Perguntas como essas revelam importantes dilemas que o tema da liderança provoca e as respostas só podem ser encontradas no exercício das relações com as pessoas, desde os nossos pais, professores, chefes e subordinados.
Para que você seja um bom líder é preciso antes de tudo gostar de pessoas. Gostar de ouvir, de ajudar, de desenvolver pessoas diferentes de você. Quando você se dedica a desenvolver pessoas, contribui para o aumento de suas competências, levando-as a uma maior autonomia ao mesmo tempo em que cria um ambiente motivador, com pessoas com melhor auto-estima e maior capacidade de realização, afinal sentem-se responsáveis pelo escopo das tarefas que lhe são destinadas.
Além disso, líderes são os grandes responsáveis pelo atingimento das metas de uma empresa. Tenha uma crença sólida de onde pretende chegar e oriente sua equipe pelo melhor caminho. Acompanhe as metas sistematicamente, tome medidas corretivas ou até mude o rumo das suas decisões, mas mantenha o alinhamento com o seu time.
Seja otimista! Ninguém segue pessoas pessimistas. Não estou querendo dizer que você deva ser um tolo e acreditar em um “mundo cor-de-rosa” que certamente não existe, mas ao se deparar com um problema, assuma a postura de solucionador e não lamente. Problemas são desafios à sua criatividade!
Tenha coragem e saiba os melhores momentos para utilizá-la. Toda decisão está repleta de riscos e muitas vezes o medo acaba paralisando você no momento em que sua equipe mais precisa de uma direção. Lembre-se que a coragem não é a ausência do medo, mas sim a habilidade de confrontá-lo. Para se sentir mais seguro, prepare-se incansavelmente.
Líderes nunca estão totalmente prontos e necessitam treinar, praticar e se desenvolver cada vez mais. Só assim você estará pronto a desenvolver os outros. Numa importante decisão comercial que você necessite tomar, simule as variáveis, treine as melhores opções e avalie os riscos e o medo. Se o seu medo se confirmar, desista ou parta para superá-lo.
Se optar em superá-lo, trabalhe sempre em equipe. Quando você chega a uma posição de liderança é muito fácil (e perigoso) que se torne egoísta. A sensação de ser importante pode te levar à individualidade, mas nunca se esqueça que sua equipe é o seu suporte e deve participar das decisões que auxiliarão a todos a chegar aos objetivos da sua empresa. Por isso, componha uma equipe com competências diferentes e complementares para que o todo supere a soma das partes.
E por fim, comunique-se com o coração, a alma e a crença de que todos têm em si mesmo todas as possibilidades para que atinjam o sucesso. Você é apenas um facilitador.
Coluna publicada no Diario Empresarial
04 de dezembro de 2009
Ana Maria,
ResponderExcluirOs assuntos abordados são sempre interessantes, pois fazem parte de noso dia-a-dia.
Muito bacana, Ana, mas veja a imagem que vc escolheu. O Rei e os peões. Essa noção de liderança baseada na diferença e no controle de um sobre os outros e sobre o processo ainda está no nosso subconsciente e vai nos acompanhar ainda por uns 50 anos, por aí. Difícil encontrar alguém que colocado em uma posição de liderança não "suba na latinha" em algum momento. Ser um facilitador é uma coisa que,às vezes, me parece existir só na teoria do Sócrates e do Rogers...
ResponderExcluirBj Ana, parabéns pelo texto.
Uau!!!
ResponderExcluirA simples escolha da imagem e sua analogia me fizeram refletir sobre a forma como as experiências vividas se sobrepõem ao desejo de uma nova prática.
Acredito, sim, em facilitadores que vão além da teoria de Rogers e em líderes capazes de construir juntos!
Um beijo e AMEI o comentário.
Sucesso sempre
Ana Maria Coelho