quinta-feira, 26 de julho de 2012

PERMITA-SE ENLOUQUECER

"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço" (Saint-Exupéry)



"Você enlouqueceu? Vai trocar sua vida executiva pelas incertezas de um novo negócio?" - posso apostar que ao decidir iniciar um negócio próprio grande parte dos empreendedores ouviram perguntas como essas. Sanidade realmente não deve ser a principal característica do comportamento empreendedor.
Muitos negócios começam de uma "loucura" quando sem dinheiro, conhecimento de mercado ou experiência algum sonhador tem uma visão e acredita que ela um dia será um sucesso. Loucura, nesse caso, é uma virtude!
Somente um biruta poderia acreditar que um punhado de ferro poderia voar. Ou então, crer que depois de inúmeras tentativas e frustrações seria possível acender uma lâmpada. Seriam loucos Henry Ford com sua produção de carros pretos ou Steve Jobs que colocou em todos nós necessidades que nós mesmos não sabíamos que fariam falta?
Ah, como viver sem tais loucuras?!?
Obviamente, sua papelaria, escola ou escritório de paisagismo podem não ter exatamente um alto grau de loucura envolvida. Mas não como negar que todo empreendedor, ao buscar uma oportunidade no mercado, corre riscos, avalia alternativas e busca oferecer algo novo. Cometer loucuras requer avaliação de seu próprio grau de tolerância e de necessidade. Nem todo negócio precisa de loucuras constantes, mas nenhum sobreviverá por longos períodos se não ousar além daquilo que é evidente.
Digamos que você seja um daqueles empreendedores que tem três versões do plano de negócios, que mantém tudo sob controle e sabe exatamente quais são as tendências para o setor em que atua, pois precisa ter segurança de todas as decisões. Cometa uma loucura! Que tal uma insanidade por semana? De que tipo?
Oras, alguma que não coloque seu negócio em risco, mas que para você signifique "perigo". Afinal, tem que ter coragem, por exemplo, para aceitar a entrega de um pedido sem consultar a produção ou para aceitar um pagamento a prazo de um cliente sem consultar o serviço de proteção ao crédito. Escolha um dia e simplesmente responda: "Sim, posso fazer isso por você!" e então, faça! Loucura realizada!
Agora se você achou o exemplo pouco ousado, é sinal que seu nível de loucura aceita doses diferenciadas. Talvez o seu negócio esteja pronto a ampliar o portfólio, contratar mais pessoas ou até mesmo expandir para novas filiais.
A “loucura” que ora circula ameaçando, ora acenando com soluções, irá depender do perfil do "louco" empreendedor e de sua capacidade de lidar positivamente com a inquietude provocada pelo que sai do padrão.
No mercado competitivo em que as empresas se estabelecem, existem empreendedores tão malucos que acreditam que pular de pára-quedas é apenas tomar um ventinho no rosto e outros que não saem de casa para não correr o risco de resfriado. Encontre o equilíbrio; rupturas produtivas podem ser cultivadas sem riscos de catástrofe se você souber o seu limite. As boas idéias podem surgir se você, ao menos, abrir a janela para sentir o vento.
Gestão da inovação é isto. Pare de pensar que tudo vai ser como antes. Prepare-se para o novo sem armaduras ou posturas defensivas. Aja com o intelecto e racionalidade. Aceite que as coisas devem mudar.
Afinal, loucura é ficar na mesma, achando que tudo vai ser igual, se o mundo se reinventa e fica diferente a cada dia.

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