"Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião."
-- William Shakespeare --
Você já parou para reparar como o
ser humano gosta de emitir opinião sobre quase tudo? Se essa opinião é sobre a
vida, problema ou decisão de um terceiro, então, surge a tendência a dar
palpites. Mas palpite e conselho são coisas bem diferentes!
Tenho certeza que muitas mulheres
irão se identificar: basta você ficar grávida para que as pessoas ao seu redor
apareçam com dicas e opiniões das mais acertadas às mais descabidas. Todo mundo
parece saber o que você deve ou não fazer com o seu filho, antes e depois dele
nascer. É tanta gente falando na sua orelha que se criou um enorme
preconceito em torno do conselho. Mas é uma injustiça. O vilão da história é o
palpite!
Sobre o pretexto de querer
ajudar, as pessoas mal esperam o pedido de ajuda e prontamente se colocam à
disposição. Essa opinião não requisitada, baseada no “achismo” e na fofoca,
focada na fala e no reconhecimento de quem dá a ajuda é a especialidade dos
palpiteiros. Quem quer mesmo ajudar espera o pedido, não se liga em fofocas,
baseia sua fala em sua própria experiência e deseja com isso o bem-estar do
outro. Isso sim é dar conselho!
Se você quer ser um conselheiro profissional procure lidar com as situações em que as pessoas lhe procurarem de
forma natural, mas muito séria. Crie empatia com quem lhe procura e procure
mostrar que você compreende como a pessoa se sente, o que pode facilitar um
futuro conselho ou, o que é mais eficaz, conquiste a permissão inconsciente
para devolver a pergunta “O que você pensou para sair dessa?”
Não há conselho melhor do que o
conselho que vem do próprio aconselhado. Em muitas situações, tudo o que seu
interlocutor espera é externar o que pensa para que você concorde. Aposto que
você já viveu algo parecido com filhos, subordinados, amigos, namorado ou
qualquer outra pessoa de suas relações.
Escute com atenção e faça novas
perguntas para ajudar a pessoa a enxergar a situação sob outras perspectivas e
para que chegue a novas conclusões. Há um ditado que diz que não são as
respostas que movem o mundo, mas as perguntas. Acredite nesta afirmação ao dar
conselhos. Se você possuir a habilidade de conduzir a pessoa para isto, ela se
sentirá mais feliz e você também.
Caso você já tenha vivido
experiência semelhante, compartilhe seu exemplo tomando cuidado para não
sugerir o mesmo curso de ação ou procure uma situação em que a própria pessoa
tenha vivido uma experiência semelhante no passado em que ela tenha superado a
situação e trace os caminhos que a fizeram vencer a situação. Dessa forma, você
ajuda sem precisa “dar palpite”.
Afinal, não há nada pior do que
viver uma experiência ruim e ainda ter que ouvir de desconhecidos coisas do
tipo “se eu fosse você...” – Ainda bem que não é!
Vale a máxima - se conselho fosse bom a gente não dava - VENDIA!
ResponderExcluirkkk
Só um xiste com a situação! É claro que dependendo o palpite/ conselho a gente simplesmente ouve e ignora ou ouve e leva a sério. Há tanto palpite infeliz que às vezes duvidamos de que algum possa realmente ser levado à sério. Mas ainda há a experiência dos mais velhos que com certeza é preciso que levemos em consideração. Kisses / sem palpite!