quinta-feira, 30 de setembro de 2010

MARKETING PESSOAL


Realizar um bom trabalho, distribuir gentilezas ou esforçar-se nos processos de comunicação institucional seriam um bom caminho para firmar a presença de sua empresa no mercado?
A cada dia mais, a imagem de um empresário está diretamente relacionada à forma como ele se comporta a frente dos processos de gestão do seu negócio. Somos analisados muito além de nossa experiência profissional. Somos vistos por aquilo que fazemos repetidamente.
Por isso, assim como as empresas adotam estratégias para potencializar suas vendas através de um bom mix de marketing, escolher as melhores formas de mostrar aquilo que você faz melhor, pode auxiliá-lo a construir uma marca própria que inspire confiança e credibilidade.
Quantas vezes você, ou alguém que você conheça, se dedicou com afinco a uma causa, mas não foi escolhido para uma promoção? Ou quantas vezes você desenvolveu um excelente trabalho e, no entanto, seu concorrente se saiu melhor?
Adotar um conjunto de ações e atitudes pessoais para ser reconhecido no mercado da forma como deseja é imprescindível se você pretende evoluir. Essa é a essência do marketing pessoal: usar você como seu melhor cartão de visitas.
Realizar uma apropriada gestão de carreira e possuir um plano de marketing pessoal é quase uma unanimidade profissional. No entanto, poucos são aqueles que realmente conseguem transformar esta convicção em uma atitude prática saudável. Afinal, auto-elogios ou autopromoção não bastam. Mais do que imagem, é preciso conteúdo!
Comece desenvolvendo suas próprias competências profissionais: conhecimentos, habilidades e atitudes que façam parte de seu comportamento e que possam ter um impacto positivo em sua atuação profissional. Qualidades como auto-motivação, liderança, bom humor e relacionamento interpessoal são atributos essenciais que precisam ser desenvolvidos e incorporados a sua carreira profissional.
Ser autoconfiante, possuir uma boa rede de contatos e saber se expor apropriadamente também pode auxiliar muito essa jornada, mas extroversão e comunicação apenas não bastam. Pessoas tímidas têm ganhado cada vez mais espaço usando essa característica como um ponto a favor na imagem de credibilidade que desejam criar.
Assim como em qualquer estratégia de marketing; criatividade, reciclagem e análise de mercado são fatores importantes para o marketing pessoal. Não adianta vender o que depois não poderá entregar.
Investigue o mercado em que você atua, analise as principais necessidades e oportunidades e use sua competência para atendê-las de forma a gerar satisfação aos clientes e lucratividade a empresa.
Não desperdice nenhuma oportunidade de fixar uma imagem positiva na mente das pessoas. Lembre-se que cada trabalho bem realizado é uma chance de fazer crescer sua marca profissional e que o tempo corre contra você. Quanto mais rápido você escolher o seu caminho, mais rápidos serão os resultados para sua carreira.
Que tal começar a pensar nisso? 
  • Esteja sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;
  • Tenha consciência da importância de sua própria atitude para a concretização de objetivos;
  • Mantenha-se motivado;
  • Use uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, independente de cargo e nível hierárquico;
  • Lembre-se que as pessoas serão a sua propaganda sobre você; 
  • Seja absolutamente pontual; 
  • Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído com detalhes de menor importância; 
  • Escolha com cuidado sua roupa, adequando-a cuidadosamente à situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas; 
  • Acessórios, maquiagem e afins também merecem atenção e escolha apropriada;
  • Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz; 
  • Evite gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar; 
  • Controle suas emoções, mas não as anule. Elas são muito importantes para mostrar o seu envolvimento ou comprometimento; 
  • Cuidado com o uso do celular; 
  • Não fale demais nem de menos; e acima de tudo:
  • SEMPRE RESPEITE A SI MESMO E AOS OUTROS! 


 ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial
30 de setembro de 2010


terça-feira, 28 de setembro de 2010

BLOGBOOKS 2010


Meus amigos...
O Concurso BlogBooks 2010 acabou e o Lounge Empreendedor ficou entre os 10 blogs mais votados na categoria Comunicação e Negócios.
Foram 1.938 blogs inscritos que receberam um total de 511.814 votos.
Minha colocação é uma incrível conquista e o efetivo reconhecimento de que vocês aprovam as idéias que compartilhamos nesse espaço criado para aqueles que desejam conversar sobre liderança, empreendedorismo, gestão e qualquer assunto que auxilie cada um de nós a evoluir pessoal e profissionalmente.
O livro ainda não saiu, mas tenham certeza que o Lounge Empreendedor continuará firme no propósito de discutir temas que facilitem a vida dos empreendedores brasileiros.
Agradeço muito cada voto, cada comentário e principalmente a torcida de vocês.
Do fundo do meu coração, é isso que me anima a trilhar o caminho que escolhi para a minha vida: ser uma mulher, mãe e líder equibilibrada e comprometida com o desenvolvimento das pessoas para que elas sejam sempre melhores e construam um mundo também melhor.
Valeu!!!
Um beijo
Ana Maria Magni Coelho
Setembro/2010

sábado, 25 de setembro de 2010

SABOTAGEM


Pensar em sabotagem traz logo em mente cenas de filmes onde terroristas e exércitos americanos em guerra utilizam planos suspeitos para que seus inimigos não se fortaleçam e não atinjam seus objetivos.
Na verdade, sabotagem é o ato de impedir o pleno funcionamento de qualquer mecanismo, institucional ou não, que seja contrário aos interesses dos sabotadores.
Já parou para pensar que o sabotador da sua vida pode não ser nenhum terrorista malvado, mas você ou sua equipe?
Em quantos momentos, você esteve pronto para para dar um novo salto ou efetivar uma mudança profunda em sua vida e recuou? Quantas empresas escrevem planos perfeitos, mas na hora de implantá-los parecem não ter fôlego para levá-los até o fim?
A dificuldade de realizar seus desejos ou cumprir seus objetivos não mora no desconhecido, mas na sua própria resistência à mudança.
Qualquer um é capaz de iniciar um novo empreendimento, uma nova relação afetiva ou um novo regime. Entretanto, muitos logo percebem que esse novo não é verdadeiramente novo. Procuram e até exigem os mesmos comportamentos da vida anterior, e pior: cometem os mesmos erros.
A sabotagem a si mesmo é um sério problema não só no universo pessoal, mas também na vida profissional onde se espera que as pessoas tenham sempre sucesso e realizem concretamente os objetivos a que se propõem. Não há mais espaço para “mi-mi-mi”; as coisas têm de dar certo e pronto.
Entretanto, você escuta e obedece ordens de seu inconsciente. Crenças adquiridas quando criança que parecem não deixar que você concretize seus planos pessoais ou profissionais. Afinal, você foi educado para cumprir o que era pedido, sem escutar suas próprias preferências ou considerar suas reais potencialidades. Indivíduos assim não encontram espaço para a mudança ou para a inovação. Não há espaço sequer para a imaginação.
Cada vez que desconfiam de sua capacidade de superar obstáculos, buscam meios de bloquear e paralisar as novas emoções. Preguiça e orgulho serão expressões comuns de auto-sabotagem. Uma sabotagem aparentemente legitima, já que o medo da mudança é maior do que a própria força para mudar.
Quem não conhece alguém que tenha desistido de um regime tendo um milhão de justificativas para sua atitude?
O ciclo da auto-sabotagem se instaura porque o inconsciente quer chamar atenção para as razões profundas que motivam suas ações.
Para descobrir quais são as suas, procure detectar culpas, medos, raivas ou registros negativos de sua infância. Certamente, eles são responsáveis por seus comportamentos repetitivos de auto-sabotagem.
Quando pensar em frases prontas para responder situações inesperadas ou para fugir de situações de conflitos, anote-as e se quiser repetí-las, fuja. Enquanto se auto-iludir com soluções irreais e resistir em rever seus erros e aprender com eles, bloqueará qualquer possibilidade de crescimento ou mudança.
Pergunte-se quem realmente você é e o que deseja ser. Ninguém espera ser terrorista de si mesmo para sempre.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
25 de setembro de 2010
Inspirado em O Ciclo da Auto-Sabotagem de Stanley Rosner

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

INTRA-EMPREENDEDORES

Muito tem se falado em intra-empreendedorismo e nas possibilidades de desenvolvimento das empresas a partir do comportamento de seus próprios colaboradores.
Entretanto, tolos são aqueles que acreditam apenas em boas intenções.
Para que essa nova realidade vire fato, é preciso repensar estruturas e processos.
Muda-se o discurso, mas as regras do jogo ainda são as mesmas: empresas altamente concentradas no peso da hierarquia, nas relações de poder, nas regras e procedimentos, na politicagem, na burocracia e no excesso de controle.
Juntos ou separados, tais elementos podam a liberdade, ousadia, criatividade e, principalmente, a capacidade de contribuição individual e em equipe das pessoas.
Além disso, ajudam a criar uma cultura equivocada de que tudo deve ser controlado, nivelando por baixo todo o potencial das pessoas que constroem a organização.
Se uma empresa ainda vive a departamentalização de seus processos ou disputas que beirem o confronto pessoal, não há espaço para uma organização empreendedora.  Qualquer proposta de melhoria que não seja das posições do topo da pirâmide será de difícil aceite.
O fato é que pouca coisa mudará se não houver participação e iniciativa de toda a empresa. Egoísmo e diferenças precisam ser superados em busca do bem comum e da solução de problemas pertinentes a toda a empresa.
Pensar assim não é utopia, é objetividade. Transformações autênticas se dão horizontalmente, com a mobilização e envolvimento de todos.
Boas idéias podem nascer em qualquer esfera da estrutura organizacional, do estagiário ao diretor-presidente.
Cultivá-las é papel fundamental de cada um de nós!
A maioria das pessoas ainda tem a tendência de esperar, e apenas esperar, que alguma mudança em suas vidas venha de fora, venha de cima, numa espécie de arrebatamento extraterrestre.
Colaboradores empreendedores vêem sua motivação surgir na medida em que suas iniciativas sejam recompensadas com mais responsabilidade, liberdade e reconhecimento.  Não envolve só uma questão de aumento salarial.
Oferecer benefícios coerentes ao intra-empreendedor requer entender as particularidades da motivação de cada um e de suas causas de vínculo aquela empresa ou organização.
Se você quer tirar sua empresa do mundo das boas intenções, abandone o medo e divida o poder com sua equipe. Ofereça liberdade e veja como as pessoas reagem a ela. Os empreendedores farão bom uso desse momento.
Caberá a você reduzir a burocracia e dar-lhes o apoio e os recursos necessários para que os projetos saiam do papel e se tornem realidade. Esse é o caminho para capitalizar resultados positivos e promover uma nova cultura na empresa: empreendedores só podem ser liderados por empreendedores.
Chega de sonhos extraterrestres!

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial
23 de setembro de 2010


sábado, 18 de setembro de 2010

PÃO E CIRCO


Entre náuseas provocadas ao assistir participantes desesperados por R$ 500 mil se alimentarem de baratas e minhocas em “Hipertensão”, novo reality show global, e náuseas provocadas pelo horário político gratuito da televisão, não posso me furtar a compartilhar a sensação que me provoca ver o desespero dos candidatos para chamar nossa atenção em busca do seu “ordenado suado” para os próximos anos.
O programa eleitoral "gratuito" custa R$ 850 milhões aos cofres do governo a fim de compensar as emissoras pela queda de arrecadação, um pouco mais do que os participantes comedores de baratas lutam para ganhar.
Lamento tanto um quanto o outro programa de televisão. Dá vontade de desistir de tudo ao ver que, decorrido meio milênio de história, o Brasil continua escravo de oportunistas prontos a levar vantagem pela humilhação de outros cidadãos.
Seria essa a tão sonhada emancipação e autonomia política exaltada em 7 de setembro de 1822?
A resposta não exige esforço e deve doer a alma de muitos daqueles que ainda sonham e lutam por este ideal.
Assistir a propaganda eleitoral me dá a sensação de que mudamos para o país das maravilhas. Imagens mostram campos cultivados. Crianças estudam em escolas repletas de computadores. Não se fala em assaltos, balas perdidas, trânsito ou impostos abusivos. Palhaços fazem suas propagandas. Bailarinas dançam no horário nobre. A impressão é que logo seremos recebidos por Alice, o Coelho Branco e o Chapeleiro Maluco e tudo isso à custa do cofre público e de nossa própria passividade.
No início era divertido, mas hoje o programa me dá náuseas. Se um candidato a qualquer cargo político já exerce cinismo antes de ser eleito, imagino o que ele seria capaz de fazer depois de eleito.
O que podemos fazer?
Um monte de coisas: evitar a conivência e a omissão, exercitar o pensamento crítico, conversar com seus filhos, fazê-los entender que essa não é a vida política que pode mudar nosso país... E votar! Não podemos apenas silenciar.
No fundo, todos nós sabemos a cartilha de cor, mas nem sempre a praticamos.
A representação democrática de um povo é o espelho de sua qualidade e inteligência. Eleger políticos mais qualificados passa pela renovação dos valores de cidadania de nossos eleitores. Por isso, é preciso levar informações esclarecedoras para aqueles cuja circunstância de vida os mantém no cabresto da ignorância e sujeitos a sucumbir aos apelos das trocas em favor de migalhas de ocasião. Política não é responsabilidade apenas daqueles que se elegem. É de cada um de nós enquanto cidadãos.
Pense na urna como seu controle remoto. Você pode escolher em qual reality show pretende viver pelos próximos quatro anos. Só não esqueça que nesse programa não há jogo de faz de conta. O melhor é escolher um bom representante para você!

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
18 de setembro de 2010
Inspirado em blog da Dad no Correio Braziliense

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

Com a globalização e o acelerado nível de geração de informações, as empresas estão sendo obrigadas a repensar seus modelos básicos de gestão na busca de maior competitividade. Não dá mais para cuidar apenas da porta pra dentro. É preciso olhar também o que acontece da porta pra fora!
Por isso, dados e informações precisam estar organizados de forma prática e acessível para auxiliar qualquer um dentro da empresa a tomar uma decisão no momento mais apropriado.
Já parou para pensar na quantidade de informações disponíveis hoje a cada integrante da sua equipe?
É preciso um mecanismo de classificação do que é realmente importante para o desenvolvimento do seu negócio. Um processo capaz de monitorar tecnologias, legislação, concorrência, tendências, nichos de mercado, dentre outros temas de seu setor ou território.
Parece impossível para uma pequena empresa, mas não desanime.
Se na sua empresa os indicadores do dia‐a‐dia prevalecem sobre os de longo prazo, em breve perceberá que resultados consistentes precisam considerar o cenário global e os impactos da concorrência.
Processos de geração de conhecimento e análise de cenário possuem um enfoque e impacto diferentes dos processos tradicionais de negócio. Todos devem estar preparados quanto às mudanças culturais e estruturais para que as atividades a serem desenvolvidas não sejam mal-interpretadas, nem interrompidas. Só assim será possível lidar com a complexidade e os sinais da ambiência interna e externa.
Entretanto, existem algumas características comuns às pequenas empresas que podem atrapalhar: incipiente cultura de inovação; pouca percepção de que as mudanças que ocorrem no ambiente externo são relevantes; reconhecimento limitado do valor da informação estratégica; planejamento orientado para o curto prazo; falta de cultura associativa; comunicação e colaboração insuficientes entre as áreas da empresa.
Colocar um espelho sobre sua gestão e reconhecer o seu próprio momento é fundamental para entender como utilizar a inteligência competitiva da melhor forma.
Com o advento da internet, numerosas fontes de informações são colocadas à disposição das empresas, facilitando a pesquisa e disseminação do conhecimento. Por isso, cuidado para não cair no conto de que apenas tecnologia de informação garante um bom processo. O que vale é o conjunto compreendido pela tecnologia de informação, pelos sistemas de inteligência, pelos procedimentos e, principalmente, pelas pessoas.
Empresas são sistemas complexos e por isso, ter o máximo conhecimento possível sobre si, sobre quem a cerca física e logicamente e aplicá-lo convenientemente é a melhor forma de enfrentar os desafios do novo milênio. A questão será: partir na frente e garantir vantagem ou esperar e levar poeira dos concorrentes.


ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial
16 de setembro de 2010

sábado, 11 de setembro de 2010

ASSERTIVIDADE

Não consegue dizer o que pensa? Costuma fazer trabalhos que são dos outros ou diz “sim” quando gostaria de dizer “não”? É provável que necessite desenvolver um comportamento fundamental: assertividade.
Uma habilidade nobre e rara, que além de economizar tempo, faz com que você conquiste respeito e credibilidade.
Segundo o dicionário Houaiss, ser assertivo é "declarar algo, positivo ou negativo, do qual assume inteira validade com muita segurança, em cujo teor o falante acredita profundamente".
Alguns executivos, entretanto, acham que ser assertivo é sinônimo de grosseria, petulância e autoritarismo. Exageram na dose de autoconfiança e, não raro, partem para o ataque verbal quando são contrariados. Outros preferem adotar uma postura submissa e não defendem idéias porque têm medo de criar atritos.
A linha que separa uma postura passiva, assertiva ou agressiva é muito tênue. Por isso, nem sempre elas são adotadas corretamente.
O comportamento assertivo envolve a expressão direta das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões sem que, ao fazê-lo, você experimente ansiedade indevida ou excessiva, e sem ser hostil para o interlocutor.
Em outras palavras, é defender os próprios direitos sem violar os direitos dos outros. Assertividade é uma escolha que envolve você e o outro!
Por isso, ser assertivo não significa ter o mesmo comportamento com 100% das pessoas em 100% das situações.
Comportar-se de forma assertiva depende da pessoa a quem esse comportamento se dirige (chefes, pais, professores, amigos, crianças) e da situação em que você se encontra (auto-afirmação, expressão de sentimentos positivos ou negativos, comunicados, mudanças).
Entre o comportamento autoritário, que produz o desrespeito às pessoas com quem se convive, e o comportamento passivo, que não manifesta o que se pensa e aceita a invasão e a anulação pessoal, escolha o caminho da assertividade. Dessa forma, você contribui para o estreitamento das relações de trabalho, reduz o estresse, melhora a auto-estima e aumenta as chances de sucesso da empresa. O que não podemos aceitar em um mercado cada vez mais competitivo é a adoção de atitudes extremas e desumanas.
Por isso, planeje seus pensamentos, posicione-se corretamente, desenvolva a percepção sobre a melhor hora e linguagem para se expressar, não responda “sim” para manter o clima de paz, esteja preparado para as possíveis críticas e mantenha o autocontrole.
Além disso, evite falar de forma negativa. Críticas ácidas ou deboches podem ser um pecado mortal.
Use a assertividade para expandir sua inteligência emocional e desenvolver relações mais autênticas, harmoniosas e prazerosas. E não esqueça: para ser assertivo é preciso ser empático. Pense nisto!




ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
11 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

SOBRENOME


Nome, Sobrenome. É assim que qualquer pessoa pode ser identificada em suas comunidades e territórios, sejam países, cidades, clubes ou qualquer outro de sua preferência.
Empresas são também “territórios” sociais. Espaços que passam a oferecer aos seus colaboradores um sobrenome tal qual a primeira comunidade em que o ser humano se insere: a família.
Na medida em que o tempo passa, você deixa de ser apenas você para assumir cada vez mais o sobrenome da sua empresa. “Oi, aqui é a Maria, da empresa ABC”.
O novo sobrenome passa a transcender a questão do emprego e o trabalho assume um significado existencial. Significa integrar-se numa outra família, ter irmãos, sentir orgulho das conquistas comuns e defender essa comunidade.
É como se a perda do sobrenome deixasse o indivíduo a mercê de ser quem efetivamente é.
As escolhas corporativas passam a ser expressões de sua própria personalidade, quando na verdade não passam de armadilhas do papel que você representa. O crescimento profissional, a boa situação financeira e os compromissos sociais aos poucos ocupam o espaço de uma vida pessoal e espiritual equilibrada.
Acreditar apenas em um papel, qualquer que seja, significa mentir a si mesmo. As responsabilidades, sofrimentos e conquistas ligadas a ele são apenas ilusórios.
Responda com sinceridade: você é sua empresa ou sua essência?
Não há problema algum em aceitar o sobrenome de uma empresa que você respeita e admira, mas é importante encontrar o equilíbrio entre ter sucesso e realizar-se pessoalmente. Do contrário, você pode se tornar um executivo subalterno de seu próprio sobrenome.
Busque pontos de convergência entre a necessidade da sua empresa (sucesso profissional) e a sua própria necessidade pessoal (realização). Equilibre as demandas de curto prazo e os objetivos de longo prazo. Estabeleça um balanceamento eficaz entre seus sonhos e suas conquistas.
É preciso abrir mão de pensamentos, emoções e convicções antigas e dar espaço a novas escolhas. A ilusão de uma vida apenas de papéis pode levar a estagnação da alma.
Liberdade significa interpretar intencionalmente qualquer papel sem ser prisioneiro dele. Não significa mentir, mas sim entender que essa é uma opção estratégica. Uma tarefa que não pode ser conduzida sem uma cooperação total e despojada entre profissionais e empresas.
Para as empresas, ter um time qualificado e motivado carregando sua marca com orgulho em seu sobrenome é uma de suas maiores vantagens competitivas.
Para os profissionais, saber quais são as conquistas que efetivamente importam em sua vida é uma forma de entender a força de um sobrenome, mas principalmente a importância da liberdade.
O doce da vida não é apenas viver, mas ousar ser aquilo que você é por dentro.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
04 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

VERDADEIRO TRABALHO EM EQUIPE


A busca da excelência profissional exige gerenciamento das equipes de trabalho visando uma performance cada vez melhor de suas relações interpessoais bem como de seu aprimoramento profissional.
O dilema de encorajar as pessoas a brilhar em atuações “solo” e também construir uma equipe de alto desempenho requer uma gestão ágil e inteligente. Enquanto a maioria das empresas tem como norma o compromisso com o trabalho em equipe, muitos sistemas de gestão e recompensa de desempenho ainda estão focados nas contribuições e competências individuais, o que inadvertidamente pode minar o trabalho em equipe.
Talvez seja esse o verdadeiro enigma da liderança: manter o grupo envolvido e motivado, mesmo nas situações de adversidade, e estimular as contribuições individuais para a obtenção dos melhores resultados organizacionais e para a manutenção de um ambiente favorável e positivo para todos.
Parece simples, mas essa construção requer um ingrediente essencial, mas muito escasso atualmente nas empresas: tempo.
A alta rotatividade dos profissionais, a preocupação com sua empregabilidade e a pressão por resultados rápidos têm reduzido a quantidade de tempo disponível para as pessoas estabelecerem relações de confiança em equipe. Um grupo precisa de tempo para se conhecer e adequar suas forças e fraquezas individuais em benefício da empresa.
Por isso, investir no desenvolvimento da equipe de trabalho vai além do aprimoramento de suas competências profissionais, envolve estímulo a processos de comunicação eficaz, participação, respeito às diferenças, troca de feedback, interdependência e cooperação garantindo a construção de um clima de reciprocidade.
O verdadeiro trabalho em equipe implica em conhecer o papel de cada um, a dinâmica de funcionamento das tarefas, as motivações coletivas e individuais, os acordos de convivência, o grau de autonomia e finalmente, como são as relações interdependentes.
O que mais vejo nas organizações são pessoas que trabalham juntas, mas não em equipe. Grupos existem, mas equipes ainda são raras, embora ostentem essa denominação com freqüência.
Para transformar seu grupo de colaboradores em uma equipe real auxilie-os a perceber sua própria forma de operar e procure orientá-los a resolver os problemas que afetam seu dia-a-dia. Esse processo de auto-exame e avaliação deve ser contínuo, em ciclos recorrentes de percepção dos fatos, planejamento e implementação de ações, resolução de problemas e avaliação.
Não basta uma pomposa mudança de título ou de rótulo no organograma. Trata-se de uma mudança concreta na forma de agir, bem como nos planos, esforços e resultados para a modernização da empresa. Equipes reais têm envolvimento e cumplicidade em torno das metas que necessitam atingir.
Como dizia Henry Ford, ao falarmos em pessoas lembremos que "reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é o sucesso."

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial
02 de setembro de 2010
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