"Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior.
E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição.
Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar.
Tudo o mais é secundário."
-- Steve Jobs --
Conhecida como sexto sentido, a intuição não tem nada de sobrenatural (e muito menos é privilégio apenas das mulheres). Intuição é uma capacidade do cérebro que quando bem utilizada pode gerar ótimos resultados aos negócios. Envolve a comunicação dos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo, que é racional e armazena dados concretos - números, palavras e regras; e o direito, responsável pela linguagem não-verbal - símbolos, imagens e sensações. Relacionar o que vem de um e do outro é intuir.
Se explorarmos os dicionários, encontraremos definições do tipo: a intuição é o ato de ver, perceber, discernir, pressentir. Fica-nos, então, aquela impressão de que a intuição é o ato de ver algum objeto ou fenômeno de maneira diferente daquela normalmente vista pela maioria das pessoas. Na verdade, por mais que não possamos vê-la ou explicá-la, todos conhecemos esse sentimento que vem de dentro avisando sobre algo que não vai bem, ou algo que logo será sucesso, motivando ou bloqueando nossas ações.
Quantas vezes tomamos decisões ou fazemos escolhas que não conseguimos explicar? Tenho certeza que você já passou por situações assim, quer ver? Por que resolveu pegar aquele caminho para o escritório ao invés do trajeto que sempre faz? Por que escolheu um candidato ao invés de outro, se ambos tinham a mesma formação? Pois isto é a intuição em ação.
A questão é como interpretar essas sensações. O processo intuitivo não é lógico nem linear. Sensações não seguem regras cartesianas, não são concatenadas, não obedecem a uma ordem temporal - quem dita as regras é o inconsciente.
Trazer para a consciência esse conhecimento interior significa dar vários passos. É comum as pessoas tentarem explicar decisões intuitivas como um gosto ou um capricho. Entretanto, grande parte dos pensamentos que cruzam nossa mente, com tanta rapidez que mal notamos, representam a intuição em ação.
Conseguir relacionar e interpretar dados objetivos e subjetivos, resgatando os sinais emitidos pelos cinco sentidos ao nosso cérebro, é uma das competências mais difíceis de serem desenvolvidas porque desde a escola fomos treinados apenas a desenvolver o lado racional tendendo a desprezar o acaso, as emoções e impressões.
Os modelos clássicos de tomada de decisão sugerem uma seqüência linear: identifique um conjunto de opções, compare-as e avalie-as, atribua pesos e valores, avalie prós e contras de cada alternativa e escolha aquela com um número final que aumente os ganhos e reduza as perdas.
Ótimo! Presumivelmente, você tende a acertar e escolher de forma imparcial e com menor risco. O que está errado é desconsiderar que junto à racionalidade humana existem padrões de preferência e direção construídos ao longo do tempo a partir de nossas próprias experiências.
Por mais cartesiano e racional que você seja, não há como negar que nossas vivências afetam a forma como vemos uma situação cotidiana. À medida que vamos nos tornando mais experientes em determinadas áreas, vamos também nos sentindo mais livres para ouvir “aquela voz interior”. Como você irá interpretar e se apropriar desta voz é o que fará a diferença em suas próximas escolhas. Que tal limpar sua mente, se distanciar dos problemas e ouvir suas próprias respostas focalizando naquilo que parece estar escondido?
Treinar a intuição significa ter acesso a um reino que já é seu. Você tem facilidade para intuir sobre outras pessoas e sabe de imediato em quem pode confiar. Muitas vezes essa capacidade aparece precocemente, o que pode ter sido uma experiência marcante em sua vida. Às vezes é desgastante enxergar mais longe do que os outros. Algumas pessoas intuitivas se assustam ou têm perturbações. Tente superar a insegurança quando tiver algum palpite, pois isso criará dificuldades para posteriores manifestações. Para melhorar seu aproveitamento, precisa mais ordenar do que ativar o processo. Pratique atividades de concentração estudando as interpretações de símbolos e arquétipos; anote seus sonhos e, depois de algum tempo, releia e procure associar com o que aconteceu na seqüência.
Não ignore sua razão e sua experiência, não ignore sua intuição, mas não se baseie somente em uma delas quando novos desafios forem postos a você. As pessoas tentam ativamente organizar e explicar o mundo real à sua volta. Contudo, feliz ou infelizmente, o mundo à nossa volta é caótico. Que tal desvendar novos mapas?
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