terça-feira, 17 de maio de 2011

LIXO: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR


Um dos principais méritos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aprovada pelo legislativo e regulamentada pelo Governo Federal sob Lei 12.305/2010 é promover a inclusão social de trabalhadores que durante muitos anos foram esquecidos pelo poder público, viveram na informalidade, mas contribuíram (e muito!) para reduzir desigualdades sociais e preservar o meio ambiente.
Enquanto a produção de lixo do brasileiro cresce seis vezes mais que o crescimento da própria população e os “lixões” e aterros se esgotam para o depósito de resíduos (quando não explodem como em Itaquaquecetuba), encontrar e valorizar alternativas de geração de renda e comercialização dos resíduos recicláveis é um passo importantíssimo.
É fundamental que a sociedade se sensibilize sobre a necessidade de reduzir a quantidade de lixo que produz evitando o desperdício, reduzindo o consumo desmedido e reaproveitando materiais e embalagens. Além disso, precisamos orientar o descarte do lixo de maneira adequada, consciente e responsável separando corretamente aquilo que é reciclável.
Se a geração de lixo sempre foi um grande problema para as cidades; até 2014, o cenário tende a se complicar ainda mais.
Por isso, não há como questionar a importância das organizações de catadores de lixo, assim como sua participação na gestão integrada dos resíduos sólidos e em toda a cadeia produtiva. No processo da reciclagem, materiais usados e descartados retornam ao seu ciclo de produção ao serem transformados em novos bens de consumo. O ciclo torna-se virtuoso ao resgate do equilíbrio do meio ambiente.
Hoje, milhares de brasileiros sobrevivem como catadores de materiais potencialmente recicláveis e têm nessa atividade sua única fonte de renda. Através de sua força de trabalho, reduzem a quantidade de lixo despejada nos lixões, prolongam a vida útil dos aterros regulares e contribuem para a otimização dos gastos com a limpeza pública. Isso, sem contar a imensa contribuição ambiental: impedem a proliferação de doenças, reduzem a exploração dos recursos naturais e a poluição do ar, das águas e do solo.
Fortalecer a cultura de reciclagem é um desafio de todo cidadão. Na onda dos três “R”s, as cooperativas de reciclagem são parceiras fundamentais às empresas, poder público e sociedade para um melhor gerenciamento dos resíduos.
Pense nas ações que você, sua empresa e sua família têm feito para:

Reduzir: Evite o desperdício, adotando hábitos de consumo conscientes e saudáveis.
Reutilizar: Use várias vezes o mesmo produto, sempre que possível, antes de descartá-lo.
Reciclar: Transforme materiais já usados, por meio de processo artesanal ou industrial, em novos produtos. Se não puder fazer isso sozinho, separe os resíduos para facilitar a reciclagem, pesquisando as alternativas de destinação.

Hoje, um grupo de blogueiros do hub “Viva Positivamente” está unido para conhecer uma dessas experiências. Para mim, um momento novo e de grande aprendizado. (Eba!!! Adoooro)
Mesmo depois de anos de apoio à formalização de cooperativas e do conhecimento adquirido junto ao CRUMA, cooperativa criada em maio de 1996 em Poá/SP e que ganha respeito e credibilidade a cada ano, estar pessoalmente junto a equipe do Instituto Coca-Cola em pleno lançamento da Semana Otimismo que Transforma e ver de perto o trabalho da ONG Doe seu Lixo é um ótimo início de semana.
Estou certa que a volta a Mogi das Cruzes será repleta de boas idéias justamente no auge das discussões sobre aterro sanitário, lixão e afins. Infelizmente, nossa região precisou de uma explosão (literalmente!) para se dar conta de que os recursos naturais são finitos e de que precisamos encontrar alternativas para a manutenção do desenvolvimento, geração de renda e preservação ambiental. Tudo junto e misturado!

4 comentários:

  1. Com certeza podemos fazer muito mais pelo nosso Brasil!
    Amei o post!
    Parabens!
    Siga meu blog tbm! praticosustentabilidade.blogspot.com

    Obrigada!

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  2. Karen, obrigada!
    Precisamos transformar a visão que hoje se direciona ao lixo. Se passarmos a enxergá-lo como uma sobra a ser transformada em valor, ampliamos intensamente as possibilidades.
    Em breve, um novo post por aqui ;-)
    Um beijo e sucesso.

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  3. Oi Ana. Um comentário, ainda que tardio, mas válido, principalmente depois que que conhecemos na ONG e que certamente mudou muita coisa na sua vida, assim como na minha. Uma das lições que aprendi é que nunca mais na minha vida, mesmo que por ato falho, vou me referir as pessoas que trabalham com recicláveis como catadores de lixo. Apesar do ambiente de trabalho deles ser insalubre e misturado ao lixo, eles coletam somente aquilo que tem valor e principalmente catam suam dignidade humana, já que ainda vivemos num Brasil tão desigual. Bjs

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  4. Olá, Ana Maria!

    Adoramos a presença de todos vocês na Doe Seu Lixo.

    Tivemos um início de semana muito especial.

    Obrigado!

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