O período que compreende o fim do século 13 e meados do século 17 foi marcado por transformações em muitas áreas, deixando para trás a Idade Média e dando concedeu espaço para o início da Idade Moderna. As mudanças foram sentidas nas sociedades, na cultura, na economia, na política, nas artes, na ciência e na religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e rompendo com as estruturas medievais. Faz-se valer o renascimento, a redescoberta, a revalorização das referências e o resgate do homem.
Este momento da história foi responsável pelo grande impulso da humanidade e fez com que surgisse um novo modelo de produção, até então tão alinhado e dependente da agricultura e de suas limitadas possibilidades. Surgia, então, os conceitos de produção em escala, desenvolvimento fabril e divisão de classe, definindo burguesia e proletariado e separando aqueles que tinham uma vida mais próspera daqueles que nunca a teriam. Embora alguns historiadores apontem esta época como "o aperfeiçoamento da sociedade", hoje sabemos bem que as definições eram a legítima separação do joio e do trigo.
De lá para cá, muitas lutas aconteceram, direitos foram conquistados e a organização do trabalho foi garantida, permitindo que o mundo desse passos certeiros rumo ao tal futuro que já vivemos há algumas décadas. Futuro que trouxe como conseqüência uma evolução demográfica significativa, o crescimento da empregabilidade, a invenção de novas ocupações profissionais e o aumento da expectativa de vida de homens e mulheres que nasceram a partir da década de 30.Hoje, graças à evolução tecnológica, eles vivem mais, trabalham mais, consomem mais e fingem não perceber o quão reféns são do urbanismo e do consumismo, acreditando que o progresso pode ser infinito em um planeta finito e que já grita por socorro à nossa surdez social e capitalista. Adotamos um ritmo de trabalho alucinante e cada vez mais competitivo, e muitos daqueles que deveriam viver mais, dizem adeus a vida antes de chegarem aos 60 anos. Que hipocrisia, não?

Vivemos o auge da sociedade pós-moderna, caminhando para algo ainda meio sem definição - o que poderá ser o inferno ou o paraíso. Vivemos a era do bem e do mal, do feio e do belo, da mudança de valores, da proliferação das cidades e da solidão daqueles que não encontraram o equilíbrio num mundo tão desiquilibrado. Vejo muito discurso sobre Humanidade 5.0, mas poucas ações em prol de sua sobrevivência. Tentemos resgatar o homem do renascimento, do romantismo, com a inteligência e as praticidades do presente, para termos um futuro, no mínimo, possível!
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
(depois de uma discussão com entregadores de folhetos na garagem de casa)
25 de junho de 2011
BRAVO!
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