Economia criativa tem sido um tema recorrente em vários encontros com lideranças e empreendedores nacionais. Aqui mesmo no Lounge Empreendedor, já falamos sobre o assunto algumas vezes e quanto mais me vejo refletindo sobre o tema, mais me envolvo e me apaixono, como nesta semana quando estive com uma turma muito legal da Rede de Economia Criativa. (Aliás, aguardem novidades deste grupo nos próximos meses, viu?!?)
Mais do que um modismo, a chamada "Economia Criativa" é, segundo tendências mundiais, o grande motor do desenvolvimento no século XXI. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que este é um setor que já movimenta 10% do PIB mundial e a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNCTAD) divulgou que, entre 2000 e 2005, os produtos e serviços criativos mundiais cresceram a uma taxa média anual de 8,7%, o que significa duas vezes mais do que manufaturas e quatro vezes mais do que a indústria.
Ou seja: não dá mais para fechar os olhos!
Não podemos mais duvidar que cultura e criatividade são novos insumos para a geração de negócios capazes de alinhar crescimento econômico com maior qualidade de vida, democratização, equidade, cidadania e proteção ao meio ambiente.
Não podemos mais duvidar que cultura e criatividade são novos insumos para a geração de negócios capazes de alinhar crescimento econômico com maior qualidade de vida, democratização, equidade, cidadania e proteção ao meio ambiente.
À medida que algumas matérias-primas e fontes de energia têm se tornado cada vez mais escassas, precisamos reconhecer novos meios pelos quais elementos aparentemente estranhos à lógica básica do capitalismo cumpram seu papel social de oferecer alternativas, ao mesmo tempo em que ocupam lugares privilegiados em novos mercados.
Duvida que isto seja possível?
Pois saibam que o conceito é amplo o suficiente para incluir toda a diversidade das manifestações brasileiras, tanto de linguagem quanto de modelos de negócios, englobando uma vasta gama de oportunidades que passam por manifestações culturais tradicionais, artes, arquitetura, design até educação, entretenimento e novas mídias.
O grande diferencial da Economia Criativa é que ela não promove apenas crescimento econômico, mas também desenvolvimento sustentável e humano. Quando trabalhamos com criatividade e cultura, atuamos simultaneamente em quatro dimensões: econômica (em geral, a única percebida por indicadores tradicionais como PIB e IDH), social, simbólica e ambiental.
Justamente por isto, acredito no imenso potencial desta proposta no Brasil.
Aqui mesmo em Mogi das Cruzes, inúmeras famílias, comunidades e empreendedores têm suas vidas diretamente influenciadas pela Festa do Divino Espírito Santo.
A Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, ampliou a expressão dos cinco dias do carnaval para geração de negócios ao longo de todo o ano.
Grandes empresas têm investido na implantação de unidades de criação e design para transformação de sua proposta de negócios. (vale dizer que uma "plaquinha" na porta de uma sala escrito "ÁREA DE INOVAÇÃO" não resolve o problema, ok?!?)
Sítios históricos, museus, dança, teatro, ópera, circo... Não existem limites para novos modelos de negócios! Basta abrir os olhos e a mente para paradigmas que transcendam a análise econômica nas esferas primária, secundária ou terciária.
Cada vez que perdemos a oportunidade de inovar, agregar valor e competitividade à nossa cultura, criatividade e conhecimento estamos fazendo canja com a galinha de ovos de ouro brasileira. #pensenisso
Texto inspirado em aula da FAAP
Pós-graduação Gerente de Cidades
Pós-graduação Gerente de Cidades
Profº Mario Pascarelli Filho
Racicínio mais que perfeito! "Quando trabalhamos com criatividade e cultura, atuamos simultaneamente em quatro dimensões: econômica (em geral, a única percebida por indicadores tradicionais como PIB e IDH), social, simbólica e ambiental."
ResponderExcluirbjs Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
Ana
ResponderExcluiragradecemos a menção no seu post.
aguarde o lançamento oficial do Fórum no mês de maio no IED - Instituto Europeu de Design (SP).
abraços da REC - Rede Economia Criativa
www.recbrasil.com.br