sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A ARTE DE NÃO JULGAR

Começo o artigo dessa semana com uma afirmação que talvez choque muitos de vocês, mas que quando ouvi fez todo o sentido: Nenhum ser humano é julgável!
Entretanto, julgar tem sido um hábito que aprendemos nas relações mais simples: aprendemos a julgar ao assistir televisão, na escola ou nas relações com nossos pais. Fazemos isso todos os dias, toda hora e pior, sem nos darmos conta.
Somos julgados pela nossa aparência, nosso jeito de falar, de sentar, de se portar. Tenha certeza que sempre existirá alguém por perto que há de tirar conclusões a nosso respeito. Quem nunca foi vítima de um engano desse tipo que atire a primeira pedra.
Mas, o que posso afirmar é que nenhum ser humano é a mesma coisa o tempo todo. Na verdade, cada um de nós tem pensamentos e atitudes que geram situações positivas ou negativas. Isso pode ser julgado, não nossa essência enquanto ser humano.
Ninguém é só gênio ou só idiota. Nenhum rótulo representa o universo de possibilidades que é uma pessoa. Por exemplo, por mais competente que você seja na sua profissão, será que ao assumir uma nova posição será exatamente tão competente quanto é agora? E mais: será que jogando futebol você é tão competente também?
Se a sua resposta foi não para qualquer uma das perguntas, você já conseguiu perceber que ninguém é o que é o tempo todo.
O peso de um rótulo pode levar qualquer um de nós a uma percepção incorreta sobre a vida, sobre si mesmo ou sobre as pessoas.
Nada é tão presumível assim! Já vi casos de pessoas serem tachadas de antipáticas, apenas porque não estavam no seu melhor dia; e que, depois de tachadas, sofreram muito tempo amargando tal rótulo. Afinal, não há órgão mais poderoso no ser humano do que nosso cérebro: basta que se crie uma crença para que passemos a registrar apenas momentos de antipatia de uma determinada pessoa. Parece loucura, mas você sabia que nosso cérebro pensa todos os dias 90% das coisas que pensou no dia anterior?
Então, sempre que se sentir impulsionado a tirar conclusões sobre uma pessoa, pense: “Pessoas necessitam de compreensão e não de hipóteses. Nenhuma pessoa é julgável e todas têm falhas como todo o ser humano”. Colocar um rótulo em si, no outro ou na vida não te ensinará a lidar com a situação.
Não é porque uma moça bonita falou “bom dia” pro seu marido, que ela vai levá-lo pra cama. Cultive em você a segurança, a capacidade de lidar com o novo e de superar problemas.
Fazendo isso, você muda a sintonia de seu pensamento. Você desliga o medo e liga o interruptor da empatia, solidariedade e bem-estar. Nossa vida é muito mais consciente do que percebemos e a maneira como aprendemos a pensar e construir nossas crenças é o maior inimigo na arte de não julgar.
Que tal experimentar?

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado na coluna Opinião - MogiNews
23 de janeiro de 2010

4 comentários:

  1. Aninha parabéns este texto esta maravilhoso!!!
    Acredito que o homem só evolui ao contribuir com a humanidade a sua própria evolução e certamente o julgamento não contribui com nosso crescimento.

    Beijos e aguardo o próximo!

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  2. Oi Ana,
    apesar de estarmos perto e poder falar isso pessoalmente pra vc, é legal ficar registrado: este artigo realmente nos leva a uma reflexão tremenda, muito interessante mesmo.
    abçs.Edu.

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  3. Muito bom texto como sempre! Parabéns!
    Que sementes em formas de idéias, como esta, se multipliquem por todos os lados!

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  4. Ana, adorei a reflexão!
    Eu sou uma pessoa que sou muito julgada pela minha aparência.
    E também já me senti bastante injustiçada por percepções incorretas de outros sobre certas situações com base "no que as pessoas acharam" e não no que realmente aconteceu.
    Precisamos lembrar sempre que julgamos as pessoas com o nosso olhar. Portanto, se estamos achando alguém arrogante e inflexível, será que é nela mesmo que estão tais características ou será que são nossos olhos que estão enviesados (às vezes por características próprias nossas ou às vezes baseados em uma vivência que passamos anteriormente com outra pessoa)? Pra pensar...

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