Já dizia Caetano Veloso: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".
Descobrir quem somos efetivamente e aquilo que tem significado real à nossa essência talvez seja nossa principal missão em um processo cada vez mais avassalador de aceitação social.
Hoje, ser alguém é respeitar bulas reducionistas de experiências humanas, seguir padrões determinados por terceiros e cumprir muito mais responsabilidades do que prazeres.
O desnorteado progresso da tecnologia e da globalização dos mais variados ramos das atividades humanas nos leva a nos sentir mais um estrangeiro num país de muitos.
Ninguém se entende, mas todos buscam um idioma comum. Ninguém mais quer saber da dor inerente a ser o que se é.
Pasteurizam-se as experiências e as necessidades e todos vivem a dor de ser o que não são.
A mídia não pára de gritar, o tempo todo, no ouvido de todo mundo, que o legal é seguir um padrão: dormir e acordar cedo, não comer carne vermelha, não beber (ou beber um cálice de vinho todos os dias?), não usar medicamentos (ou tomar uma aspirina por dia?), malhar todos os dias 20 minutos (ou 1 hora completa, 3 vezes por semana?).
Livros, revistas ou qualquer amigo mais próximo podem lhe vender “pílulas de felicidade” em troca da “tão desejada” qualidade de vida.
Mas será que você já parou para pensar no que é a sua vida? Conseguiria qualificá-la naquilo que tenha significado para você em vez de enquadrá-la em algum padrão sem sentido determinado por alguém?
Tomemos a mim como exemplo: Por que não posso viver conectada o tempo todo, se isso for vida boa para mim? Por que eu deveria pesar 60 quilos, se meu padrão corporal jamais me permitiria tal “sonho”? Por que dormir 8 horas por dia, se ao dormir 6 horas meu corpo já se sente pronto a um novo dia?
Padrões pré-estabelecidos de qualidade de vida, aos poucos, vão transformando a população em uma massa homogênea, passiva e disciplinada para seguir uma vida sem sentido. Não é a toa que os consultórios psiquiátricos enchem-se se pessoas deprimidas...
Pessoas que poderiam ser felizes transformam-se em simples corpos viventes sem a menor chance de conciliar suas responsabilidades com seus desejos reais. Em detrimento de uma vida qualificada, seguem regras para uma qualidade de vida que atenda a família, ao chefe, ao vizinho, às estratégias empresariais, ao poder não legitimado ou ao medo de não atenderem aos padrões convencionados como corretos.
Por isso, faço um convite a você, leitor do Lounge Empreendedor: assuma o controle sobre sua própria vida. Desconecte-se dos padrões e pense naquilo que é vida boa pra você. Permita-se viver aquilo que é importante pra você.
Garanto que valerá a pena!
ANA MARIA MAGNI COELHO
Após sequestro para uma tarde de @vidaboayb
É isso aí! Eu conduzo minha vida!
ResponderExcluirBeijos,Aline