de.ci.dir v.t.d. 1. Determinar, resolver 2. Solucionar
3. Dar decisão 4.Tomar deliberação 5. Resolver-se
es.co.lher v.t.d. 1. Ter como preferência; preferir 2. Fazer seleção de
3. Optar entre duas ou mais pessoas ou coisas 4. Eleger; nomear
A vida é como uma estrada. Há estradas longas e curtas; retas e curvas; planícies e planaltos. Há estradas que conduzem a felicidade, a fama e a fortuna, mas também existem aquelas cujo destino é o isolamento, a decepção e a pobreza, seja moral ou financeira.
Tal como em qualquer estrada, os caminhos que adotamos dependem de nossas decisões e escolhas. Sim! Decisões e escolhas são coisas diferentes e, por mais sutil que possa parecer, devemos ter consciência desta desigualdade para evitar frustrações e angústias no futuro.
Decisões são mais abrangentes. Escolhas mais específicas. E eu aprendi isso na última semana depois de uma conversa virtual com o Dr. Flavio Gikovate pelo twitter.
Decidimos por trabalhar ou não, por casar ou não, ter filhos ou não.
Escolhemos aquilo que deriva de nossas decisões: decido casar e escolho quem será o parceiro; decido trabalhar e escolho entre essa ou aquela profissão; decido ter filhos e escolho entre naturais ou adotivos; decido empreender e escolho o segmento do negócio.
Escolher requer possibilidades. Decidir promove caminhos.Quando tomamos uma decisão, temos a chance de criar um novo sentido, mas também assumimos um risco de erro e arrependimento maior do que simplesmente escolher. Calma! Não estou dizendo que escolher seja uma tarefa fácil. Quando optarmos por um caminho, uma religião ou simplesmente pela roupa que usaremos para trabalhar, abrimos mão daquilo que outras escolhas poderiam nos dar. Não perdemos (como sempre ouço algumas pessoas falarem), mas renunciamos possibilidades. E isso pode doer, afinal a vida não oferece nenhuma garantia e não sabemos as consequências de nossas escolhas até que a tenhamos feito.
Na verdade, acredito que o período mais complicado entre as decisões e escolhas esteja no hiato que fica entre o momento em que tomamos uma decisão e não encontramos escolhas rumo a este novo caminho. Contudo, ainda que você corra o risco das expectativas e ansiedade que uma decisão possa gerar, não fuja! Todas as fases em que há muitas dúvidas e incertezas são difíceis. Forte é quem as tolera sem se precipitar.
Busque toda a informação que puder sobre a sua situação. Identifique e crie opções. Pondere os prós e contras. Confie, confie, confie (e confie mais um pouco) e esteja pronto para enfrentar suas consequências: boas ou más. Se a decisão é certa ou não, só o tempo pode dizer. Mas não se arrependa! Sempre há algum aprendizado...
E saiba que o que vale pra você vale também para as empresas. Uma empresa sobrevive ou não, tem êxito ou fracassa, de acordo com as decisões e escolhas que fez ou faz, de suas estratégias e foco, seus sistemas de crenças e valores, seu estilo gerencial, seus processos, suas estruturas, as pessoas que seleciona, o sistema de treinamento e desenvolvimento que adota. Ou, de acordo com Peter Drucker, "o produto final do trabalho de um gerente são decisões e ações”. Não dá para fugir.
Embora seja verdade que uma estrada errada possa nos deixar perdidos, essa mesma estrada pode ser uma excelente oportunidade para uma nova aventura. É tudo uma questão de perspectiva. Você pode escolher entre ser um viajante perdido ou um turista acidental da vida.
Decida! E se errar, lembre-se que você sempre terá a opção de tomar melhores decisões no futuro!
Deixo uma frase, presente de uma grande amiga: "Como pessoas fazemos sempre o que queremos, conscientes disto ou não".
ResponderExcluirHumberto Maturana
Muito bom o texto, proporcionou-me um ótimo momento de aprendizado. Parabéns pela percepção.
ResponderExcluirAbs
Renato