O ambiente que o teatro pode proporcionar é mágico. É fascinante a cumplicidade que se estabelece entre artistas e público, a possibilidade do ator ser quem quiser, quando quiser, onde quiser e a liberdade do espectador para analisar, criticar, se emocionar e ultimamente, interagir e se pronunciar.
Para o teatro não existem temas impossíveis. A arte de representar dá vida a todas as possibilidades e a imaginação é sem limite. Através de mecanismos de linguagem influente e com alto poder de síntese, a representação proporciona múltiplos e diversificados impactos em diversos públicos. Tenho certeza que você já "se viu" em algum personagem ou situação representados no teatro.
Pois é... Pense, agora, na rotina de trabalho da sua empresa...
Quantos colaboradores poderiam ser sensibilizados para as mudanças que necessitam ser implementadas através de práticas de representação? Por outro lado, quantos mereceriam o Oscar de melhor ator em função da forma como se comportam e agem no dia-a-dia? São dois lados de uma mesma moeda.
Pois é... Pense, agora, na rotina de trabalho da sua empresa...
Quantos colaboradores poderiam ser sensibilizados para as mudanças que necessitam ser implementadas através de práticas de representação? Por outro lado, quantos mereceriam o Oscar de melhor ator em função da forma como se comportam e agem no dia-a-dia? São dois lados de uma mesma moeda.
Enquanto muitas organizações têm adotado o teatro empresarial como estratégia de formação de uma nova cultura sobre como proceder em situações do dia-a-dia, enfatizando os procedimentos valorizados pela equipe, o que fazer, o que não fazer, como fazer, impactos causados pela adoção de caminhos errados e os reflexos imediatos de suas ações sobre o ambiente de trabalho ou sobre a produtividade. Outras sofrem com atores dignos dos melhores filmes de Hollywood que representam falsas atitudes e comportamentos criando um ambiente insustentável para líderes, liderados e para os resultados e estratégias do negócio.
É o teatro se transformando na mais clássica tragédia grega!
Seja no contexto pessoal ou profissional, fingir ser aquilo que não somos é um risco alto demais. Mais cedo ou mais tarde, como diz o jargão popular, a máscara cai e as consequências podem ser as mais inesperadas possíveis. As mesmas pessoas que sempre interpretaram o papel das mais agradáveis, gentis e perfeitas, quando se desvendam os cenários e as máscaras, deixam vir à tona suas frustrações, o ciúme e a inveja.
Sentimentos que, nas empresas, multiplicam a tensão, o sofrimento, a falta de confiança e o medo tornando o clima inseguro, confuso e bem menos produtivo. Não há uma conversa de corredor em que o "teatro" e a falsidade não venha à tona e, com isso, os demais colaboradores acabam culpando a própria empresa pelo comportamento complacente da liderança com a situação.
Em vez de aceitar e aprender a conviver com o teatro empresarial da falsidade é preciso repeli-lo com o devido vigor. Calma! Calma! Calma!
Não significa que em nome da transparência cada um de nós deve assumir a postura “100% sincero”. Isso também é suicídio! Lembre-se que quem fala tudo o que pensa, principalmente em relação aos colegas de trabalho, chefe ou clientes, pode não sobreviver muito tempo no mercado de trabalho.
Bom senso é o caminho mais apropriado em um contexto em que o trabalho em equipe, a cooperação e o compartilhar tornam-se cada vez mais indispensáveis para o sucesso das organizações. Sinceridade demais pode criar um muro. Mentiras construirão castelos de areia.
Para um ambiente de sucesso real é preciso construir consensos, relacionamentos e caminhos. Apesar de ainda existir alguma resistência em acreditar que relacionamentos constróem resultados tanto quanto processos, que situações divertidas podem também instruir, que sensibilidade pode ser um caminho para o raciocínio, que cooperação vale mais que competição; felizmente muitas empresas já entenderam que é humano conservar latente a capacidade de identificação, de reconhecimento, de emocionar, confiar e com-viver.
Numa proposta de gestão de vanguarda, o único teatro que pode (e deve) ser aceito é aquele que explora a simulação, o conflito e as decepções nos palcos. Feche as cortinas à falsidade e fuja dos "atores" que representam gerentes, supervisores ou analistas mesmo que muita competência técnica se comprove. O espetáculo deve ser seu!
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Diário Empresarial
Diário de Mogi - 01 de dezembro de 2011
Hum, valeu pelo conselho!
ResponderExcluir