quinta-feira, 21 de julho de 2011

BELEZA, UM RENTÁVEL NEGÓCIO

"A beleza é uma carta aberta de recomendação."
(Arthur Schopenhauer)


Não há dúvidas sobre o quanto é bom ter 50 anos e aparentar apenas 40. (Confesso que já me contento em aparentar uns 5 anos a menos que os meus atuais 3.5).
Mulheres possuem inúmeras armas para retardar a chegada dos indesejáveis sinais da idade e homens, a menos que desejem, já não precisam fazer valer a máxima da hereditariedade e circular em sociedade com fios de cabelos a menos.
Gorduras localizadas continuam sendo aniquiladas com a ginástica, mas também já podem ser combatidas com tratamentos estéticos cada vez mais eficientes, potencializados, é óbvio, por cosméticos avançados e igualmente funcionais, sem a necessidade do suor e do desgaste da malhação.
Eis o mercado da beleza e suas inúmeras possibilidades... Um mercado que faz girar a engrenagem da economia mundial e que tem movimentando bilhões de dólares por ano.
Não é a toa que consultoras de beleza se multiplicam pelo Brasil afora. Tratam-se de representantes de marcas conceituadas no mercado, que, aliás, evoluíram com o passar das décadas, incrementaram seus portfólios e oferecem para um consumidor cada vez mais exigente, antenado e plural (afinal, eles também se cuidam, tanto quanto as representantes do sexo feminino, certo?!?), produtos que capitalizam, não deixando a desejar em nada para os grandes centros internacionais.
Uma empresa analista de mercado, a Kline& Company, promoveu, recentemente, uma pesquisa que comprova que o mercado brasileiro de cosméticos está cada vez mais atraente aos olhos do mundo. O estudo aponta, por exemplo, que a comercialização dos fabricantes de produtos de higiene e perfumaria no País cresceu, em média, 15% nos últimos anos. A receita dessa indústria no Brasil foi de 7,5 bilhões de reais em 2010, quase 14% a mais que os R$ 6,6 bilhões de 1999.
Vale lembrar que, desde o começo dos anos 1990, circulou 73% mais dinheiro nesse segmento em terras tupiniquins. Apenas a Avon, líder mundial em comercialização direta de cosméticos, teve um faturamento no Brasil de R$ 1,9 bilhão em 2000. Com sede em Nova York e 18 fábricas em 15 países, a empresa tem um rendimento líquido de 5,7 bilhões de dólares ao ano.
No campo das intervenções cirúrgicas com fins estéticos, o solo brasileiro só perdeu em 1999 para os Estados Unidos. Em 1994, foram 5 mil cirurgias plásticas em jovens entre 15 e 25 anos. Em 1999, esse número subiu para 30 mil - crescimento vertiginoso de 600%. No ano passado, foram mais de 400 mil procedimentos. O que esperar, então, se Banco Central começar a aceitar consórcios desse tipo de intervenção? 
O aumento do poder aquisitivo do consumidor brasileiro tem papel predominante no cenário positivo que abarca o nosso País neste assunto, mas a diversidade de mercadorias e a competitividade sadia do mercado faz, também, com que os números sejam expressivos. Por exemplo, há tempos não ficamos mais limitados ao creme e ao xampu para cabelos secos, oleosos e mistos. A categoria secos compreende produto específico para fios agredidos, para fios danificados pelo tempo, para fios envelhecidos, para fios extremamente secos e por aí vai.
A segmentação permite às marcas a possibilidade de chegarem mais próximas da necessidade do consumidor, o que é garantia de sucesso. Hidratantes, esmaltes, cremes anti-rugas, maquiagens, óleos para banho e sabonetes imperam na lista dos mais comprados pelos brasileiros. O mercado cosmético vai além da vaidade. Hoje, ele é responsável pela renda de inúmeros brasileiros e indiretamente, influencia também na longevidade de todos nós, afinal quem se cuida tem mais amor a si próprio e se preocupa, consequentemente, com a saúde. A faixa etária da melhor idade aos 50 ficou no passado. Atualmente, dá para se viver muito bem até os 80, 90 anos, e o melhor, aparentando ter 60.
Se você pensa em se firmar nesse setor ou aproveitar as chances oferecidas como Empreendedor Individual para profissionalizar o seu negócio, saiba que o setor de beleza e estética é um daqueles que desconhece crise econômica. Clínicas de estética, academias, lojas e indústria de cosméticos, perfumarias e o segmento de venda porta a porta aumentam o faturamento, enquanto embelezam a clientela. Várias oportunidades lucrativas de negócios para empresários e empreendedores se multiplicam com a mesma velocidade que a indústria de higiene, perfumaria e cosméticos investe em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento.
Por isso, abra os olhos. Se você quer fazer da beleza uma nova chance ao seu negócio, não pode parar de se reciclar e de investir em inovação. E não esqueça de cuidar de você, afinal nesse setor, você é o seu próprio cartão de visitas. Esconda as olheiras, penteie o cabelo e mãos a obra. Você pode ser independente, competente e ficar, ao mesmo tempo, em paz com o negócio e o espelho.


ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Diário Empresarial - Diário de Mogi
21 de julho de 2011

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