terça-feira, 29 de setembro de 2009

COLOQUE SUA EMPRESA EM UMA REDE SOCIAL


Fazer network deveria ser parte da descrição de perfil de qualquer espaço ocupacional das carreiras contemporâneas. Os melhores negócios são aqueles que vêm por indicação e certamente, indicação vem de algum tipo de network em nossas vidas.
O mundo real está cheio de oportunidades para você fazer network, isso é assunto de mercado há algumas décadas e na verdade, esse tipo de relacionamento é tão antigo quanto a história da humanidade. Desde o início da civilização, as redes de relacionamento e as conexões entre as pessoas foram responsáveis pelas grandes conquistas e principais objetivos sociais, econômicos, políticos e, porque não, de negócios.
Hoje, qualquer espaço é propício a criação de um novo relacionamento: desde a reunião de condomínio do seu prédio, passando pelos treinamentos que você participa até reuniões internas na empresa.
Entretanto não podemos ignorar as novas tecnologias. Não basta trocar um cartão, devemos estar atentos as novidades no mercado, e neste caso, tirar proveito da internet é uma boa maneira, mas exige cautela e estudo. Não podemos “cair de pára-quedas”, mas chega um momento que apenas acompanhar de longe também é pouco, afinal essa pode ser a sua nova estratégia de negócio. As redes sociais ganharam o mundo.
Atualmente, empresas e organizações reconhecem nas redes sociais um grande e eficaz instrumento de comunicação. Usadas a princípio para o lazer, as redes servem de interface para conversas entre empresários e fornecedores, parceiros e clientes
Freqüentadas por dois terços da população global da internet, as redes sociais tornaram-se mais populares que o e-mail, segundo um estudo da Nielsen - 66,8% dos internautas no mundo passam seu tempo na Internet em redes sociais contra 65,1% que ficam à frente do e-mail.
Se sua empresa ainda não desenvolveu uma estratégia para divulgação do seu negócio através das redes é melhor começar logo. Quanto mais conexões seu negócio conseguir desenvolver, maiores serão as chances de aparecerem novas oportunidades. Seja para divulgar um novo produto, uma demanda, uma necessidade de parceria, ou manter seu cliente antenado às mudanças.
Mas para que isso aconteça não basta apenas se cadastrar no Orkut, twitter ou criar um blog, afinal de que adianta criar uma comunidade se ninguém participa?
O acompanhamento de sua assinatura é de vital importância para manutenção da imagem da empresa junto aos clientes e possíveis clientes. Uma vez criada uma identidade digital, o vínculo que ela cria com a identidade "física" é enorme. Se tratar o cliente virtual com descaso e sem atenção, com certeza passará a impressão de uma empresa desorganizada e desinteressada nos seus processos. Não cuidar da imagem virtual, depois de construída, é prejudicar também a imagem real e física da sua empresa.
Além de disponibilidade para quando chegarem novas mensagens que exijam sua resposta é importante que você consiga trazer para seu lado pessoas importantes, com uma boa rede de contatos, que possam lhe ajudar a multiplicar sua mensagem para outras redes. Desta maneira, isso vai ampliar a visibilidade de suas comunicações.
Para isso, como em qualquer outra fase de planejamento do seu plano de marketing é importante que você defina bem o perfil de público que você deseja manter contato em sua rede. Não adianta ter mil seguidores, se eles não puderem ajudá-lo a transformar isso em negócios para sua empresa.
Segundo uma pesquisa realizada pela Deloitte nos EUA, 30% dos executivos americanos considera as redes sociais parte de sua estratégia de negócio, e hoje, 11% das empresas da pesquisa já patrocinam grupos no facebook. Outra pesquisa informa que o Brasil está entre os cinco países que mais acessam o twitter. Por isso, se você demorar mais alguns meses para começar a trabalhar sua estratégia em redes sociais já estará atrasado.
E lembre-se: cada rede tem seu valor e utilidade. Toda empresa deve olhar para elas com carinho, com atenção e com visão futurista e empreendedora, pois certamente há muita informação que pode incrementar o seu negócio e muitas oportunidades a serem aproveitadas.
Talvez alguns profissionais de grandes empresas possam se dar ao luxo de dizer que "não precisam de network". Agora, quem trabalha em pequenas empresas não pode se dar ao luxo de esperar os clientes baterem na sua porta.
Nas redes virtuais, os pequenos e grandes são do mesmo tamanho. Vence quem tiver a melhor idéia, quem aparecer com o melhor conselho, quem se mostrar genuinamente interessado nas pessoas. Você não precisa ser grande para vencer, basta ser relevante. A melhor forma de usar as redes sociais em prol do seu negócio é utilizando esses meios para divulgar suas idéias e suas opiniões. Ofereça conteúdo de qualidade e as pessoas procurarão saber mais sobre sua empresa e o seu negócio.
Enfim, seja lá qual for o seu ramo de atividade, você vai encontrar atualmente uma comunidade virtual onde você poderia se plugar e começar a discutir os seus negócios, arrumar novos clientes ou parceiros. E se você não encontrar a comunidade que você gostaria que existisse, CRIE a comunidade você mesmo, e a lidere.
Apenas não fique desconectado. Ter uma boa network hoje vai além de ter um porta-cartão lotado é também ter muitos e fiéis seguidores.

Ana Maria Magni Coelho
Publicado na Edição n.º 04 da Arena Empresarial

sábado, 26 de setembro de 2009

O DESAFIO DA INCLUSÃO


No último dia 21 de setembro, comemoramos importantes datas: Dia do Radialista, Dia da Árvore e ainda, Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.
Vi muito mais ênfase sendo dada ao dia da árvore do que à questão da deficiência e como indutora dos processos de desenvolvimento e de gestão empresarial, confesso que me incomodo. É claro que me importo com as questões do meio-ambiente ou da sustentabilidade, mas é na prática da diversidade incentivada nas empresas e no pluralismo incorporado ao dia-a-dia das cidades, empresas e famílias que podemos conquistar maior igualdade.
Em sua essência, o termo “deficiência” me incomoda para caracterizar pessoas, pois remete sozinho ao processo de exclusão, ferindo os princípios básicos de cidadania e sobrevivência do ser humano.
Desde 1991, existe uma lei no Brasil (lei federal 8213/91) que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas portadoras de deficiências, o percentual varia de 2% a 5% do número total de funcionários, mas para a inclusão não basta uma lei.
Seu cumprimento ainda não é uma realidade para a maior parte das empresas, pois além do preconceito, os empregadores queixam-se da falta de mão-de-obra qualificada.
Nas escolas, por mais que se trabalhe a inclusão de deficientes, professores e colegas, por vezes, não compreendem suas limitações ou conscientemente zombam. Poucos completam o 2º grau, o que gera uma dificuldade maior para sua entrada no mercado
Com base no argumento de que o nível educacional da maioria desses profissionais é baixo, as empresas resistem ao cumprimento das normas temendo perder competitividade.
Gestores responsáveis, que conseguem excluir o preconceito e a discriminação e aplicar o bom senso em conjunto com a responsabilidade social, não há deixam passar despercebida que as deficiências em nada (ou quase nada) interferem no desenvolver de muitas atividades.
Na verdade, experiências demonstram que é pura vantagem competitiva a contratação destes profissionais. Com muita dedicação, eles desempenham suas atividades, estão dispostos a cumprir metas, objetivos, ordens e solicitações em geral e o absentismo é quase inexistente. Os esforços destes profissionais refletem no aumento da qualidade e da produtividade e corroboram com o marketing social da empresa.
Enfim, nesse sábado, não poderia deixar de falar no dia que muitos nem perceberam que viveram na semana que se encerra. Os projetos de inclusão social devem criar estratégias que resultem em melhores condições de vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos, e na construção de valores éticos desejáveis pela sociedade. Esse é o caminho para uma sociedade mais democrática e inclusiva.


ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em 26 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

ÉTICA EMPRESARIAL


Ética é uma dessas coisas que muitos falam e poucos sabem explicá-la. Grandes pensadores da Grécia – Sócrates, Platão e Aristóteles já salientavam a dificuldade de conduzir reflexões sobre o comportamento e a moral. Então, quem sou eu para em poucas linhas tentar explicá-la?
Espero apenas fazê-lo refletir sobre como o comportamento das pessoas é afetado por condições éticas que influenciam a economia e as relações de poder e o empenho de colaboradores, parceiros e clientes nas empresas.
Imagine a situação de um consultor que recebe uma boa idéia de seu time de trabalho e leva à diretoria. Esta se entusiasma pelo projeto e pergunta de quem foi a idéia. O consultor fala a verdade ou aproveita a oportunidade para se promover?
A inadequação de um comportamento auto-interessado pode ser grave quando dá ênfase a direitos e liberdade que são próprios e desconsideram o outro e suas verdades. É claro, que pessoas são livres para empenhar-se por seus direitos e assim também é a micro e pequena empresa. Contudo, é preciso reconhecer a existência de direitos além dos seus.
Aos poucos, a sociedade selecionará “o joio do trigo” e perceberá as empresas que adotam planos e códigos de ética em seu planejamento estratégico e aquelas que sobrevivem na ética da conveniência. O consumidor, cada vez mais, busca uma corporação ética, pois além de seu direito estar assegurado, estará também garantindo seus sonhos e desejos atendidos.
Destaco que a obrigação ética de uma empresa não pode ser confundida com sua obrigação legal de pagar impostos e salários, pois nem sempre o que é de interesse do Estado é também e igual do social, de seus colaboradores e seus parceiros.
Gerar dividendos, atender acionistas e ser ético pode denotar ambigüidades profundas e alguns problemas complexos que passam desde caráter até vontade. Todos desejam o êxito em seus negócios, mas para isso não é necessário agredir, transgredir e usurpar os outros para alcançar objetivos e ganhar visibilidade.
A ética da sociedade e a ética empresarial são inseparáveis. Algumas vezes indistinguíveis. As preocupações diárias com a eficiência, competitividade e lucratividade, não podem prescindir de um comportamento ético. Dever-se-ia pensar na ética todos os dias, em todas as horas, na hora de eleger, na hora de pagar propina, na hora de jogar um lixo na rua, na hora de escolher seus colaboradores. Empresas devem entender que ética não é qualidade; é obrigação, é a sua reputação no mercado!
Por isso, mesmo que ambíguo ou dualista, acredito que o argumento em favor de aproximar economia à ética não pode depender da facilidade de consegui-lo, deve ser um exercício de todos nós fundamentado no mérito das recompensas futuras.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em 19 de setembro de 2009

E para refletir um pouco mais... Um vídeo que fala de nossa confiança sendo colocada à prova... Só de sacanagem, esse é mesmo o meu modo de ser: MAIS HONESTA EU VOU FICAR! Minha esperança é imortal... Se não podemos mudar o começo, está em nossas mãos, mudar o final!

sábado, 12 de setembro de 2009

VOCÊ ACREDITA EM CRIATIVIDÁDIVA?!?


As pessoas imaginam que a criatividade é um dom disponível apenas aos artistas, escultores e grandes criadores, um privilégio de poucos!
Minha vivência junto aos empreendedores confirma que têm mais sucesso aqueles que conseguem acreditar no seu poder criativo de expandir os limites de sua própria inteligência e pensamento. Muitas vezes o pensamento tem uma conhecida propensão a se acomodar e com isso reduzir sua capacidade de criar soluções diferenciadas, de interpretar problemas sob novas óticas e de buscar opiniões distintas daquelas habituais.
Existem mil maneiras de aproveitar um problema e transformá-lo em uma oportunidade e se pararmos de pensar no momento da primeira resposta, certamente nossa opção estará enquadrada naquela que qualquer outro empreendedor também poderia encontrar. O exercício do pensamento criativo está na busca pela segunda, terceira, inúmeras respostas.
E para isso, é preciso se apaixonar pelo mundo e pelo potencial de transformá-lo em algo diferente. Só assim, é possível transformar o ordinário em extraordinário, o comum em inovação.
Reenquadrar um problema como uma grande oportunidade, arriscando fora do convencional e sem medo é uma forma de rompermos com os atuais padrões e sistemas e aprendermos a voar, a transpor os limites.
Esse é o direito que é dado a todos: o direito de reinventar o mundo, de antevê-lo diferente do que está e de se lançar a refazê-lo. Para isso, é preciso ter uma visão. Entender o problema e saber onde se pretende chegar para então disponibilizar todo o nosso próprio e melhor potencial na busca pelas respostas certas.
E lembrem-se: não basta uma resposta!
Para encontrar o caminho da criatividade, busque muitas respostas certas, tenha paciência, não se preocupe em errar.
O pensar criativo pode ser aprendido à partir de procedimentos e atitudes que determinam uma nova forma de ser...
Basta estar sensível aos problemas, dar importância às pessoas e projetos que administramos, às nossas deficiências e lacunas de conhecimentos.
Buscando mais técnica, vamos entender que criatividade é uma função que envolve conhecimento, imaginação e avaliação.
E não se preocupe, não faça parte do grupo que acredita na ilusão da “criatividádiva”, pois existem mecanismos que podem preparar você para o pensar criativo: trabalhe mais em equipe, discuta seus problemas, faça perguntas, questione seus hábitos e olhe para fora, pegue carona em boas idéias, suspenda qualquer crítica aos seus próprios pensamentos e, principalmente, apaixone-se pelo mundo.
Afinal, nem todo mundo é Gabriela “eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre assim”.
Amplie seus horizontes, o mundo é extraordinário!


ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em 12 de setembro de 2009

CUSTOMIZAÇÃO

Essa semana dei uma entrevista para o jornal MogiNews cuja pauta veio por e-mail e como o tema pode interessar à você, empreendedor, que busca uma diferenciação no mercado, resolvi compartilhar...

A customização é um nicho de mercado?
Estamos vivenciando um período de escassez de recursos financeiros, competição selvagem, e a diferenciação de produtos e empresas, a seletividade dos alvos é uma estratégia potencial de aumento de competitividade.
O cliente tem sido cada vez mais exigente e por isso, saber que é atendido por algo exclusivo certamente pode ser algo que o satisfaça.

É uma boa opção para aumentar faturamento?
Acredito que a opção pela customização de produtos seja uma opção para empresas estabelecidas já há algum tempo, que já superaram a fase inicial de consolidação do mercado e solucionaram pequenas falhas de gestão. Não é fácil já se lançar no mercado e conquistar um alto nº de clientes prometendo soluções individualizadas, pois a base para a customização é alto conhecimento sobre as necessidades e expectativas da sua já atual base de clientes.
Dessa forma, é preciso que haja uma estrutura mínima que inclui computador e um software básico de banco de dados que modifique a forma de gerenciar os clientes da empresa.

Como o pequeno pode se beneficiar?Com o uso de banco de dados de clientes já é possível, a baixo investimento, escolher para cada um, de forma única e individualizada, a melhor maneira de motivá-lo a comprar mais, oferecendo, precisamente, o produto e o benefício mais adequados às suas necessidades.
As soluções customizadas entre empresas também pode ser um excelente nicho para a micro e pequena empresa, que pode passar a ser fornecedora de produtos customizados para empresas de maior porte, fortalecendo assim sua própria gestão como integrando as cadeias produtivas.
Regiões de muitos países se desenvolveram justamente dessa forma e acredito que seja esse o caminho das pedras para o relacionamento entre as pequenas empresas e os grandes negócios. Customização é uma realidade para empresas dinâmicas, dispostas a investir em tecnologia e usar a criatividade.

Ana Maria Magni Coelho
Em 11 de setembro

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

QUANDO SE VENCE O MEDO


Hoje resolvi compartilhar com vocês mais um texto que não é meu, mas que recebi de um amigo e que certamente assombra a vida de muitos de nós...
Se você é empreendedor, já teve medo de correr riscos maiores do que aqueles que calculou.
Se você é pai, já teve medo de deixar seu filho sair para a primeira excursão com a escola.
Se você é mãe, tem medo todos os dias... tenho certeza disso!
Enfim, se você vive, algum medo assombra seu dia e por vezes, te impede de um passo seguinte.
Mas cuidado... Criamos medos que muitas vezes não são nossos... Criamos medos de fantasmas que nem mesmo existem...

"O MEDO"

Ele era um ladrão profissional. Seu nome inspirava medo. Ele aterrorizou durante 13 anos as diligências de Wells Fargo, rugindo como um furacão e saindo da Sierra Nevada assombrando os mais rudes homens da fronteira. Nos jornais de São Francisco e Nova Iorque seu nome se tornou sinônimo de perigo na fronteira. Durante seu reino de terror, entre 1875 e 1883, ele roubou a bagagem e o fôlego de 29 diferentes tripulações de diligência. E fez tudo isso sem disparar um tiro sequer. Sua arma cobria seu rosto. Nenhuma vítima jamais o viu. Nenhum artista pôde fazer seu retrato. Nenhum delegado pôde seguir sua trilha. Ele nunca deu um tiro ou seqüestrou alguém. Ele não precisava fazê-lo. Sua presença era o bastante para paralisar as pessoas.
Black Bart... Um bandido encapuzado, equipado com uma arma mortal.
Ele me faz lembrar outro ladrão que ainda anda por ai...
Você o conhece, mas também nunca viu seu rosto. Você não pode descrever sua voz ou fazer seu retrato falado. Mas quando ele está por perto, você o sente por causa das batidas do seu coração. Se você já esteve num hospital, já sentiu o toque de sua mão áspera sobre a sua.
Se você já sentiu que alguém o estava seguindo, já sentiu sua respiração no pescoço.
Se você acordou tarde da noite num quarto estranho, foi seu terrível sussurro que roubou seu sono.
Você o conhece.
Ele é o ladrão que fez as palmas de sua mão suarem quando foi ser entrevistado para um emprego. E foi esse patife que segregou em seu ouvido ao deixar o cemitério: " Você pode ser o próximo!".
Ele é o Black Bart da alma.
Ele não quer o seu dinheiro. Ele não quer seus diamantes. Ele não está querendo seu carro. Ele quer algo muito mais importante. Ele quer a paz do seu espírito - sua alegria.
Seu nome? Medo
Enfrentemos a realidade. Todos nós sentimos medo. Nenhum ser humano está imune a essa emoção, que é uma das mais comuns. Na verdade, trata-se de uma emoção que compartilhamos com muitos membros do reino animal.
Entretanto, sendo diferente dos animais, que aparentemente só sentem medo de ameaças que jamais nos foram feitas, e até mesmo ameaças que nunca existirão. A missão do medo é roubar sua coragem e deixá-lo trêmulo e tímido. Seu "modus operandi" é manipular você com o misterioso, insultar você com o desconhecido.
Medo da morte, medo do fracasso, medo de Deus, medo do amanhã - seu repertório é muito vasto.
Seu objetivo? Criar almas covardes e sem alegria. Ele não quer que você faça a viagem para a montanha. Ele imagina que se puder sacudi-lo bastante, você acaba tirando os olhos das alturas e partindo para uma existência vã, monótona e sem alegria.
Uma lenda da índia conta a história de um rato que tinha pavor de gatos, até que um mágico concordou em transformá-lo em gato. Isso resolveu seu medo... até que ele encontrou um cachorro; então o mágico o transformou num cachorro. O rato-tornado-gato-tornado-cachorro ficou contente, até que encontrou um tigre; assim, mais uma vez, o mágico o transformou naquilo que ele mais temia. Mas, quando o tigre veio se queixar de ter encontrado um caçador, o mágico se recusou a ajudar. " Eu o transformarei num rato novamente, pois apesar de ter o corpo de um tigre ainda tem o coração de rato!".
O medo é provavelmente a causa principal do potencial perdido. Quantas pessoas, através da história, malograram na consecução de seus objetivos porque deram as costas a oportunidade: sentiram medo.
Meu exemplo pessoal e favorito de vitória sobre o medo é Madre Teresa de Calcutá, a simples freira natural da Iugoslávia, cujo coração foi suficientemente grande para abrigar pessoas de todas as classes, de todos os níveis intelectuais, culturais e religiosos. A vida dela foi uma parábola sobre o domínio do medo. Medo da pobreza, da doença, da ameaça a segurança, de ser mal compreendida.
E você, será que tem um corpo de tigre e ainda tem o coração de um rato? Para qual oportunidade você está dando as costas?
Não faltam oportunidades e desafios. Novos empreendimentos comerciais precisam ser estabelecidos. Escolas precisam ser fundadas. Livros precisam ser escritos. Leis precisam ser promulgadas. Vacinas precisam ser descobertas. A poluição precisa ser controlada.
Quem sabe se você não é a pessoa indicada para atender a uma destas necessidades, ou a alguma outra dentre milhares e milhares? A propósito, lembra-se do Black Bart?
Afinal, ele não era nada a temer. Quando o capuz caiu, não havia nada a temer. Quando finalmente as autoridades prenderam o ladrão, não encontraram o bandido sanguinário do Death Valley (vale da morte); encontraram um farmacêutico bem comportado de Decatur, Illinois. O homem que os jornais apontavam como alguém que galopava pelas montanhas sempre em alta velocidade, na realidade, tinha tanto medo de cavalos, que praticava seus assaltos viajando numa pequena carruagem. Ele era Charles E. Boles - o bandido que nunca deu um tiro, porque nem sequer carregava pistola!
Existem "falsos capuzes" no seu mundo???
Desmascare-os
Viva! Sonhe! Planeje! E sobretudo realize.
Quando se vence ao medo começa a sabedoria ...
Bertrand Russell

Uma ótima história para refletir... não acham?
E um ótimo vídeo para você se inspirar...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

TENHO MESMO QUE APRENDER ISSO?


Adoro fazer palestra em faculdade e me relacionar com o olhar de esperança da atual juventude “perdidinha da silva”, sentada nas tradicionais salas de aula e certas que ao saírem dali irão se deparar com concorrentes tão ou mais preparados e que por isso, eles deverão ser os melhores, afinal ninguém está saindo do mercado para dar lugar aos que estão chegando.
Ao mesmo tempo, fico assustada com a enxurrada de novas faculdades e cursos que vejo se constituindo todos os anos fundamentados sob as tradicionais perspectivas onde professores fingem que ensinam enquanto alunos fingem que aprendem.
Acredito que o aprendiz sério não busca respostas certas e prontas do professor. Ele formula as questões e empreende uma árdua caminhada na busca das respostas, lado a lado com o professor.
Nesse contexto, a sala de aula torna-se um ambiente de parceria.
Ao invés de os alunos se perguntarem "Por que eu tenho que aprender isso?", todos juntos passam a entender a importância de determinados conteúdos e experiências. Antes de ler “A Moreninha”, talvez leiam “O Monge e o Executivo”, pois é o tema que faz sentido no contexto de desenvolvimento do aprendiz.
É claro que as fases precisam ser respeitadas. Quando se ensina uma criança sobre meio ambiente, sobre cidadania, sobre a história do seu país e do mundo, sobre as lendas, mitos e cultura de seu país, ensinamos a ela o que é ser humano.
Nós nos educamos para aprender a ser gente, certo?!?
E para ser gente precisamos ir além do currículo tradicional, precisamos entender a importância da cultura empreendedora em todos os níveis da educação (do fundamental ao superior) e da criação de um ambiente favorável nas instituições de ensino para formar uma rede de pessoas comprometidas e envolvidas na aplicação do tema.
Além disso, defendo o resgate daquelas matérias que pareciam "inúteis" como, por exemplo, educação moral e cívica, sociologia, direito constitucional, macroeconomia, filosofia, etc.
Afinal, a educação é mais do uma fornecedora de mão de obra qualificada para as empresas, é também catalisadora da formação de pessoas capazes de extrair o melhor de si em prol da sociedade.
Se você parar para pensar tenderá a concordar comigo que quanto mais a sociedade avançar, menos mão de obra será necessária para mantê-la? Vivemos isso pós revolução industrial e hoje, com o advento do empreendedorismo, sabemos que não haverá o tradicional emprego de carteira assinada para todos.
Acredito que as empresas, sejam elas de qualquer porte, serão as enzimas dessa transformação. Escolas como o SENAC e SENAI têm buscado ouvir as empresas para entender sua real necessidade antes de oferecer um curso em sua grade tradicional. Existe um desperdício enorme de material humano nesse país porque as escolas estão desconectadas das empresas que por sua vez também estão desconectadas do resto. É preciso pensar num processo de formação sólido, com conhecimento alinhado à tecnologia e empreendedorismo.
E é importante que se diga: capacitação é diferente de educação. Não podemos levar para as universidades apenas o conceito de capacitação.
Quero filhos que entendam seu papel como cidadãos, quero seres humanos que saibam questionar o mundo, que se sintam confortáveis para quebrar paradigmas e entendam que o melhor caminho para isso é não ter nenhum caminho, e sim bom conhecimento, habilidades e atitudes corretas que gerem resultados positivos para si e a sociedade em que se relacionam.
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em o5 de setembro de 2009
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