Adoro fazer palestra em faculdade e me relacionar com o olhar de esperança da atual juventude “perdidinha da silva”, sentada nas tradicionais salas de aula e certas que ao saírem dali irão se deparar com concorrentes tão ou mais preparados e que por isso, eles deverão ser os melhores, afinal ninguém está saindo do mercado para dar lugar aos que estão chegando.
Ao mesmo tempo, fico assustada com a enxurrada de novas faculdades e cursos que vejo se constituindo todos os anos fundamentados sob as tradicionais perspectivas onde professores fingem que ensinam enquanto alunos fingem que aprendem.
Acredito que o aprendiz sério não busca respostas certas e prontas do professor. Ele formula as questões e empreende uma árdua caminhada na busca das respostas, lado a lado com o professor.
Nesse contexto, a sala de aula torna-se um ambiente de parceria.
Ao invés de os alunos se perguntarem "Por que eu tenho que aprender isso?", todos juntos passam a entender a importância de determinados conteúdos e experiências. Antes de ler “A Moreninha”, talvez leiam “O Monge e o Executivo”, pois é o tema que faz sentido no contexto de desenvolvimento do aprendiz.
É claro que as fases precisam ser respeitadas. Quando se ensina uma criança sobre meio ambiente, sobre cidadania, sobre a história do seu país e do mundo, sobre as lendas, mitos e cultura de seu país, ensinamos a ela o que é ser humano.
É claro que as fases precisam ser respeitadas. Quando se ensina uma criança sobre meio ambiente, sobre cidadania, sobre a história do seu país e do mundo, sobre as lendas, mitos e cultura de seu país, ensinamos a ela o que é ser humano.
Nós nos educamos para aprender a ser gente, certo?!?
E para ser gente precisamos ir além do currículo tradicional, precisamos entender a importância da cultura empreendedora em todos os níveis da educação (do fundamental ao superior) e da criação de um ambiente favorável nas instituições de ensino para formar uma rede de pessoas comprometidas e envolvidas na aplicação do tema.
E para ser gente precisamos ir além do currículo tradicional, precisamos entender a importância da cultura empreendedora em todos os níveis da educação (do fundamental ao superior) e da criação de um ambiente favorável nas instituições de ensino para formar uma rede de pessoas comprometidas e envolvidas na aplicação do tema.
Além disso, defendo o resgate daquelas matérias que pareciam "inúteis" como, por exemplo, educação moral e cívica, sociologia, direito constitucional, macroeconomia, filosofia, etc.
Afinal, a educação é mais do uma fornecedora de mão de obra qualificada para as empresas, é também catalisadora da formação de pessoas capazes de extrair o melhor de si em prol da sociedade.
Afinal, a educação é mais do uma fornecedora de mão de obra qualificada para as empresas, é também catalisadora da formação de pessoas capazes de extrair o melhor de si em prol da sociedade.
Se você parar para pensar tenderá a concordar comigo que quanto mais a sociedade avançar, menos mão de obra será necessária para mantê-la? Vivemos isso pós revolução industrial e hoje, com o advento do empreendedorismo, sabemos que não haverá o tradicional emprego de carteira assinada para todos.
Acredito que as empresas, sejam elas de qualquer porte, serão as enzimas dessa transformação. Escolas como o SENAC e SENAI têm buscado ouvir as empresas para entender sua real necessidade antes de oferecer um curso em sua grade tradicional. Existe um desperdício enorme de material humano nesse país porque as escolas estão desconectadas das empresas que por sua vez também estão desconectadas do resto. É preciso pensar num processo de formação sólido, com conhecimento alinhado à tecnologia e empreendedorismo.
E é importante que se diga: capacitação é diferente de educação. Não podemos levar para as universidades apenas o conceito de capacitação.
Quero filhos que entendam seu papel como cidadãos, quero seres humanos que saibam questionar o mundo, que se sintam confortáveis para quebrar paradigmas e entendam que o melhor caminho para isso é não ter nenhum caminho, e sim bom conhecimento, habilidades e atitudes corretas que gerem resultados positivos para si e a sociedade em que se relacionam.
Acredito que as empresas, sejam elas de qualquer porte, serão as enzimas dessa transformação. Escolas como o SENAC e SENAI têm buscado ouvir as empresas para entender sua real necessidade antes de oferecer um curso em sua grade tradicional. Existe um desperdício enorme de material humano nesse país porque as escolas estão desconectadas das empresas que por sua vez também estão desconectadas do resto. É preciso pensar num processo de formação sólido, com conhecimento alinhado à tecnologia e empreendedorismo.
E é importante que se diga: capacitação é diferente de educação. Não podemos levar para as universidades apenas o conceito de capacitação.
Quero filhos que entendam seu papel como cidadãos, quero seres humanos que saibam questionar o mundo, que se sintam confortáveis para quebrar paradigmas e entendam que o melhor caminho para isso é não ter nenhum caminho, e sim bom conhecimento, habilidades e atitudes corretas que gerem resultados positivos para si e a sociedade em que se relacionam.
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em o5 de setembro de 2009
Ana, dentre vários temas que vc já abordou, particularmente, acho que este é um dos mais importantes e me interesso muito. Acho que vale a pena desenvolver ainda mais este assunto. Aliás, tudo começa pela educação, não somente infantil, mas em todos os momentos da vida de um cidadão.
ResponderExcluirbjs.
Edu
Oi amiga Ana, passei para deixar um forte abraço e dizer que estarei seguindo seus passos... beijos
ResponderExcluirGostei. Na faculdade participei de entidades de representação estudantil e uma das coisas que claramente percebíamos é que a função da universidade deve estar muito além do que apenas formar médicos, engenheiros, psicólogos - mas sim cidadãos. O meio pelo qual o conhecimento é transmitido tem a responsabilidade de educar - ou seja, mostrar àquele que aprende as implicações de se usar este conhecimento, para que este ajude a construir uma sociedade mais justa.
ResponderExcluirEm tempo, gostei da foto! Bjs, Rodrigo
Ana,adorei!Estou fazendo um trabalho da Pós sobre Conhecimento e Informação e este seu artigo vai me ajudar a ampliar os conceitos. Aproveitei tb para olhar artigos anteriores sobre esses temas.Afinal o que é bom...
ResponderExcluirBjs, Mag Padilha Coelho
Educação é um tema que parece mesmo inesgotável e que nos instiga a querer sempre mais... Afinal, certamente não formamos apenas crianças nos bancos das escolas, preparamos SERES HUMANOS.
ResponderExcluirAs grandes polêmicas sobre a educação do passado, sendo leigo ou religioso, sendo técnico ou humanístico, partiam do suposto de que o que se estava decidindo era o próprio futuro do país. E eu acredito muito nisso...
Basta pensarmos a educação formal, ou escolarização, como um instrumento fundamental para o desenvolvimento social, cultural e econômico e inserir em seu contexto fatos que gerem efetivo significado para quem momentaneamente exerce o papel de aprendiz.
Afinal, seja professor ou aluno, será que não somos todos aprendizes?!?
Com o diz o Rodrigo, não basta transmitir conhecimento (aliás essa é outra questão: CONHECIMENTO PODE SER TRANSMITIDO?!?) embora o inclua, mas é preciso sobretudo instrumentalizar, praticar e deixar as pessoas darem conta de quais são seus efetivos problemas e como tratá-los no mundo real. Afinal, chega um momento que precisamos sair dos muros das escolas, certo???
E quem queremos ver saindo de lá???
Tenho uma visão muito OTIMISTA sobre a EDUCAÇÃO, mas tenho certeza que temos muito a construir juntos.
Continuem contribuido...
Um beijo
Ana Maria
Mag...
ResponderExcluirQue máximo te re-encontrar aqui!!!
Tenho muito material e livros sobre Conhecimento e Informação por causa da minha especialização.
Se precisar, sabe que estou à disposição.
Super beijo
Ana Maria
Ana
ResponderExcluirÓtima e oportuna esta reflexão, como sempre.
beijos
donda
Oi Donda...
ResponderExcluirNa verdade, o SEBRAE é uma fonte inexgotável de conteúdo para quem se dispõe a aprender.
Sou uma eterna a aprendiz e as oportunidades de reflexão me fazem crescer a cada dia.
Um beijo e mande sempre notícias.
Aninha