segunda-feira, 8 de junho de 2009

DA COMPETIÇÃO À COOPERAÇÃO


Aparentemente contraditórias, essas palavras têm coexistido nos relacionamentos organizacionais recentes. Ao pensarmos na cooperação, o pronome “nós” prevalece ao pensamento individual, mas tanto cooperação quanto competição são formas de “com-vivermos” com o mundo com crenças, comportamentos, estilos e práticas sociais diferentes.
O mercado de trabalho moderno tem dado grande valor à capacidade das pessoas trabalharem em equipe, o que não significa dividir um mesmo espaço.
Cooperação vai além: requer relações de respeito mútuo, tolerância, diversidade e, conseqüentemente, um processo de negociação constante para obtenção de resultados que proporcionem vantagens para todos, reconhecendo que cada membro de um time depende dos outros para sobreviver.
Assistimos a infinitos jogos de poder, resultados de uma competição desenfreada: a lei de Gerson, passar a perna, olho gordo, briga de galo são expressões populares da competição. A possibilidade de dominar, de usar a criatividade a serviço de si próprio, da espionagem, de trapaças e de dissimulações traz um lado muito pesado ao comportamento competitivo nas organizações.
É verdade que, em alguns momentos, a competição nos estimula à aprendizagem, mas talvez isso deva ficar no ambiente dos esportes e não em nossas relações de trabalho, onde a maior competição deveria ser a de vencer a si mesmo e não ao outro.
Esse é o mundo que vejo se construir e prosperar... Um mundo em que ser melhor a cada dia pode ser um fator de cooperação, afinal se eu busco melhorar, melhoro também o time ao qual eu faço parte.
Hoje vemos parcerias inconcebíveis há uma década atrás: carroceria de uma empresa equipada com motor de outra, grandes blocos econômicos sendo substituídos por esforços de cooperação, cooperativas dando oportunidades à diversas pessoas para escoamento de suas produções... Isso sem contar as inúmeras redes de pessoas cujo objetivo é, através da cooperação, evitar a destruição da vida no planeta e preservar o meio ambiente.
Acredito muito nesse novo modelo, e com muita “paz-ciência” espero ver um mundo em que o trabalho em equipe efetivamente transcenda as salas das empresas e traga o verdadeiro sentido de solidariedade, cooperação e ganho para todos, em real “comum-unidade”


ANA MARIA MAGNI COELHO
Junho/2009

3 comentários:

  1. Ana, seu artigo está magnífico! Vem bem a calhar o momento que estou vivendo com a experiência de "tecer" uma comunidade colaborativa da região do Alto Tietê: http://redealtotiete.ning.com/
    Busco um padrão de 'coworking' aqui na nossa região, algo como um modelo de cooperativa, compartilhando ideias e trabalho com lucro justo. Será que sonhamos muito?
    ps.: coworking, veja em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coworking

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  2. O mundo da cooperação é uma grande conquista...
    Eu, particularmente, COM-FIO nesse sonho!
    E sei que é um processo de muita paz-ciência, humildade e fé!
    Mas sigo nele...

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  3. Oi Ana, muito bom o texto. Novas concepções para um mundo melhor.
    Parabéns!

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