sábado, 3 de novembro de 2012

MUITO PRAZER

"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido.
Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."
-- Sigmund Freud --


Como é bom estar de volta! Por mais que o corpo grite por um período de descanso, a mente nos direciona para aquilo que nos dá prazer e, sinceramente, adoro estar com vocês todos os sábados para colocar a “Boca no Trombone”.
Furacão Sandy nos EUA, ampliação do período de votação da CPI do Cachoeira em Brasília, pacificação em São Paulo e eu aqui de volta falando em prazer. Sim! Prefiro voltar falando em prazer; aquela sensação de bem-estar que vem como resposta do nosso organismo ou da mente indicando um momento em que fazemos algo benéfico à nossa saúde.
O prazer pode ser atingido de várias maneiras, como praticando exercícios físicos, comendo, tendo relações sexuais, escutando música, lendo, conversando, trabalhando, etc. E, por incrível que pareça, nem sempre ele precisa estar relacionado à demonstração de alegria. Quer ver?
Dormir me dá uma imensa sensação de prazer e, nem por isso, passo a noite inteira sorrindo ou pulando na cama demonstrando alegria por que sinto prazer em dormir. Ter prazer com a vida passa por sentimentos muito subjetivos como a autoaceitação, a sensação de se ter controle sobre o ambiente, a sensação de se viver uma vida cheia de sentido, a busca de crescimento pessoal, relações sociais positivas e autonomia.
Quando somos crianças escutamos pouco sobre nosso direito ao prazer. Sabemos muito sobre o nosso dever – nosso dever respeitar os mais velhos, nosso dever de comer brócolis, nosso dever de beber água, nosso dever de casa na escola. Não poderia ser nosso prazer de casa?
Isso faria toda a diferença! A semântica da escolha da palavra traz consigo a escolha da tradução de seu conceito. Afinal, se eu tenho um prazer de casa, tenho também a sensação de bem estar ao realizar tal atividade.
E isso é mais simples do que parece; basta fazermos escolhas e vivermos a consequencia dessas escolhas completamente no agora e com a gente mesmo, vivenciando plenamente cada um dos momentos, seja no trabalho, nos estudos, em casa ou até mesmo dentro de um ônibus lotado.
Mesmo quando nem tudo estiver exatamente do jeito que você desejar, tente olhar para as situações com outros olhos, buscando trazer à tona os pontos positivos daquele momento. Passe a entender que o prazer não é algo que vem de fora de você. Há algo que vale a pena e que traz bem-estar a você. Olhe para dentro de si e perceba que tudo (exatamente tudo!) ao seu redor pode ser fonte de prazer: dormir, ler um bom livro, namorar, trabalhar, viajar, ir ao cinema, caminhar, cozinhar, sonhar e até, não fazer nada!
Sentir prazer renova as ideias, a vitalidade e a quantidade de energia disponível para o seu próprio dia-a-dia. Ajuda a ativar o sistema parassimpático e representa o grande protagonista quando o assunto é autoestima. Quanto menos prazer na vida, maior a percepção de uma “vida sem sentido", sem beleza, sem encantamento. A valorização e a coragem de viver passam pelo prazer!
Prazer é muito, mas muito mais do que um momento. É um estado de busca e permanência.
 
 
Texto publicado em 03 de novembro

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