Não é mais novidade, afirmar que as competências e o comportamento dos funcionários são mais importantes para as empresas do que os conhecimentos técnicos apresentados no currículo. Formação acadêmica, cursos extracurriculares e todo e qualquer esforço pessoal no sentido de aprimoramento de conhecimentos técnicos perdem o sentido sem habilidades e atitudes compatíveis com os cargos e atribuições da função.
Tenho certeza que você já ouviu falar em (ou até mesmo foi rotulado como) profissional júnior, pleno e sênior? Muitas vezes, tais classificações não refletem apenas o nível de conhecimento dos colaboradores, mas (principalmente) suas experiências, vivências e maturidade, dentro e fora da empresa.
Empresas que, aliás, tendem a ser mais tolerantes com quem está iniciando a carreira, sobretudo no que diz respeito à ansiedade e à impulsividade. Os conhecimentos adquiridos na academia ajudam muito, mas atitudes como falta de cordialidade ou impaciência exagerada não. Afinal, quem deseja ter por perto alguém um funcionário "panela de pressão", prestes a explodir a qualquer momento?
Quanto mais júnior for a sua experiência, maior deve ser a sua flexibilidade, vontade de aprender, criatividade e energia. Uma boa dose de disciplina e controle também pode fazer a diferença. Não significa subserviência, mas ciência de que será preciso disposição e tempo para o aprimoramento e desenvolvimento profissional.
Ao chegar à casa dos 30 anos, quando os profissionais dão os principais
passos rumo a plenitude do desenvolvimento da carreira, é preciso encontrar equilíbrio e bom senso para ampliar as possibilidades. Nesta fase, bons profissionais são aqueles que unem a capacidade de gestão operacional e estratégica. Não basta apenas aprender constantemente, é preciso estar pronto a compartilhar, ensinar e construir coletivamente.
passos rumo a plenitude do desenvolvimento da carreira, é preciso encontrar equilíbrio e bom senso para ampliar as possibilidades. Nesta fase, bons profissionais são aqueles que unem a capacidade de gestão operacional e estratégica. Não basta apenas aprender constantemente, é preciso estar pronto a compartilhar, ensinar e construir coletivamente.
Liderança, administração de conflitos, persuasão e iniciativa são características apreciadas, sendo este um bom momento para melhorar (também) a teoria que os bancos das universidades podem não ter dado conta na sua formação. Muitos profissionais em nível pleno optam em reforçar seus conhecimentos cursando um MBA ou uma pós-graduação em sua área de atuação.
E, como o tempo passa e quem fica parado é poste, se você aproveitar as oportunidades que aparecerão em sua carreira, finalmente, chegará o momento de ganhar o status de profissional nível sênior. Alguém que deve apresentar um maior controle emocional, evitar decisões por impulso e demonstrar boa (e clara) visão de negócios, planejamento, liderança consolidada e desenvolvimento de pessoas. Conseguir transformar idéias em ações, formar sucessores, fazer acontecer e ser exemplo são atributos que consolidam uma carreira. Nada de agressividade e autoritarismo. A palavra é assertividade.
O universo dos negócios é como um jogo de xadrez. Amadores esperam a jogada do rival para só então pensar em como mexer suas peças. Já os profissionais vislumbram três, quatro jogadas à frente e desenham o jogo de sua própria concorrência. Atingir a maturidade profissional é saber jogar e ter a capacidade de transformar conhecimento em sabedoria.
ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião
26 de novembro de 2011
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