"Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida."
-- Confúcio --
Nunca houve tanto investimento, expectativa e possibilidades em torno Brasil. Nos últimos anos, ganhamos atenção, admiração e confiança. Mas será que as empresas estão aproveitando esse momento? Conseguiremos não desperdiçar a conjuntura num momento em que os especialistas costumam chamar de "janela de oportunidades"?
Tudo dependerá da forma como os líderes empresariais conduzirem suas empresas e equipes. O sucesso de uma empresa é decorrente do engajamento de seus funcionários e da clareza de propósito de sua liderança. Pode-se argumentar que funcionários desejam apenas seus empregos e que clientes esperam apenas bons acordos comerciais, mas a verdade não é essa.
Cada vez mais, as pessoas querem sentir que suas vidas vão além de um contracheque polpudo ou um cupom de desconto. Elas querem viver e experimentar seus próprios valores em busca de algo maior. Muitas empresas já se deram conta desse fenômeno e deixaram de vender apenas as características e funcionalidades de seus produtos, para vender o propósito de existirem: "bem viver bem", "prazer em servir", "dedicação total a você" ou "vem ser feliz".
Porém, se isso já percebido para os clientes, o mesmo ainda não acontece com os colaboradores. Ao olharmos "da porta para dentro", percebemos que muito se fala a respeito de transparência, respeito, clareza e empatia, mas pouco se faz.
Muito se discute sobre a nova geração e sua falta de fidelidade, mas nada se faz com a falta de conexão entre os valores do negócio e os valores individuais desse novo colaborador. As pessoas estão em busca de algo que as inspire, conecte e impulsione para além das metas e resultados. Isso é conseqüência, o que vale é o propósito.
Times que possuem uma clara visão, que se conectam com seus valores, geram energia, paixão e comprometimento. E isso se reflete no desempenho da própria empresa, no nível de satisfação dos clientes e no reconhecimento de novas oportunidades.
Para ser competitivo torna-se essencial e decisivo contar e valorizar as pessoas certas nos lugares certos. É preciso preparar as lideranças para que envolvam suas equipes na criação de um legado. Cada pequena empresa deve ter uma missão; cada área - no caso de empresas maiores, deve ter um propósito. Não basta envolvimento; liderança é também viver e disseminar valores que vão além de números, planos, qualidade e gestão de resultados.
Tudo tem a ver com pessoas! É preciso olhar para si mesmo, sair das "cascas protetoras" e reconhecer o imenso poder que as pessoas têm para influenciar positivamente uma situação e aproveitar a conjuntura.
O resultado dessa transformação no modelo de gestão virá no aumenta da rentabilidade, da produtividade, na diminuição do absenteísmo e da entropia, na maior retenção de talentos e em índices melhores de lealdade e satisfação dos clientes - sejam eles internos ou externos.
O desafio não é mais construir (apenas) uma estratégia de gestão de pessoas alinhada os objetivos do negócio, mas sim construir uma estratégia capaz de transformar as práticas que não geram valor e ainda, contemplar na esfera corporativa a diversidade, pluralidade e complexidade do mundo.
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