Desde quarta-feira não consegui pensar em outro tema para a coluna do MogiNews desta semana senão Ale Rocha. Poucos são os mogianos que não se emocionaram com sua luta nos últimos seis anos. Mais do que me emocionar, eu tive a chance de estar com ele algumas vezes e de, com orgulho, passar a considerá-lo meu amigo.
Amigo daqueles que diverge nas opiniões, socorre nos momentos de aperto e se emociona por toda e qualquer conquista. E que conquista pude celebrar nessa última semana... Depois de um difícil dia de trabalho, sem acesso Internet, estava voltando para casa quando vi uma troca de tweets entre o @estadodecirco e a @anarina que me fez parar o carro.
Vida que será possível graças à sua própria força, mas principalmente, graças à consciência de alguma família que, num momento de dor e sofrimento, decidiu-se pela doação de órgãos.
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Nossa legislação garante que somos todos doadores de órgãos desde que após a morte um familiar autorize, por escrito, a retirada dos órgãos. Não basta estar na lei ou você querer ser um doador de órgãos; sua família precisa saber. São eles que vão autorizar os médicos a fazer o transplante da sua vida para outras vidas. Por isso, diga em casa, diga aos amigos, diga no Lounge Empreendedor e para todo mundo que você conhece que você quer ser doador. EU SOU DOADORA!
Lembre-se que qualquer um de nós pode salvar outros “Ale Rocha”. Toda religião que apoia o amor ao próximo deve também apoiar a capacidade que o ser humano tem de doar a si próprio. A conscientização da sociedade sobre essa temática deve ser iniciada nas escolas, nos processos de educação, nos encontros comunitários. É uma tarefa de longo prazo que envolve o pleno exercício da cidadania. Não basta que as novelas (espaço tão familiar ao crítico de TV, Ale Rocha) falem sobre o assunto, o tema deve ser incorporado aos conteúdos curriculares para se lograr uma atitude crítica de longo prazo que permita o debate e a análise dos avanços científicos que influenciam a nossa saúde e determinam o rumo da nossa existência.
Afinal, os estudantes de hoje serão os médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, pesquisadores, cidadãos, governantes e potenciais doadores e receptores de órgãos do futuro.
O transplante é, sem dúvida, a tão esperada resposta para milhares de pessoas com insuficiências orgânicas terminais ou cronicamente incapacitantes. É, sem dúvida, um procedimento médico com enormes perspectivas, porém impossível de ser executado sem o consentimento de uma população consciente da possibilidade, da necessidade e responsabilidade de depois da morte, destinar os seus órgãos para salvar vidas.
Ale Rocha chorou, riu, brigou e conseguiu ter a sua chance, mas existem muitos outros na fila esperando a sua vez chegar. Pense nisso!
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