NEM TODO EMPREENDEDOR NASCE SABENDO
Um dos principais problemas das micro e pequenas empresas (MPEs) no Brasil é a obtenção de crédito para sua manutenção e para investimentos em expansão. Todo bom empreendedor quer fazer sua empresa crescer, mas muitas vezes esbarra na falta de dinheiro para realizar esse sonho.
Como nem todo empreendedor nasce sabendo, o post desta semana pretende facilitar o acesso que sua empresa pode ter ao crédito.
A primeira coisa a fazer é identificar se o crédito que você deseja ter é mesmo necessário. Muitas vezes, é preciso sanar problemas de gestão antes de requerer mais crédito ao mercado. Exemplos clássicos envolvem o fluxo de caixa e a não conformidade de prazos entre o recebimento do cliente e o pagamento do fornecedor.
Por isso, antes de formalizar um pedido de financiamento, identifique se é o melhor momento para investir.
Avalie o motivo do crédito, qual sua finalidade, o melhor momento para acessá-lo, qual é o valor e prazo ideal de recursos e a linha de crédito mais apropriada.
Avalie o motivo do crédito, qual sua finalidade, o melhor momento para acessá-lo, qual é o valor e prazo ideal de recursos e a linha de crédito mais apropriada.
Lembre-se que o motor do negócio não é crédito, mas sim gestão. Dinheiro deve funcionar como combustível para acelerar uma oportunidade ou frear um problema. Inverter a ordem dos verbos pode ser fatal ao capital do negócio.
Contudo, se você tem certeza que o financiamento é a melhor solução, procure um banco com o qual sua empresa já tenha relacionamento. Seu histórico de crédito e os pagamentos da companhia poderão ser importantes na análise de seu pedido. Além disso, tenha em mãos a documentação exigida e também o plano de negócios atualizado para conversar com o seu gerente.
Bancos também são negócios e podem barganhar condições com seus clientes. Demonstre segurança e atratividade e jamais chegue ao banco “com a corda no pescoço”. Ainda que seja menos burocrático, fuja da tentação de recorrer ao crédito pessoal para financiar o negócio.
Toda literatura sobre negócios deixa uma regra muito clara: não misture o caixa da empresa com o pessoal. Recorra a financiamentos exclusivos às empresas. Os mais comuns são os para investimentos como a compra de máquinas e equipamentos, expansão da sede ou aumento na produção e para capital de giro, que como o próprio nome diz, envolve a circulação do dinheiro na empresa: pagamento de fornecedores, funcionários ou aluguel.
Estude as diversas linhas disponíveis e compare as vantagens oferecidas pelo mercado. A maioria delas irá exigir avalista ou a alienação do bem adquirido que ficará registrado em nome do banco, que pode retomá-lo, em caso de falta de pagamento das parcelas.
Por isso, calcule e previna-se. Analise se o lucro da sua empresa será suficiente para quitar as parcelas do financiamento. Não se esqueça, ainda, de considerar as taxas extras cobradas, como seguro, impostos e tarifas de crédito.
Ter crédito é mais do que possuir boa reputação empresarial. Conquistá-lo depende, acima de tudo, de boa gestão e fundamentos sobre a melhor hora de investir. Essa é a sua hora?
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial - Diário de Mogi
28 de abril de 2011
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