sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MARCA PESSOAL

Será que você vai sobreviver às novas mudanças do mundo? Você pensa o futuro como algo que, embora não possa ser previsto, tem que ser inventado? Você tem a mente aberta ou será devorado pela Síndrome de Gabriela: "eu nasci assim, eu cresci assim..."?
Se essas perguntas deixam você ansioso, pense que a maioria das respostas define quem você é e a forma como se comporta.
A globalização e o aumento da competição têm transformado a dinâmica das empresas e certamente, a dinâmica da sua vida. Hoje a responsabilidade por gerenciar sua carreira não é mais do seu empregador, mas sua!
Para garantir-se no mercado, ter uma marca de pessoa íntegra, correta e sensata é o seu maior investimento, pois lhe dará crédito para começar de cabeça erguida, sem medo e com muitos aliados quantas vezes forem necessárias.
Não tenha medo de tornar-se uma pessoa conhecida, pois no mundo corporativo, quem não aparece, desaparece em um curto espaço de tempo.
É claro que para aparecer não adianta apenas seguir uma boa quantidade de dicas “enlatadas” de como se vestir e se comportar em público. É preciso que a sua marca venda um produto de efetiva qualidade. Criar uma boa marca pessoal requer que você SEJA um “produto de qualidade”, TENHA habilidades e conhecimentos para que depois MOSTRAR-SE ao mercado.
Por isso, busque recriar-se a cada instante, colocando excelência em tudo o que realiza. Não se considere apenas um profissional e sim um ativo de si próprio. Equilibre conteúdo com estilo, esqueça seu cargo e não se limite a seu salário, pois se você nunca fizer além do que você é pago, você nunca será pago além do que você faz!
Aprenda com as grandes empresas e pergunte-se diariamente: “O que eu faço que gera valor? Do que tenho mais orgulho? Como me diferencio da minha concorrência?”
E seja honesto nas suas respostas. Se você sabe quem é, pode promover uma marca pessoal autêntica, consistente e que seja convincente ao seu público.
Tudo o que você faz – e o que escolhe não fazer – contribui para sua marca pessoal, desde sua forma de falar no telefone até a forma como se comporta em reuniões ou redige e-mails. Se você for instável, minará seus esforços.
E para garantir o juízo correto do seu público, busque feedback através de métodos formais como avaliação 360 graus ou pedindo às pessoas mais próximas opiniões verdadeiras sobre seu desempenho.
Se quiser ir mais além, participe de processos seletivos, pois ainda que esteja feliz no seu atual trabalho, isso o ajudará a testar o valor de sua marca.
Só não se esqueça de um detalhe: fundamente sua marca de uma forma leal aos seus sonhos, valores e metas; só assim conseguirá ser leal também ao seu time, seus projetos e sua empresa.

Ana Maria Magni Coelho
Publicado no MogiNews em 28 de novembro de 2009

UM SONHO EM FUNCIONAMENTO


Iniciar-se no mundo dos pequenos negócios é um desejo de muitas pessoas. Algumas por oportunidade, outras por necessidade ou ainda pelo desejo de manter-se ativo após a aposentadoria ou para manter-se mais próximo de seus familiares.
Definição das causas à parte, o fato é que para passar a ser empresário você pode iniciar o seu próprio negócio ou comprar uma empresa que já está em funcionamento.
Seja qual for a sua opção é preciso que se faça uma análise muito criteriosa do seu perfil em relação ao negócio pretendido. Você gosta do ramo de atividade? Tem aptidão para ser empreendedor? Uma única resposta negativa já expõe uma debilidade que poderá implicar no insucesso de sua nova empreitada.
Para analisar a opção da compra de um negócio já em funcionamento, pense nele como se fosse comprar uma casa. Uma casa pronta, por melhor que seja, poderá não corresponder a todas as suas expectativas e sonhos, mas em contrapartida, não traz todas as responsabilidades para construção e regulamentação. Basta levar suas coisas e começar a usar! É certo que em muitos casos, você precisará se adaptar às suas paredes ou reformar aquilo que não se enquadra a você, mas de qualquer forma, não deixa de ser a sua “tão sonhada casa própria”.
Com uma empresa podemos usar os mesmos critérios, com algumas novas variáveis como a maturidade da empresa a ser adquirida, o mercado em que ela atua e todas as suas questões legais: regularidade no recolhimento dos tributos, alvará de funcionamento, contratos de locação e de constituição da sociedade, cartão do CNPJ, cartão de inscrição estadual, as últimas declarações de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, livros contábeis...
Ufa! Não é simples também!
Para não ter problemas, não economize nem se precipite neste momento; busque o auxílio de um contabilista e de um advogado antes de fechar o negócio.
E lembre-se que para a definição do valor a ser pago, será necessária a análise de seus ativos tangíveis, como imóveis, equipamentos e estoques assim como dos ativos intangíveis, como marca, clientela, tecnologia em uso, equipe formada, ou seja, o tempo que ela está operando no mercado e o lucro líquido que vem gerando ao longo dos últimos anos.
Não esqueça que, mesmo optando por uma empresa em funcionamento, é preciso muito planejamento para entrar nesse mundo empreendedor que se constitui de caminhos tortuosos e de obstáculos que se apresentam, à primeira vista, até intransponíveis e assustadores, mas que com ajuda de profissionais orientados, algumas técnicas de gestão, talento e competência você encontrará a capacidade de transpor com sucesso qualquer dificuldade e ver seu sonho realizado, seu futuro garantido e qualquer sacrifício recompensado!


Ana Maria Magni Coelho
Publicado em O Diário Empresarial
27 de novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

BOTA PRA FAZER!


Amanhã acaba mais uma Semana Global de Empreendedorismo, um movimento que tem a intenção transformadora de despertar a atitude empreendedora nas pessoas de 90 países simultaneamente. Uma atitude que nem sempre acaba por gerar novos negócios, mas que traz aos indivíduos a possibilidade de pensar fora da caixa, ser proativo, ter um sonho grande e fazer de tudo para realizá-lo.
Esse é o verdadeiro espírito empreendedor e que deve ser incorporado como comportamento, seja você funcionário ou dono de empresas. Afinal, em um mundo cada vez mais dinâmico e interligado, qualquer pessoa que queira se destacar deve ter a competência de inspirar, orientar, mobilizar e conectar pessoas e processos em prol da geração de novas oportunidades.
Inspirar é fazer com que essa nova visão faça parte da vida de todos; crianças, jovens ou adultos; que podem encontrar alternativas de futuro e chegar muito mais longe em suas carreiras. Para empreender não tem idade, tem vontade!
Orientar envolve estimular os próprios indivíduos e organizações de diferentes setores a treinar, capacitar e orientar a próxima geração de talentos que se inspira com exemplos de quem empreende uma vida melhor. Para empreender é preciso buscar informações e ter iniciativa. Ficar parado é ficar fechado às possibilidades!
Por isso, mobilizar a maior quantidade de pessoas nesse movimento é o principal meio de colocar o empreendedorismo em pauta na sociedade e dessa forma, auxiliar no desenvolvimento de políticas que facilitem um novo pensar empreendedor junto aos líderes e formadores de opinião. Para empreender é preciso apoio e vontade pública e uma boa dose de persuasão!
Persuasão que ajuda na missão de conectar uma rede de pessoas e organizações para que estimulem a geração constante de novas idéias e realizem objetivos em diversas áreas e atuações no Brasil e no mundo. Pode ser que erros aconteçam, mas para empreender é preciso inovar! Inovar para crescer, empreender para transformar!Se você quer ser mais empreendedor, aprender, se desafiar e ter mais conhecimento para “botar pra fazer” não esqueça que empreender envolve vários aspectos que vão muito além do que somente êxito financeiro. Na atividade estão implícitos o respeito pelos outros, a responsabilidade social, e acima de tudo, nela deverá estar você, de corpo e alma, para poder oferecer ao mundo o que você tem de melhor. E para que isto possa ser feito da melhor maneira, pode lhe ser muito útil passar por um processo de auto-conhecimento, pois como disse Platão: “A primeira e melhor vitória é conquistar a si mesmo”.

Ana Maria Magni Coelho
Publicado no MogiNews em 21 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CLIENTIVIDADE


Clientes satisfeitos são a alma de qualquer negócio bem-sucedido e são também as chaves que abrem as portas da tão falada competitividade das pequenas empresas.
Há algum tempo, ouvi de um consultor de empresas que melhor do que falar em competitividade para a geração de vantagem aos pequenos negócios, deveríamos falar em “clientividade” e acredito que essa nova palavra resuma o que deve ser perseguido em campanhas de fidelização de clientes.
Tão certo quanto dizer que conseguir um novo cliente custa de 6 a 10 vezes mais caro que manter um antigo, é o fato de que, a cada dia, é preciso ser mais criativo e inventivo para não perdê-los. É preciso traçar estratégias não mais com base nos concorrentes ou nos preços, mas sim nos desejos dos clientes colocando-os na base das decisões da empresa e disseminando essa percepção para todas as pessoas, do presidente ao porteiro, que devem pensar em desvendar os sonhos do cliente e trabalhar para realizá-los. Trata-se da transição do paradigma do “foco NO cliente” para um modelo de gestão com “foco DO cliente".
E cuidado, pois o desafio vai além de montar planos de fidelização, mas em como fazê-lo de forma eficaz ao cliente, realizando algo em que a concorrência ainda não tenha pensado e, preferivelmente, que não seja capaz de copiar, pelo menos em curto prazo. As famosas campanhas de pontos que se acumulam e que jamais conseguirão ser resgatados ou a distribuição de brindes podem tornar os clientes insatisfeitos e não raro desenvolver rejeição invertendo o resultado pretendido. Afinal, pouca coisa pode ser mais frustrante que promessas não cumpridas ou o sentimento de haver sido enganado.
A base para essa fidelização e excelência do negócio é:
1. Um bom produto, assistência, atendimento e pós–venda;
2. Um compromisso de toda a empresa e não somente dos vendedores;
3. Possuir informações sistematizadas que atendam às necessidades individuais dos clientes;
4. Nunca perder de vista as atividades dos seus concorrentes.
Com essa lição de casa cumprida, dedique-se a surpreender os clientes, encantando-os com produtos novos e diferenciados. Customize cada transação com o mesmo entusiasmo da primeira vez, para que nunca seja a última. Ofereça soluções integradas agregando valor ao seu produto. Tenha qualidade com preços competitivos e vá além da venda de um produto, venda um conceito que marque sua empresa.
Assim os clientes sentem-se felizes, repetem suas compras, tornam-se divulgadores gratuitos de sua empresa e percebem você superior à sua concorrência.
É como estar apaixonado e querer agradar todos os dias!


Ana Maria Magni Coelho
Publicado em O Diário Empresarial - Jornal Diário de Mogi
20 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ALUNO É TRANSITÓRIO, FILHO É PARA SEMPRE


Sou mãe e pedagoga e por isso ao receber esse e-mail, logo me veio a idéia de compartilhar com vocês... Empreendedores são mais do que donos de negócios, são pais e educadores... Líderes de futuros líderes!

Afinal,"O negócio não é pensar apenas em que mundo você vai deixar para os seus filhos, mas que filhos você vai deixar para o mundo" Fabio Barboza (Banco Santander)

Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/09.
O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy, Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso", Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
Em pesquisa realizada em março de 2006, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.

* 1º- lugar: Sigmund Freud;
* 2º- lugar: Gustav Jung;
* 3º- Lugar: Içami Tiba

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa.
Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga .
A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias.
Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca!!!!

18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

19. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

20. Professor tem que ser líder.. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

21. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

22. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

25.. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Frase: "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CINCO COISAS SOBRE EMPREENDEDORISMO QUE NENHUMA ESCOLA DE NEGÓCIOS ENSINA


Como a maioria de vocês sabe, sou uma "twitteira" assídua... Além de escrever muito, costumo abrir quase todos os links que recebo das pessoas que acompanho quando os temas envolvem gestão do conhecimento, liderança, gestão empresarial, empreendedorismo ou inovação.
E hoje descobri esse texto que simplesmente A-D-O-R-E-I e que adoraria ter escrito. Tem tudo a ver com as discussões que venho empreendendo na região sobre uma nova proposta de educação desde o ensino fundamental. A autoria é do Ricardo Jordão fundador da BIZREVOLUTION, escritor, blogueiro, agitador, consultor de marketing e vendas especialista em virar a mesa.... Um cara que QUEBRA TUDO e com quem vivo aprendo virtualmente.
Se você está nas redes sociais, acompanhe também twitter.com/bizrevolution e visite com tempo o site: http://www.bizrevolution.com.br
Mas vamos ao texto com a devida autorização para ser publicado no Lounge:

5 coisas sobre empreendedorismo que nenhuma escola de negócios ensina.

"Eu estudei na escola de propaganda e marketing mais desejada do Brasil: a ESPM. Nos meus quatro anos de ESPM eu nunca fui apresentado a uma matéria chamada EMPREENDEDORISMO. Eu nunca fui apresentado a nenhum tipo de aula sobre como abrir uma agência de propaganda, uma consultoria de marketing ou qualquer coisa do tipo.
Fora as aulas, as palestras esporádicas que a faculdade oferecia aos alunos eram sempre com alguma figura famosa da propaganda brasileira mostrando o seu rolo de comerciais premiados em Cannes. 9,5 em cada 10 amigos que estudaram comigo queriam trabalhar em grandes empresas e grandes agências. O sonho do ESPMer nos anos 90 era virar estagiário do Julio Ribeiro da Talent, mesmo que fosse para trabalhar de graça.
Eu estudei na ESPM no início dos anos noventa, e posso garantir a vocês que nada mudou em 15 anos. Tudo continua igual. A única diferença é que a molecada hoje quer trabalhar na África ou Agência Click.
Eu acredito que as escolas de negócios deveriam ensinar, incentivar, promover e evangelizar o EMPREENDEDORISMO como caminho para os seus alunos serem bem sucedidos na vida.
Mesmo porque a Agência Click tem meia dúzia de vagas de estágio, e a faculdade tem 600 alunos.

Mas o quê exatamente as escolas de negócios deveriam ensinar sobre empreendedorismo?

1. Lidar com as pessoas. No final de uma faculdade de administração de quatro anos, os jovens passam seis meses fazendo um trabalho de conclusão de curso pasteurizado prá daná. A molecada segue o template que o professor recomenda: "fazer um documento completo com visão, missão valores, metas, números, swot, balanced scorecard, análise competitiva, tecnologia, estratégia, balancete etc".
A faculdade ensina que o jovem tem que ter um plano bem feito e bem estruturado para a empresa acontecer, e depois, basta implementá-lo para a coisa toda acontecer. Ledo engano. A escola esquece de ensinar que existe o componente pessoas nas empresas, e que esse recurso pode acabar com o super bem estruturado plano de papel.
SUGESTÃO PARA AS ESCOLINHAS DE BUSINESS: Criar a matéria "Aprender a lidar com seres humanos", onde a molecada será submetida a exercícios de campo onde terão que aprender a influenciar e engajar pessoas de diferentes formações e posições.

2. Ética. A molecada sai da escola sabendo o que são os 4Ps do marketing, mas em nenhum momento são forçadas a refletir sobre as premissas que devem levar em conta ao escolher fornecedores para um determinado produto, formatar políticas de preços para diferentes tipos de clientes, e tratar as pessoas.
A faculdade "ensina" o jovem a desejar crescer na vida, mas não fala nada sobre como crescer fazendo o bem para os outros e para si mesmo. Crescer por crescer é a filosofia da célula do câncer!
SUGESTÃO PARA AS ESCOLINHAS DE BUSINESS: Criar a matéria "Ganha Ganha Ganha", onde a molecada é obrigada a participar de jogos, simulações e interações sobre a aplicação de diferentes éticas no mundo dos negócios.

3. Ter uma Vida. A grande maioria das pessoas que resolvem se tornar empreendedoras o fazem pensando que poderão levar a vida como bem entender. Infelizmente, 99% vai perceber logo no início que o negócio nunca fecha, e que o empreendedor nunca pode realmente abandonar a empresa na mão dos funcionários.
É incrivelmente difícil você levar uma vida balanceada quando você é dono do seu próprio negócio. Realmente difícil. Mas é possível. Eu conheço gente que consegue, e por isso acredito que é possível.
Família, filhos, estudos, viagens, saúde, exercício para o corpo, exercício para o o espírito são visões da vida que de alguma maneira precisam andar em conjunto com a empresa. É difícil, mas é possível.
SUGESTÃO PARA AS ESCOLINHAS DE BUSINESS: Criar a matéria "Vida Empreendedora" para ensinar os jovens a lidar com as diferentes cobranças que a vida terá sobre quem é empreendedor.

4. Risco. A verdade é que a grande maioria das pessoas entra em uma faculdade na esperança de sair de lá com seguro de vida que lhe garanta emprego, bons salários, mulheres bonitas e status. A grande realidade é que nada é certo, principalmente quando o assunto é empreender.
SUGESTÃO PARA AS ESCOLINHAS DE BUSINESS: Criar uma matéria chamada "Tudo ou nada" onde a molecada é levada por exercícios que as expõe ao risco de ter tudo ou nada, falar em público, fazer besteira, resiliência e muito mais.

5. Quando investir, e quando não investir. Empreendedor é tudo maluco. O cara visualiza uma idéia e sai fazendo as coisas sem qualquer estudo ou preparo.
O Empreendedor é movido pela paixão, o quê é bem legal, mas, o cara se intrubica como ninguém. Nem tudo é convergente, nem tudo é compatível, nem tudo é necessário. Não é porque você vende cartucho de impressão que você deve vender impressoras.
SUGESTÃO PARA AS ESCOLINHAS DE BUSINESS. Criar uma matéria chamada "Conquistar 50 territórios ou 3 continentes a sua escolha" onde o jovem será levado a aprender a como manter territórios enquanto avança mundo afora."

Obrigada, Ricardo... Espero que novo empreendedores possam ler esses conselhos e que as universidades "acordem" para esse novo modelo de educação.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

NO LEME DA INOVAÇÃO


Pelé revolucionou o futebol ao bater pênalti com a paradinha que engana os goleiros. A bossa nova, com sua cadência própria, criou um novo ritmo na música brasileira e mundial. O que isso a ver som inovação?!?
A palavra inovação vem do latim innovatio, que significa a introdução de alguma novidade em qualquer atividade humana.
Na verdade, ela está presente em nosso dia a dia mais do que podemos imaginar e as experiências que acabo de citar comprovam sua eficácia e sua capacidade de criar o novo, mas o objetivo aqui é focá-la nos negócios; é ver a inovação como uma forma de as empresas se tornarem mais competitivas e mais lucrativas respondendo às exigências dos consumidores.
Exigências que hoje são cada mais rápidas!
Quando as exigências dos mercados eram menores, a evolução tecnológica era mais lenta e o consumidor se satisfazia por mais tempo com um produto, inovação parecia algo distante dos pequenos negócios e os produtos/serviços permaneciam mais tempo no mercado.
Hoje é possível imaginar um banco que não ofereça aos seus clientes a possibilidade de fazer operações pela internet? Qual o futuro de um pequeno varejo que não aceita pagamentos com cartões de débito ou de crédito?
O caminho para a inovação consiste numa persistente busca do novo, feita de tentativas, erros, acasos, e, como todo empreendedor sabe – muita perseverança. Consiste na observação constante das tendências do seu mercado e do que seu cliente espera para que, então, você obtenha ganhos financeiros por meio da introdução de novos produtos ou serviços, aceitos pelo mercado, de novos processos, de novas práticas de marketing ou de novos métodos organizacionais. Lembrando sempre que melhorar um produto já existente também significa inovar.
É um equívoco acreditar que somente grandes empresas e empresas do setor industrial de ponta (eletrônica, telecomunicações, aviação etc.) precisam inovar.
Se a palavra está na moda, significa que ela pode transformar os meios da sua empresa se relacionar com o mundo. Dependerá da sua própria atitude!
Se você demorar a se adaptar às necessidades do mercado e encontrar dificuldade para promover mudanças no seu negócio, estará correndo grande risco: sua lentidão pode fazer com que as inovações cheguem tarde e não encontrem mais consumidores disponíveis. Seus clientes, ou antigos clientes, encontraram em empresas concorrentes aquilo que queriam.
Mas se você estiver permanentemente atento às mudanças e agir rapidamente se antecipando a elas, mantém sua clientela fidelizada e tem chances ser a empresa concorrente que atrai os (antigos) clientes do empresário reativo.
E não se desespere caso perceba que já ficou para trás. Priorize o que for mais urgente (por exemplo, melhorar um produto que toda a concorrência já melhorou) ou faça primeiro o que exigir menos tempo ou menor investimento. Tenha apenas uma certeza em mente: inovação requer prática e no mundo extremamente competitivo em que estamos, o maior dos riscos é ficar parado.
É certo que os barcos estão mais seguros ancorados e amarrados no cais, mas foi para isso que foram construídos?
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no MogiNews
14 de novembro de 2009

MEIO AMBIENTE COMO DIFERENCIAL


Atendendo a um pedido de uma leitora da minha coluna no jornal "O Diário de Mogi", a Ana Márcia, essa semana resolvi produzir um artigo que pudesse alinhar as questões de gestão empresarial e sustentabilidade.
Espero que ela tenha gostado!

MEIO AMBIENTE COMO DIFERENCIAL
Ninguém mais contesta que para garantir a perenidade, as empresas devem inserir na sua atuação elementos que considerem o equilíbrio nas relações com diversos grupos de interesse, demonstrando que os sistemas econômicos, sociais e ambientais estão integrados e que ter estratégias que contemplem somente uma dessas dimensões pode ser um passo para a mortalidade.
É preciso que as empresas, inclusive as de pequeno porte, passem a olhar a questão ambiental como diferencial competitivo bem como busquem a inovação para transformar seus processos e negócios. Infelizmente quando pensamos em empresas brasileiras que têm sido reconhecidas por posturas em prol da sustentabilidade, aquelas que nos vêm à cabeça ainda são enormes como Braskem, Natura ou Vale, mas já existem pequenas oficinas mecânicas, laboratórios de análises clinicas ou olarias que direcionaram suas gestões para esse caminho também.
Questões relacionadas ao uso da água, à poluição do ar, à exposição aos elementos tóxicos e ao descarte adequado de resíduos devem fazer parte da vida das empresas de maneira mais intensa. E não apenas porque “somos bonzinhos”, mas principalmente porque esse pensamento tem impacto direto na redução dos custos empresarias e na imagem que sua empresa passa a ter no mercado.
Muitos dos seus clientes estão seriamente preocupados com as questões ambientais e ao trazer o foco na sustentabilidade para o centro do seu negócio, sua empresa passa a ter mais clareza sobre uma trajetória duradoura para ações nesse sentido. No entanto, vemos algumas empresas seguindo normas ambientais somente devido ao cerco regulatório. Será que isso é fazer a sua parte? Ou você acredita que para se resolver as questões climáticas apenas as convenções do Protocolo de Kyoto serão suficientes?
É preciso uma ação conjunta entre as políticas internacionais e nosso próprio “quintal”. Teremos que fazer a nossa parte! É preciso inovar e sair do “fazer por fazer” em termos de redução de emissões, busca de práticas mais sustentáveis e mudança de postura.
Afinal, ter maior eficiência energética, gastar menos insumos e gerar menos sucatas pode fazer a diferença. O SEBRAE-SP pode te ajudar no início e garanto que, no final do mês, seu fluxo de caixa agradecerá.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diario de Mogi
13 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

12 anos de CONQUISTAS!


Não posso deixar de utilizar o espaço dessa semana para compartilhar minha alegria e realização pessoal em gerenciar uma unidade no SEBRAE-SP em Mogi das Cruzes há mais de 3 anos. Um escritório que chega aos seus 12 anos sempre trabalhando em prol do fortalecimento das micro e pequenas empresas e do fomento à cultura empreendedora e da inovação.
Diariamente, convivemos com o sonho de pessoas que têm o desejo de evoluir! Evoluir no conhecimento que possuem, evoluir como empresários, evoluir como cidadãos que contribuam para o desenvolvimento e crescimento local.
É uma missão desafiadora, mas ao mesmo tempo gratificante!
Hoje, atuamos com todos os setores da economia respeitando nossas vocações e potencialidades. Nossa equipe tem a missão de interagir intensamente com nossos clientes e ampliar e fortalecer nossa rede de parceiros na busca de resultados que transformem o ambiente empresarial para multiplicar a geração de emprego e renda.
No Alto Tietê, a micro e pequena empresa corresponde à 97% do total de empresas formalizadas (cerca de 54.000 empresas) e gera 56% dos postos de trabalho. E esse número tende a crescer mais e mais.
Por isso, inovar é o nosso principal desafio! É preciso trabalharmos com excelência em todos os níveis, sermos éticos, verdadeiros e estarmos prontos às novas cobranças do mercado que torna nosso cliente cada dia mais exigente.
Desejamos unir o raciocínio produtivo e a ação inovadora para que resultem em uma efetiva vantagem competitiva sustentando os pequenos negócios como principais atores do processo de desenvolvimento local e regional.
Queremos, nos próximos anos, sensibilizar o empreendedor sobre o seu papel nas questões de responsabilidade social e ambiental e auxiliá-lo no desenvolvimento de uma visão de longo prazo que aborde aspectos de integração de ações, formação de equipes, gestão do conhecimento, inovação, abertura de novos mercados e motivação.
Desejamos que cada empreendedor encontre as raízes de seus sonhos e assuma um processo gerencial que equilibre de forma dinâmica suas empresas e o desenvolvimento de nossa região, transformando sonhos em ações verdadeiras! Afinal quando temos um objetivo, não basta buscar realizá-lo, é preciso dar o seu melhor sempre!
E assim, foram esses últimos 12 anos: muitas pessoas dando o melhor de si a vocês, empreendedores.
Consultores que se dedicam de coração ao fortalecimento do agronegócio e dos empresários rurais, fomento ao crescimento industrial, dinamização dos setores de comércio e serviços, valorização da cultura, artesanato e do potencial turístico regional. Isso resume um pouco do jeito de ser SEBRAE-SP! Pessoas que buscam inovar para crescer. Empreender para transformar!


ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em 07 de novembro no MogiNews

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

UM NATAL DE OPORTUNIDADES


O Natal já começou para quem é empreendedor e mesmo com algumas dúvidas quanto ao cenário econômico, começamos a nos contagiar com o espírito natalino.
O hábito de dar, no mínimo, um presente no Natal sempre foi cultivado desde a nossa infância e ainda que haja desemprego, alta do dólar, aumento de combustíveis ou a troca da cor da roupa do Papai Noel, nada indica que em 2009 esse hábito ficará de lado. Por isso, se você é empresário do segmento de varejo, prepare-se!
Pense que o fluxo de clientes irá aumentar exigindo uma readequação da disponibilidade de atendentes e de produtos e que um incremento no mix de produtos oferecidos na sua loja pode ser o seu diferencial, afinal clientes gostam de encontrar tudo que desejam comprar num mesmo lugar, evitando aglomerações e trânsito intenso, típicos dessa época.
Estabeleça uma política de preços competitiva, com condições e facilidades para pagamento, pois mesmo com o incentivo ao consumo, todos gostam de poupar dinheiro na compra dos presentes. Mas tenha cautela: essa política não pode colocar o seu fluxo de caixa em risco e muito menos aumentar a possibilidade de problemas com inadimplência, uma das maiores reclamações e preocupações dos comerciantes.
Além disso, pense no visual da sua loja, da sua rua e do seu bairro. Associe-se aos seus vizinhos e torne sua loja uma experiência de compras inesquecíveis ao cliente. Valorize aspectos como vitrine, climatização, sonorização, embalagem e toda a comunicação interna.
E não descuide do atendimento. Pessoas capacitadas e qualificadas fazem o cliente indicar sua loja depois que sair com as sacolas cheias. O pessoal extra que será contratado tem uma forma diferente de relação trabalhista, mas também precisa de treinamento e de compromisso com os resultados das vendas.
Lembre-se que historicamente o Natal é o responsável por mais de 30% do faturamento anual e que preparar-se para essa época no ano é fundamental se quiser aproveitá-la da melhor forma.
As próximas semanas são cruciais para que você possa fechar o máximo possível de negócios. A janela de oportunidade é muito pequena e é preciso que saiba aproveitar este mês de uma forma sábia e vantajosa.
Que novembro já lhe traga um Feliz Natal Empreendedor!
Ana Maria Magni Coelho
Publicado em O Diário de Mogi em 06 de novembro
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