Vivemos juntos a posse da primeira presidente mulher eleita democraticamente no Brasil. Mesmo aqueles que não votaram em Dilma Rousseff, hoje torcem por ela e têm expectativa de um futuro de solidez e desenvolvimento real no nosso País.
Em 1º de janeiro de 2011 saiu de cena a Dilma criada pelos marqueteiros de um partido para discursar e subir a rampa, aquela que terá em suas mãos o destino de 190 milhões de pessoas. Seu discurso tocou sem medo em problemas reais: caos aéreo, segurança no estado do Rio de Janeiro, valorização dos professores, erradicação da pobreza, etc.
É claro que como defensora da causa do empreendedorismo, os trechos que mais me deram esperanças relacionam-se a criação de um ambiente que modernize, simplifique e racionalize o sistema tributário nacional dando longevidade à força das pequenas empresas.
Assumir as pequenas empresas como importante vetor de desenvolvimento e melhorar sua competitividade passa pela criação de condições reais de desburocratização e de acesso a crédito e financiamentos “eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo de nossa economia, facilitando a produção e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo”. (Dilma Rousseff em seu discurso de posse)
Infelizmente, mesmo com todos os programas sociais dos últimos 8 anos, continuamos a ostentar a faixa de campeão da desigualdade social na América Latina, e permanecemos há décadas entre os primeiros colocados mundiais nessa indecente competição. Em seu último relatório, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD) mostrou que se desejamos criar melhor condições e reduzir as diferenças sociais no Brasil, é preciso dar atenção às questões de Rendimento e Educação. Um enorme desafio para uma equipe que discute um salário mínimo de R$ 550,00 versus um aumento de mais de 60% aos congressistas ou então, para uma política educacional com recorrentes problemas em seus sistemas de avaliação, como no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Será preciso coragem para tocar em feridas não apenas em discurso e transformar a mentalidade dominante através de ações que abalem a soberania de alguns grupos que dominam e sufocam o poder econômico e os direitos humanos brasileiros.
Está posto o desafio. Desejo a Dilma sorte, sabedoria, coerência, dedicação e respeito ao nosso povo. Que a primeira mulher a assumir o mais alto posto executivo de nosso País possa provar sua competência e tenha coragem para enfrentar os percalços políticos ou sociais, aguardados ou não transformando, de fato, o Brasil numa das nações mais desenvolvidas do mundo.
Não podemos deixar que o “correr” da vida embrulhe e esfrie as promessas. Precisamos colocar energia no querer e fazer acontecer o Brasil que todos sonhamos, afinal “a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem" (Guimarães Rosa)
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
08 de janeiro de 2010
O Brasil virou sim uma página importante de sua história, ao compararmos o crescimento com a China estaremos ultrapassados, mas a distância entre pobres e ricos aqui diminui enquanto lá aumentou.
ResponderExcluirBoa notícia.
Por outro lado, há um grande caminho a ser trilhado, estamos pagando o preço por anos de descaso com a Educação formal, a falta de investimento em infraestrutura e inovação.
Mas como o brasileiro não desiste nunca, desafio é para ser vencido.
Assim, que venha 2011!!!!
Abraço e parabéns pelo blog.