domingo, 27 de dezembro de 2009

SEJA 10 EM 2010


2009 está chegando ao fim e uma infinidade de novas perspectivas nos esperam no ano que vem. Apesar dos prognósticos econômicos otimistas, 2010 deve vir cheio de novos e diferentes desafios. Por isso, reflita sobre quais desafios poderão contribuir com a sua realização e felicidade e só então, defina sua estratégia para superá-los.
Lembre-se que sonhos e promessas são diferentes de estratégias e metas.
Você até pode pular sete ondas, usar calcinha amarela, comer uvas e romãs (sem esquecer de guardar as sementes na sua carteira por um ano), jogar rosas brancas à Iemanjá ou colocar em prática qualquer ritual, crença ou simpatia em busca de atrair novas energias para um novo tempo que se aproxima, mas não se esqueça de preparar também um planejamento concreto para sua empresa, sua carreira e sua vida.
Muitas empresas já têm seu planejamento de 2010 traçado há meses, baseado nos resultados atingidos em 2009, nos resultados da concorrência, nas inovações recém chegadas ao mercado e nas estratégias traçadas para se atingir determinados patamares. Por que não fazer o mesmo com a sua vida?
Leve à sério seus sonhos! Pergunte-se: onde quero chegar?; Onde devo inovar?; Quanto posso investir?; Por que isso é importante para mim?. São justamente essas respostas que o levarão à ações concretas rumo às suas metas.
Independente do momento da virada do ano, pense na virada que pretende dar à sua vida!
Você ainda tem seis dias para pensar e agir em 2009 para construir um ano de 2010 ainda melhor. Rompa os laços que te prendem ao passado e caminhe em direção ao novo. Transforme-se! Ano novo ou velho, pense que irá dormir e acordar como em qualquer outro dia. O mais importante é construir planos que façam sua vida ter sentido.
Aprenda a desaprender, pois os problemas do novo ano já não requerem as mesmas soluções de ontem. Recriar-se não é apenas fazer melhor o que você já fez antes, é ousar fazer diferente. Descubra o que você precisa deixar de fazer e o que precisa começar a fazer para ser efetivamente diferente.
Vislumbre o novo de um patamar diferente, onde haja união entre todos e maior dignidade humana. Faça com que suas realizações individuais gerem vantagens coletivas. Não deixe que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensar tudo o que já fez e o que deseja, afinal desejos podem se tornar metas reais somente se você fizer jus e acreditar neles. Isso pode mudar sua própria vida e também auxiliar na realização e felicidade de todos que estão à sua volta.
Afinal, como dizia John Donne, “nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; ... a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Editado para o MogiNews em 26 de dezembro de 2009
(Não houve edição do jornal na data)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL EMPREENDEDOR


Chegamos ao Natal! Imagino que comerciantes dos shoppings ou dos centros comerciais já sintam em seus caixas um Natal recheado de boas vendas e que o “Papai Noel” tenha trazido a cada um de vocês benefícios que vão além do caixa como o aumento da produtividade, maturidade, ampliação de sua rede de contatos além de uma ambição positiva e empreendedora para o novo ano que se aproxima.
Antes que o ano termine, quero deixar registradas algumas palavras aos meus amigos que já se acostumaram a se encontrar comigo por aqui todas as sextas-feiras. E o dia de hoje é especialmente propício para anseios de uma vida ainda melhor.
Faço da coluna de hoje a entrega de um lindo cartão de Natal a todos os meus leitores.
Um cartão repleto de vibrações positivas que ilumine seu olhar, aqueça seu coração e lhe dê forças e energia para cada recomeço que seja necessário. Esse é o meu desejo à vocês!
Infelizmente não posso entregá-lo pessoalmente, mas saibam que mesmo que eu já o conheça ou se jamais nos vimos, desejo que cada um de vocês, cada empreendedor ou cada amigo, obtenha as respostas que precisa para evoluir a cada conquista, encontre a calma para os momentos tensos, suba os degraus corretos para a conquista de seus sonhos ou descubra o melhor amparo para o fim de seus pesadelos. Meu cartão para um Feliz Natal Empreendedor não precisa ser impresso, desde que possa guardado com carinho e lembrado nos meses que virão.
Meu cartão de hoje também não traz a minha voz, que talvez você nem conheça, mas espero que suas palavras ecoem em suas mentes como se eu própria falasse ao seu ouvido: esqueça os preconceitos, os dogmas, as mágoas, as derrotas, os desapontamentos. Se conseguir esquecer os seus próprios erros conviverá melhor com os aprendizados que ficam depois do terremoto.
Desejo que seus planos saiam do papel, do computador, da sua cabeça, para se concretizarem no mundo real. Negócios se montam à partir de sonhos e não de planilhas! Planejamento é importante, mas sonho é fundamental!
Por isso, desejo coragem e fé!
Você é um empreendedor quando começa a enfrentar o desconhecido sem medo, mas com senso de urgência e sabendo os riscos que pode ou não correr.
Então, finalizo o meu cartão especial e único, desejando a vocês que se vistam e se armem com as armas de São Jorge “para que meus inimigos tendo pés não me alcancem; tendo mãos não me peguem; tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal”. (Oração de São Jorge)
E se ainda assim, quando estiver empreendendo uma nova jornada, você encontrar uma barreira, pense sobre como passar por cima, pelo lado, por baixo ou por qualquer lado que seja. Isso é ser empreendedor!
Um Feliz Natal à vocês!

Ana Maria Magni Coelho
Coluna publicada em O Diário Empresarial
25 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

ESTOQUE OU ENCALHE?

Faltam poucos dias para a visita do Papai Noel em 2009. Empresários do comércio vão vivendo os últimos dias do consumismo e a época mais lucrativa para suas empresas.
Após um ano que iniciou com muitas incertezas em função da extensão das conseqüências da crise econômica, finalizamos dezembro projetando uma tendência positiva para os pequenos negócios. O consumo cresceu, o crédito voltou, emprego e renda foram mantidos... Com isso a palavra do momento é otimismo! O próximo Natal tem tudo para ser excelente e as vendas devem crescer em torno de 5%.
Mas o que fazer com o que sobrar no seu estoque?!?
É muito difícil terminar as festas com o estoque zerado, principalmente se você investiu em um bom mix de produtos. A solução clássica nesse momento são os tradicionais “saldões de Natal”, mas antes de queimar todo o seu estoque, faça um bom planejamento.
Vale mais à pena, iniciar a promoção com os produtos de época como as luzes de decoração ou os panetones. Caso seu produto seja mais perene, abasteça sua loja para o ínicio do ano com o estoque e então, liquide o excesso. E se você possuir mais de um ponto comercial, redimensione as sobras em todas as lojas para que os clientes encontrem o mix em todos os lugares.
Lembre-se ainda que para a promoção ser real aos olhos do cliente, ela deve ter começo e fim. Não adianta colocar uma placa na sua loja com a chamada de “SÓ AMANHÔ se você pretende seguir com a liquidação durante uma semana. Essa estratégia prejudica sua imagem e descaracteriza o período. E se quiser ser um pouco mais agressivo em comunicação, planeje a liquidação para o início do ano e aproveite os veículos de comunicação local para uma abrangência maior de mídias, com jornal, TV e rádio se o estoque valer à pena.
Uma ação de queima de estoque bem planejada além de gerar um bom faturamento pode ainda atrair a atenção de novos consumidores e movimentar sua loja. Não se esqueça de cadastrar esses novos clientes, pois à partir de um bom atendimento e de boas condições poderão se tornar fiéis ao seu estabelecimento.
Como em todos os momentos da vida empreendedora, faça um bom planejamento e aposte! Reduza sua margem de lucro do encalhe e vá à luta. Lembre-se que o produto mais caro para o lojista é aquele que não vende e ficar com o estoque parado por muito tempo é prejuízo na certa. Se conseguir um lucro mínimo, já enxergue como um bom negócio.
E não se esqueça de uma última alternativa, principalmente para os produtos que tenham vencimento em um curto espaço de tempo, doe o que não for vendido. Existem certos produtos que não podem ficar em estoque e que não merecem ser perdidos. Melhor do que o prejuízo é a sensação de fazer o bem.
Um Feliz Natal Empreendedor à vocês, boas vendas e que 2010 chegue repleto de boas oportunidades!


Ana Maria Magni Coelho
Publicado na página Opinião - MogiNews
19 de dezembro de 2009

APROVEITE A CONCORRÊNCIA

Concorrência pode ser definida, de forma ampla, como todas as empresas formais e informais que atendem às mesmas necessidades do mesmo público do seu empreendimento. Simples assim!
Já necessidade é um conceito que vai além de um produto ou serviço, pois envolve também os desejos idealizados, e muitas vezes não verbalizados, pelos seus clientes ou substitutos para as aspirações que a princípio só seu produto era capaz de atender.
Uma empresa pode fabricar ou vender produtos muito parecidos com os seus e não ser um concorrente direto. Basta que ela posicione seus produtos para um público-alvo de outra faixa etária ou renda, por exemplo. Por outro lado, mesmo produtos e serviços muito distintos podem ser concorrentes, desde que atendam a mesma necessidade, como restaurantes, padarias e carrinhos de cachorro quente, todos oferecem opções diferentes de refeições para muitas situações e clientes.
Se você tem dificuldades em entender quem, então, são os seus concorrentes, tente identificar e analisar principalmente os pontos que têm em comum, sejam fortes ou fracos, com relação aos produtos que vocês oferecem (qualidade, desempenho, embalagem), ao ponto comercial (localização, estacionamento e vitrines), ao preço e formas de pagamento disponibilizados aos clientes, a estratégia de divulgação, credibilidade e equipe. Lembre-se que aspectos muitas vezes intangíveis fazem toda a diferença aos olhos do cliente.
Sigam o exemplo de um grande empreendedor e idealizador do sonho de voar TAM, Comandante Rolim que dizia: “Ainda bem que existem os concorrentes, assim eu posso ser muito melhor amanhã.” Essa é a melhor forma de aproveitar a concorrência: aprendendo com ela!
E depois de conhecer muito bem cada um de seus concorrentes, pense que você pode se juntar a eles, por mais estranho que possa parecer.
No SEBRAE-SP temos vivido essa experiência, principalmente na concepção de centrais de negócios, pois com um volume de compra maior, cada pequeno empresário aumenta consideravelmente seu poder de barganha, tanto no preço quanto no prazo de pagamento.
Vale lembrar que para aproveitar efetivamente a concorrência, você deve construir uma visão coletiva e lutar por uma mudança cultural que valorize a democracia, a diversidade, a integração, a transparência e principalmente, a cooperação.
O maior problema de uma pequena empresa não é ser pequena, mas sim estar sozinha!

Ana Maria Magni Coelho
Publicado em O Diário Empresarial
18 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

O mundo digital está repleto de comunidades para os mais diversos fins – troca de informações, diversão, propaganda política e por que não, para a realização de negócios.
Trata-se de um mundo absolutamente novo para muitas pequenas empresas, mas também um mundo muito atraente para a conexão com clientes que provavelmente você não conheceria se não fosse pela web.
A diversidade de plataformas disponíveis para relacionamento: twitter, facebook, linkedin ou orkut mostra a rapidez com que sua prática vem sendo apropriada. Você não conhece nenhuma dessas redes? Então, precisa urgentemente conversar com seus filhos, sobrinhos e principalmente, com seus clientes.
Com milhares de usuários, as redes sociais estão se convertendo em um grande motor de arranque para empresas que desejam acessar rapidamente consumidores com interesse em adquirir seus produtos ou simplesmente para conhecer o que o cliente espera e como quer comprar.
Usadas a princípio para o lazer, hoje elas servem de interface para conversas entre empresários e fornecedores, parceiros ou clientes e justamente por isso, foram reconhecidas como um grande e eficaz instrumento de comunicação. Imaginem que segundo um estudo da Nielsen - 66,8% dos internautas no mundo passam seu tempo na internet em redes sociais contra 65,1% que ficam à frente do e-mail.
Mas para trocar o e-mail e passar a aproveitar o potencial das redes, é necessário entender uma importante lição: esse é um canal de mão-dupla onde você irá “falar”, mas deve estar disposto também a “ouvir”. Se tratar o cliente virtual com descaso, passará a impressão de uma empresa desorganizada e desinteressada.
O fundamento principal das redes sociais é o relacionamento! Por isso, não utilize-a apenas para fazer propaganda. O empresário que decidir entrar nesse mundo tem que estar disposto a interagir e a criar sua imagem virtual que depois de construída, se não for devidamente cuidada, pode prejudicar também a imagem real e física da sua empresa.
Por isso, é preciso cautela e treinamento para fazer bom uso dessas ferramentas, alinhando expectativas e usando linguagem apropriada.
Quando estiver na rede, torne-se efetivamente relevante! Pequenas e grandes empresas têm o mesmo tamanho nas redes sociais. Vence quem tiver a melhor idéia, quem aparecer com o melhor conselho, quem se mostrar genuinamente interessado nas pessoas. Você não precisa ser grande, basta ser relevante. Tenha conteúdo, divulgue idéias e opiniões e ofereça qualidade. Dessa forma, as pessoas procurarão saber mais sobre o seu negócio e você, além de um porta-cartão lotado, terá também seguidores dispostos a saber mais sobre suas propostas.
Conecte-se e boa sorte!
Ana Maria Magni Coelho
Publicado na página Opinião - MogiNews
12 de dezembro de 2009

O VALOR DO CONHECIMENTO


Você ainda acredita na máxima: conhecimento é poder? Se a sua resposta for sim, saiba que você faz parte da camada mais obsoleta da gestão empresarial.
Para as organizações do século 21, onde conhecimento é o principal ativo não financeiro, compartilhamento é um fator chave para proporcionar vantagem competitiva real e criar a base de uma inteligência empresarial com diferenciais difíceis de serem copiados pela concorrência. Por isso, dispensar parte do seu tempo para conhecer seus próprios ativos intelectuais é uma tarefa que você deve realizar o quanto antes.
Adquira a consciência do que você sabe que sabe, do que você não sabe que sabe e principalmente do que você não sabe, mas precisa saber. Só assim será possível alavancar novas competências essenciais ao sucesso do seu negócio e alinhar sua equipe estrategicamente. Afinal, nem mesmo as empresas que possuam os melhores profissionais do mercado, conseguem sobreviver se não mobilizarem seus colaboradores em torno de objetivos organizacionais alinhados às aspirações ou potenciais individuais. O valor de cada colaborador está no índice de plenitude que ele consegue trazer ao seu negócio.
E cuidado: selecionar apenas pessoas que "saibam muito" sobre alguma coisa não muda nada. É preciso que haja um alinhamento à sua proposta de gestão para que os resultados apareçam e sejam traduzidos efetivamente em redução de erros, decisões mais fundamentadas, aumento da inovação, melhoria do ambiente de trabalho, e, claro, mais lucratividade.
É preciso criar um ambiente onde o poder esteja nas relações e não na quantidade de informações que cada um possui sozinho. Essa é a essência da gestão do conhecimento, mas infelizmente, muitos ainda não se deram conta de que, pelo fato do conhecimento ser essencialmente humano, não é possível realizar sua gestão sem mergulhar no oceano da humanidade.
Quebrar a máxima “conhecimento é poder” é quebrar a primeira e mais importante barreira cultural que as organizações possuem e que limitam o compartilhar e o conviver. Por isso, transforme a gestão do conhecimento em exercício efetivo através de processos como benchmarking, narração de melhores práticas, banco de idéias ou comunidades de prática.
Empresas que assumem esse desafio ganham em rapidez, inovação, redução de custos, aumento da produtividade e melhora do clima organizacional.
E você o que ganha com isso? Profissionais adaptados a este novo paradigma organizacional ganham pontos, pois estarão mais bem preparadas para a ascensão profissional dentro (ou, por opção própria, fora) da empresa.
Os resultados são bons para todos!
Ana Maria Magni Coelho
Publicado em O Diário Empresarial
11 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

NOVA ESCOLA

Educar uma geração criativa e inovadora exige preocupações para além das que se relacionam com a língua, a matemática e as ciências. Diariamente, vejo adolescentes decorando fórmulas e conteúdos para passar nas provas, mas se preocupando pouco com suas responsabilidades e com a consciência moral, social e ambiental.
O ensino compartimentado sugere aos alunos uma conseqüente divisão do mundo e da natureza em “matérias” e espaços diferentes. Sugere uma falsa idéia de separação não existe no mundo real.
Nosso trabalho para inclusão do empreendedorismo como disciplina regular do ensino fundamental e o acompanhamento de meus próprios filhos e seus dilemas conteúdistas têm me feito repensar a organização dos currículos escolares e há algo profundamente errado com todo o sistema de transmissão de conhecimentos. Não sou contra o giz, lousa ou transparências, mas não consigo entender a relação do “professor sabe tudo” e “aluno tábua rasa”. Por mais nova que seja uma criança, ela já tem experiências e vivências que devem ser temas de estudo em sala de aula. Enquanto isso não acontecer, a educação formal para muitos alunos será um túnel no fundo do qual não se vislumbra qualquer luz.
A metodologia tradicional de ensino é cansativa, distancia e aliena o estudante do conteúdo das matérias. Se você não é químico, me responda sinceramente se lembra de todos os elementos da tabela periódica.
Não pretendo discutir aqui a qualidade do aluno, do professor ou das escolas, mas o paradigma do modelo educacional, pois enquanto os alunos passam cada vez mais tempo nas salas de aula, menos são preparados para o mundo real.
Parte do problema está em uma possível inabilidade dos adultos de se lembrarem de como raciocinavam quando eram crianças e não enxergar o ensino pelo ponto de vista dos alunos.
Se quisermos começar a construir a escola de um novo mundo teremos que desenvolver competências além de conteúdos, cumprir um processo de acompanhamento orgânico e reflexivo que comece em casa e se complemente nas salas de aula desenvolvendo autonomia e não repetição.
Acredito que na escola do novo mundo o tempo não seria dividido “minutamente”, as salas não seriam compostas de carteiras enfileiradas com um quadro negro ou branco onde os alunos olham pra frente, o professor olha pra eles; o professor fala, os alunos escutam. Na escola do novo mundo não haveria provas, “pontos”, números qualificadores e regras absolutas que apenas classificam e não qualificam. Não existiriam professores disso ou daquilo responsáveis apenas por passar o conteúdo disso ou daquilo, mas existiram “facilitadores de sonhos”. Não haveria só aula, haveria vida!


Ana Maria Magni Coelho
Publicado em 05 de dezembro
Jornal MogiNews

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

LIDERANÇA TRANSFORMADORA


Quais os maiores desafios da gestão e liderança nos próximos anos? As empresas têm preparado seus líderes do futuro? Quais as competências essenciais ao novo perfil de liderança?
Perguntas como essas revelam importantes dilemas que o tema da liderança provoca e as respostas só podem ser encontradas no exercício das relações com as pessoas, desde os nossos pais, professores, chefes e subordinados.
Para que você seja um bom líder é preciso antes de tudo gostar de pessoas. Gostar de ouvir, de ajudar, de desenvolver pessoas diferentes de você. Quando você se dedica a desenvolver pessoas, contribui para o aumento de suas competências, levando-as a uma maior autonomia ao mesmo tempo em que cria um ambiente motivador, com pessoas com melhor auto-estima e maior capacidade de realização, afinal sentem-se responsáveis pelo escopo das tarefas que lhe são destinadas.
Além disso, líderes são os grandes responsáveis pelo atingimento das metas de uma empresa. Tenha uma crença sólida de onde pretende chegar e oriente sua equipe pelo melhor caminho. Acompanhe as metas sistematicamente, tome medidas corretivas ou até mude o rumo das suas decisões, mas mantenha o alinhamento com o seu time.
Seja otimista! Ninguém segue pessoas pessimistas. Não estou querendo dizer que você deva ser um tolo e acreditar em um “mundo cor-de-rosa” que certamente não existe, mas ao se deparar com um problema, assuma a postura de solucionador e não lamente. Problemas são desafios à sua criatividade!
Tenha coragem e saiba os melhores momentos para utilizá-la. Toda decisão está repleta de riscos e muitas vezes o medo acaba paralisando você no momento em que sua equipe mais precisa de uma direção. Lembre-se que a coragem não é a ausência do medo, mas sim a habilidade de confrontá-lo. Para se sentir mais seguro, prepare-se incansavelmente.
Líderes nunca estão totalmente prontos e necessitam treinar, praticar e se desenvolver cada vez mais. Só assim você estará pronto a desenvolver os outros. Numa importante decisão comercial que você necessite tomar, simule as variáveis, treine as melhores opções e avalie os riscos e o medo. Se o seu medo se confirmar, desista ou parta para superá-lo.
Se optar em superá-lo, trabalhe sempre em equipe. Quando você chega a uma posição de liderança é muito fácil (e perigoso) que se torne egoísta. A sensação de ser importante pode te levar à individualidade, mas nunca se esqueça que sua equipe é o seu suporte e deve participar das decisões que auxiliarão a todos a chegar aos objetivos da sua empresa. Por isso, componha uma equipe com competências diferentes e complementares para que o todo supere a soma das partes.
E por fim, comunique-se com o coração, a alma e a crença de que todos têm em si mesmo todas as possibilidades para que atinjam o sucesso. Você é apenas um facilitador.

Coluna publicada no Diario Empresarial
04 de dezembro de 2009

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Preferidos do Lounge Empreendedor

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