causou emoção ou que a moça da TV caiu em plena avenida e o carnaval já faz sentido.
Na verdade, foi em torno do ano 1.000 que a igreja católica criou a Semana Santa e a Quaresma. Os dias que antecediam ao início da quaresma, à partir da quarta-feira de cinzas, estimularam os cristãos a se divertirem bastante antes de encarar a dureza dos dias difíceis que viriam sem carne, bebidas, festas e sexo. Era o “adeus à carne” que logo se popularizou através de uma expressão italiana, o “carne vale”. Surgindo, daí, a palavra Carnaval.
Foi no Brasil que essa festa pagã, criada pelos cristãos, encontrou sua mais forte expressão transformando-se num evento mundial e também, em um novo marco legal para os dias de trabalho e planejamento.
Esse espírito de espera em que as pessoas se preparavam para começar uma vida de abstinência antes da quaresma pode impregnar a consciência brasileira e deixar tudo para depois do carnaval, mas não pode impregnar você, empreendedor.
Pense em quantas medidas já foram tomadas nos primeiros 70 dias de 2011 levando em conta que nosso espírito de carnaval aguardava apenas a chegada da Folia. Quantos contratos já foram assinados? Quantos negócios já foram fechados?
Marcar e acompanhar a passagem do tempo sempre foi uma preocupação do homem. Desde o uso de relógios de sol, em que um pedaço de madeira era enfiado num determinado ponto para marcar o avanço da sombra feita pelo sol, até a utilização de areia nas populares ampulhetas do tempo, o homem sempre se preocupou com a forma com que o tempo passava e com a sua melhor utilização.
Afinal, independente do que aconteça ou da rapidez das mudanças, o dia sempre será composto por 24 horas, as semanas por 7 dias e os anos por 12 meses. Utilizá-los da melhor forma é uma responsabilidade pessoal. Daí, a importância de revisitar a forma como vivenciamos o tempo e administramos as mudanças e a diversidade de atividades em nosso dia a dia. Se tudo muda, precisamos mudar a forma como nos posicionamos.
Se uma pequena empresa esperar o carnaval passar para colocar seu “bloco na rua” certamente os meses que lhe sobrarão serão poucos para os resultados que necessita atingir.
Por isso, faça com que todos os dias úteis sejam realmente úteis para sua empresa. Esperar o carnaval para pensar nas metas e objetivos do negócio pode colocar em risco todo o capital empenhado nos primeiros meses para o funcionamento da empresa.
Não seja seu próprio inimigo. Priorize as prioridades. Uma gestão do tempo adequada requer mudança de hábitos e atitudes, ou seja, fazer as coisas de forma diferente. Se você não estabeleceu metas para 2011, não dá mais para esperar. É hora de tomar as atitudes que farão a diferença na sua vida. Coloque em prática, a partir de agora, as promessas que você fez na virada do ano, não espere mais, não deixe que as oportunidades de sucesso se transformem em confetes de Carnaval.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial
10 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

MINISTÉRIO DA PEQUENA EMPRESA


Quando as pessoas descobrem que trabalho no SEBRAE-SP é inevitável ouvir a pergunta: "Ana, você acha que a criação de um ministério exclusivo para a  Pequena Empresa pode auxiliar no seu fortalecimento e competitividade?"
Como aprendi com a minha mãe que quem muito acha nada encontra, prefiro fazer uma análise menos emocional sobre o assunto.


Acredito que oferecer um ambiente mais competitivo para as micro e pequenas empresas transcende a questão da criação de um novo Ministério.
Não sou contra o Ministério das Micro e Pequenas Empresas. Aliás, reconheço e felicito a proposta, mas apenas um ministro não poderá resolver sozinho todas questões que envolvem a competitividade de um pequeno negócio.
É preciso propiciar ambiente para que as MPEs nasçam e sobrevivam; bem como incentivar a formação de pessoas com comportamento empreendedor desde a base da educação formal.
Além disso, é preciso pensar em infra-estrutura, em logística, em meio ambiente, na efetivação da lei de resíduos sólidos, em segurança, na qualidade da força de trabalho e em alternativas de financiamento aos investimentos em pesquisa e inovação.
Enfim, há muito por fazer…
Fico feliz em perceber que as micro e pequenas empresas finalmente foram reconhecidas como o mais importante vetor de desenvolvimento econômico e de redução das desigualdades sociais. Ter ou não um Ministério é uma questão de estrutura política de governo. Por isso, precisamos estar cada vez mais engajados com a causa do empreendedorismo para que possamos cobrar ações constantes em prol de seu fortalecimento.
Bruno Bezerra*, um amigo muito querido de Pernambuco e defensor de políticas em prol das pequenas empresas, recentemente escreveu um artigo para o Acerto de Contas e me autorizou a compartilhar com vocês, leitores do Lounge Empreendedor.

Será que é de um ministério que a Pequena Empresa precisa?


A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas, no Fórum dos Governadores do Nordeste em Aracaju (SE). Segundo a presidente, o objetivo do Ministério é estimular o empreendedorismo.
Durante a campanha para presidente em 2010, quando a proposta de criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas ganhou corpo, eu escrevi um artigo estimulando o debate. Com o tema de volta ao noticiário nacional, acho oportuno mais uma vez estimular o debate.
Como pequeno empreendedor e entusiasta da pequena empresa, vou colocar algumas perguntas para fomentar o debate em torno da criação do Ministério da Pequena Empresa.
Contudo, o tema tem sido muito produtivo no sentido de colocar a pequena empresa em debate nacional. Costumo pensar a micro e pequena empresa como o nosso mais generoso e poderoso espaço empreendedor, um firme alicerce para as ambições micro e macroeconômicas dos governos em todas as esferas.
Seja com os números do mercado informal, ou com os números oficiais do CAGED [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], do Ministério do Trabalho e Emprego, o poder da micro e pequena empresa no quesito geração de emprego é incontestável.
Todavia, chega o momento da primeira pergunta: será que o que a pequena empresa precisa é mesmo de um ministério só seu?
É bem verdade que um ministério próprio pode ajudar nos pleitos da pequena empresa, mas de fato não seria a solução dos muitos problemas, pois se assim fosse, as estruturas de saúde e educação com seus ministérios próprios [e com bons orçamentos] não teriam o mar de problemas que de tão velho, viciado e poluído não sabe a idade que tem.
Mais do que os expressivos números na geração de empregos, o poder da pequena empresa no Brasil pode [e deve] ser medido/sentido, especialmente, na superação das reais adversidades da prática empreendedora. E não são poucas, nem fáceis.
Vejamos aqui algumas das principais: burocracia e morosidade na abertura e, sobretudo, fechamento das empresas; a eterna falta de crédito barato e sem burocracia, uma legislação trabalhista caduca e improdutiva, o estorvo de novas obrigações trabalhistas, guerras fiscais entre estados, falta de ferramentas de planejamento mais específicas, escassez de mão-de-obra qualificada e a sempre perversa estrutura da carga tributária que inibe ao invés de incentivar o desenvolvimento das empresas.
Pensando um pouco na relação ministério-solução, e focando nos entraves tributários e trabalhistas da pequena empresa, minha amiga Ana Maria Coelho – uma estudiosa do empreendedorismo em Mogi das Cruzes – resumiu bem a situação: oferecer um tratamento diferenciado aos que são realmente diferentes é um meio de oferecer igualdade de direitos. E aí vem mais uma pergunta: é necessário criar um ministério para fazer acontecer o que verdadeiramente importa para pequena empresa?
A pergunta me fez lembrar um pensamento fantástico do escritor Mansour Chalita “Acreditar que basta ter filhos para ser Pai é tão absurdo quanto acreditar que bastar ter instrumentos para ser músico”.
De tudo fica uma lição: criar um ministério parece ser relativamente fácil, mesmo não sendo nada barato para o contribuinte [leia-se também pagador de impostos e/ou empreendedor] no perigoso círculo vicioso do peso e custo da máquina pública. O difícil parece ser criar as condições necessárias para que a pequena empresa – um dos principais motores da economia brasileira – possa contribuir ainda mais com o real desenvolvimento do Brasil.

*Bruno Bezerra é sócio da B&F Computadores, diretor de empreendedorismo da CDL Santa Cruz do Capibaribe-PE e autor do livro Caminhos do Desenvolvimento.
No twitter: @brunobezerra

terça-feira, 8 de março de 2011

DEPOIS DO CARNAVAL



Terminado o Carnaval, eis que nos encontramos com os seus melancólicos despojos: pelas ruas desertas, os pavilhões, arquibancadas e passarelas são uns tristes esqueletos de madeira; oscilam no ar farrapos de ornamentos sem sentido, magros, amarelos e encarnados, batidos pelo vento, enrodilhados em suas cordas; torres coloridas, como desmesurados brinquedos, sustentam-se de pé, intrusas, anômalas, entre as árvores e os postes. Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade.
À chamada realidade. Pois, por detrás disto que aparentamos ser, leva cada um de nós a preocupação de um desejo oculto, de uma vocação ou de um capricho que apenas o Carnaval permite que se manifestem com toda a sua força, por um ano inteiro contida.
Somos um povo muito variado e mesmo contraditório: o que para alguns parecerá defeito é, para outros, encanto. Quem diria que tantas pessoas bem comportadas, e aparentemente elegantes e finas, alimentam, durante trezentos dias do ano, o modesto sonho de serem ursos, macacos, onças, gatos e outros bichos? Quem diria que há tantas vocações para índios e escravas gregas, neste país de letrados e de liberdade?
Por outro lado, neste chamado país subdesenvolvido, quem poderia imaginar que há tantos reis e imperadores, princesas das Mil e Uma Noites, soberanos fantásticos, banhados em esplendores que, se não são propriamente das minas de Golconda, resultam, afinal, mais caros: pois se as gemas verdadeiras têm valor por toda a vida, estas, de preço não desprezível, se destinam a durar somente algumas horas.
Neste país tão avançado e liberal — segundo dizem — há milhares de corações imperiais, milhares de sonhos profundamente comprimidos mas que explodem, no Carnaval, com suas anquinhas e casacas, cartolas e coroas, mantos roçagantes (espanejemos o adjetivo), cetros, luvas e outros acessórios.
Aliás, em matéria de reinados, vamos do Rei do Chumbo ao da Voz, passando pelo dos Cabritos e dos Parafusos: como se pode ver no catálogo telefônico. Temos impérios vários, príncipes, imperatrizes, princesas, em etiquetas de roupa e em rótulos de bebidas. É o nosso sonho de grandeza, a nossa compensação, a valorização que damos aos nossos próprios méritos...
Mas, agora que o Carnaval passou, que vamos fazer de tantos quilos de miçangas, de tantos olhos faraônicos, de tantas coroas superpostas, de tantas plumas, leques, sombrinhas...?
"Ved de quán poco valor
Son las cosas tras que andamos
Y corremos..."
dizia Jorge Manrique. E no século XV! E falando de coisas de verdade! Mas os homens gostam da ilusão. E já vão preparar o próximo Carnaval...


Texto de Cecília Meireles
Extraído do livro "Quatro Vozes"
Editora Record - Rio de Janeiro, 1998, pág. 93

sábado, 5 de março de 2011

ALÉM DO ZIRIGUIDUM


Além dos feriados e datas comemorativas que tradicionalmente movimentam a economia, o Carnaval promete esquentar ainda mais o ritmo de atividades.
Confesso que além do som da bateria, me encanto com esse momento que valoriza a singularidade, o simbólico e aquilo que é mais intangível: a criatividade.
Cidades criativas, indústrias criativas, economia criativa. Ouço diariamente termos ou conceitos de criatividade permeando decisões de negócios. Não há empresa nos dias de hoje que não coloque a inovação entre os seus fatores de competitividade.
Entre modismo, ingenuidade ou ações reais, o que vale é perceber o impacto da criatividade e da inovação nos vários segmentos da economia. Diante dos desafios da construção de novos modelos de negócios e de uma sociedade mais sustentável, a chamada economia criativa abre uma nova frente de empreendedorismo e oportunidades.
O Carnaval paulistano, por exemplo, gera mais de 4,3 mil empregos diretos e indiretos e movimenta aproximadamente R$ 90 milhões, segundo o Censo do Samba.
O modelo é o mesmo: as escolas escolhem o enredo, definem o samba, desenham carros alegóricos e fantasias e, em menos de um ano, colocam tudo isso na avenida com a emoção e o comprometimento de toda a comunidade. Se as chuvas ou o fogo destroem tudo, não há porque desanimar. Existe uma causa que norteia as decisões do grupo e faz com que todos arregacem as mangas para recomeçar.
Quem tem mais sucesso? Aquele que conseguir ser mais criativo.
Intuitivamente, o Carnaval leva empreendedores a desenvolver sua capacidade não só de criar o novo, mas de reinventar, diluir paradigmas tradicionais, unir pontos aparentemente desconexos e, com isso, equacionar soluções para novos e velhos problemas.
A “concorrência” entre vários atores criativos, em vez de saturar o mercado, atrai e estimula a atuação de empresas, poder público e sociedade. Juntos, todos torcem pelo sucesso da maior festa onde contextos culturais, econômicos e sociais diferentes se misturam e tornam-se um.
Entre o universo simbólico do carnaval e o mundo concreto da economia, a criatividade é o catalisador do valor capaz de gerar desenvolvimento. Fortalecer espaços de economia criativa é uma oportunidade de resgatar o cidadão e o consumidor através daquilo que os faz comum e que emana de sua própria formação e raízes.
Cultura e economia sempre andaram juntas, basta acompanhar a arquitetura, artesanato, cinema, design, festas populares, games, gastronomia, moda, música, softwares, publicidade, rádio, teatro, televisão, turismo.... Não há barreiras para negócios que envolvam criatividade e emoção.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
05 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

CAPITAL DE GIRO

NEM TODO EMPREENDEDOR NASCE SABENDO

Ao iniciar um negócio, qualquer empreendedor precisa de dinheiro para transformá-lo em realidade. É preciso capital para alugar ou comprar o local, para a mobilia, equipamentos e suprimentos, para pagar profissionais como contadores e advogados, e também para o desenvolvimento do seu produto ou serviço.
Conseguir o montante necessário nem sempre é fácil, mas existem várias alternativas.
Para aproveitá-las é preciso entender qual financiamento será melhor para você e sua empresa. Você possui capital próprio? Existem sócios investidores dispostos a bancar sua idéia? Ou você vai precisar de financiamento?
O fato é que, não apenas no início, mas em várias etapas da vida da empresa, podem surgir necessidades financeiras diferentes que exijam financiamento externo. Para sobreviver é necessário manter o equilíbrio das contas e um nível aceitável de capital de giro.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CONSTRUA A SUA HISTÓRIA

Ontem postei sobre a minha percepção a respeito da ida de nossa presidenta, Dilma Rousseff ao programa Mais Você.
A idéia não é fortalecer nenhuma ideologia política ou fomentar que novas mulheres saiam às ruas para queimar sutiãs e conquistar seu espaço. Quero apenas um mundo mais justo.
Sei que parece discurso de concurso de miss pela "paz mundial", mas adoro conhecer histórias de mulheres capazes de transformar suas histórias.
Gosto muito de um livro (A maratona da vida) que fala sobre essa capacidade que as pessoas têm de ser aquilo que elas quiserem ser. É a história de juiz federal obeso e sedentário com uma carreira bem resolvida, mas com a saúde em frangalhos. Ao resolver correr uma maratona, ele nos ensina a lidar com sentimentos, dúvidas e problemas que acometem qualquer pessoa que queira realizar alguma coisa.
“Enquanto eu não acreditei que poderia fazer, não fiz. A crença é que constrói o fato. A batalha definitiva é sempre na mente. Todo mundo conhece a parábola do besouro, que é absolutamente verdadeira: é um inseto que, pelas leis da aerodinâmica não conseguiria voar, mas como não tem a menor ideia disso, ele voa(...) você pode, se você acredita que pode”
Que tal acreditar?

terça-feira, 1 de março de 2011

EMPREENDEDORISMO FEMININO


“Quando a mulher assume alguma posição de autoridade, ela é vista como estando um pouco fora de seu papel. Mas isso era até agora. Daqui pra frente as meninas podem querer ser presidentas e vai ser visto como uma coisa normal e natural uma mulher assumir a liderança. Quando você quebra um paradigma, a primeira reação é de estranheza, depois as pessoas se acostumam.”

“Você já viu algum homem que chega à direção do país ser chamado de duro? É porque são homens. É esperado da mulher uma fragilidade fora do comum. A mulher pode ser fisicamente mais frágil, mas não necessariamente é menos forte do que o homem por dentro.

“No fim, o que importa é lutar pela vida. Ao lutar pela vida você a valoriza. A solidariedade é um gesto fundamental porque é a experiência humana transmitida de forma carinhosa a outra pessoa.”
(Dilma Rousseff no programa Mais Você - 01/03/2011)

Hoje pela manhã, terça-feira (1º), confesso que fui surpreendida com a informação de que a presidente Dilma Rousseff estava sendo entrevistada por Ana Maria Braga, no programa “Mais Você”, da TV Globo.
Estive tão envolvida na preparação de um evento da empresa que, se alguém já havia dado o furo antes, eu ainda não tinha visto.
Não sou uma mulher que defende o gênero como motivo de competência e reconhecimento e todo o mês de março me incomodo em ser valorizada como se isso não fosse necessário em outros meses.
Entretanto, tenho que reconhecer que vivemos um importante momento: presidenta eleita democraticamente, líderes femininas em grandes empresas, mulheres assumindo atividades fora dos lares e contribuindo para a economia formal do país.
Sei que tenho a sorte (se é que sorte existe) de trabalhar em uma empresa que não faz distinção salarial entre gêneros, mas não fecho os olhos para a necessidade de incentivar políticas sérias para inserir cada vez mais a mulher no mercado de trabalho e exigir salários equivalentes aos dos homens.
Dilma demonstrou uma surpreendente desenvoltura na entrevista, uma habilidade de fazer inveja ao ex-presidente Lula nos seus melhores momentos e me fez muito feliz ao se comprometer com o apoio ao empreendedorismo feminino brasileiro.
Desejo que, não apenas no mês de março, sua fala ecoe em boas possibilidades as pequenas empresas brasileiras.


Dilma Rousseff reforça apoio às mulheres empreendedoras
“Quem abre mais pequenos negócios é a mulher", afirma presidenta da República

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (1º) que dedicará atenção especial às mulheres empreendedoras. “Quem abre mais pequenos negócios é a mulher. Há uma série de atividades em que ela é especialista. A mulher é ótima, por exemplo, na indústria de alimentação e é capaz também de fazer uma quentinha e distribuir. Vamos dar suporte para que isso ocorra, com apoio, curso, isenção tributária e microcrédito”, ressaltou a presidenta.
A declaração foi dada durante entrevista ao programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, na TV Globo.
De acordo com a última pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência no Brasil, 53% são mulheres e 47%, homens.
Em 2009, além do Brasil, apenas outros dois países registraram taxas de empreendedorismo feminino mais elevadas que as dos homens: Tonga, com 61%, e Guatemala, com 54%. Já as brasileiras estão praticando um empreendedorismo cada vez mais planejado e consistente. Sobre este aspecto, o estudo constatou que dos empreendedores por oportunidade 53,4% são mulheres e 46,6%, homens.
Dilma Rousseff também voltou a afirmar que pretende criar um ministério para as micro e pequenas empresas. “Nós queremos formalizar a economia informal. Vamos facilitar, proteger e dar financiamento e isenção tributária. Eu vou inclusive criar um ministério para a pequena e micro empresa, porque você não pode exigir o mesmo tipo de tratamento de uma grande empresa ou de uma média e de uma micro”, disse.

Serviço
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 3243-7852/ 8118-9821/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
twitter.com/sebrae
facebook.com/sebrae

VALOR ECONÔMICO


Muitas pequenas empresas ainda sofrem com a falta de crédito específico para elas. Embora tenham operações bem mais simples que empresas de captal aberto, as MPEs têm demonstrado ser um segmento muito interessante para os bancos e operadores de crédito.
Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de 2006 apontou que 36% das MPEs tomaram empréstimos bancários durante um período de cinco anos.
Não é a toa que o BNDES pretende ampliar o acesso às linhas disponíveis para essa modalidade empresarial.
Veja a matéria publicada no Valor Econômico em  28/02/2011.

 
Empréstimos do BNDES vão crescer 10%

Depois de praticamente dobrarem em 2010 - mais 91% -, os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) devem aumentar cerca de 10% neste ano. A projeção é do superintendente da área de operações indiretas do banco, Claudio Bernardo de Moraes. Ele atribui a menor taxa de crescimento principalmente ao aumento da base de comparação ocorrido em 2010. Em valores absolutos, a expectativa é de que os empréstimos fiquem próximos a R$ 50 bilhões. "O banco tem como foco apoiar cada vez mais esse conjunto de empresas", diz Moraes, destacando a capacidade de geração de empregos como um dos maiores motivadores.
Embora não disponha de um dado preciso, o superintendente estima que o BNDES responda por aproximadamente 25% do total de financiamentos destinados às micro, pequenas e médias empresas no País. Considerando apenas operações com mais de 48 meses, a participação sobe para cerca de 80%. "Quando se trata de recursos para investimentos, o banco é o grande suporte", destaca Moraes, que afirma haver uma tendência de expansão do BNDES nesse segmento. Ele cita a intenção da presidenta Dilma Roussef de criar um ministério específico para as pequenas e médias empresas.
"Vamos ser cada vez mais pressionados a lançar produtos para esse universo", diz, antecipando que um dos segmentos contemplados será o de Arranjos Produtivos Locais (APLs), que empregam mais de 2 milhões de pessoas em cerca de 2 mil municípios brasileiros. Em 2010, o BNDES financiou o maior estudo já realizado no país sobre APLs.
Nos últimos dez anos, os financiamentos do banco às MPMEs cresceram mais do que os desembolsos para as grandes empresas. De 2001 a 2010, enquanto as liberações anuais para as companhias de grande porte aumentaram 532%, o montante destinado às MPMEs subiu 690%, saltando de R$ 5,8 bilhões para R$ 45,7 bilhões. O maior crescimento se deu entre as micro e pequenas empresas (faturamento de até R$ 16 milhões), com alta de 1.135%. Já as empresas de médio porte (faturamento entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões) apuraram aumento de 766% nos desembolsos, enquanto as pessoas físicas, também consideradas no grupo, receberam, em 2010, 266% a mais do que haviam recebido em 2001. Com isso, o segmento de MPME ampliou de 22,9% para 27,1% sua participação nos desembolsos totais do BNDES. "É estratégico para a instituição e socialmente justo que o banco consiga alocar cada vez mais recursos de seu orçamento para esse conjunto de empresas", afirma Moraes.
Em 2010, o aumento dos desembolsos deveu-se principalmente pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que respondeu por mais de 60% dos financiamentos às MPMEs. Lançado em julho de 2009 como medida anticíclica para manter a economia aquecida durante a crise financeira mundial, o PSI pratica taxas anuais de 5,5% e alavancou sobretudo a linha de financiamento Finame, voltada para a compra de máquinas e equipamentos. Além dela, o BNDES oferece dois grandes produtos para as micro, pequenas e médias empresas: o BNDES Automático - que abrange várias linhas para projetos de até R$ 10 milhões, inclusive uma para capital de giro - e o Cartão BNDES, que funciona como um cartão de crédito e permite às empresas fazerem compras em um portal mantido pelo banco de fomento. Em todos esses instrumentos o BNDES opera com agentes financeiros repassadores.
"Os bancos consideram esse segmento como um dos mais promissores, porque as grandes empresas conseguem, mal ou bem, acessar outras fontes de crédito que não o setor bancário. As micro, pequenas e médias ainda são muito dependentes dos bancos. Não conseguem lançar uma debênture ou buscar novas fontes de recurso", afirma.
Segundo Moraes, mais de 4 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil não são tomadoras habituais de crédito. Uma das dificuldades na obtenção de financiamentos públicos é a ausência de certidões e documentos necessários para contratar operações.
"O potencial é enorme" salienta Moraes, acrescentando que a formalização da economia também tende a elevar a demanda por crédito. Para ele, o BNDES tem a meta de capturar, anualmente, pelo menos 50 mil empresas que jamais tenham obtido recursos do banco. Em 2010, foram cerca de 55 mil, boa parte delas através do cartão BNDES, que tem na praticidade, na ampla rede de distribuição (mais de 75% dos municípios brasileiros) e na competitividade de suas taxas (menos de 1% ao mês) os principais chamarizes dos empresários. "O cartão tem ampliado a fronteira do crédito. É um instrumento disponível nos rincões mais remotos do País".

(Fonte: Valor Econômico - 28/02/2011)
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