Emprego e renda são algumas das maiores necessidades dos brasileiros nesta década e não é diferente em nossa região. Não é a primeira vez que converso com vocês sobre o assunto, mas a pergunta sobre como proporcionar ações de ocupação econômica permanece sendo o assunto em vários encontros empresariais. A responsabilidade é do governo, das escolas, das empresas?
Não! Sua empregabilidade depende exclusivamente de você, de sua competência profissional, disposição para aprender continuamente e capacidade de empreender.
Empreender não apenas no sentido de ter um negócio próprio, mas também de mover-se no contexto da restruturação e mutação do trabalho, no sentido de empreender a si próprio, na economia e na sociedade em permanente transformação.
É claro que para isso a educação profissional precisa ter um foco mais preciso e mais próximo desse novo mercado de trabalho, desvinculando-a de todo e qualquer viés assistencialista. Cursos ministrados para tirar menores da rua ou ocupar mulheres pobres não promovem sua empregabilidade se não inserirem as pessoas no processo produtivo. É preciso despertar em cada cidadão a importância da utilização adequada dos recursos aprendidos, contextualizando conceitos, aproveitando ao máximo o aprendizado e gerando resultados efetivos na geração de trabalho. A transformação do mercado integra o saber fazer com o querer fazer, tendo sempre como meta a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas e das regiões.
Na era do conhecimento e de um mercado cada vez mais exigente, proporcionar o exercício da cidadania é criar um ambiente empreendedor adequado onde o trabalho, e não apenas o emprego, seja o responsável pela geração de renda.
Os negócios feitos em casa, a mão-de-obra ofertada pelas cooperativas e os postos de trabalho virtuais, com flexibilização de horário e local de trabalho são tendências cada vez mais aceitas.
Por isso, é preciso focar ações que permitam o despertar do indivíduo e de seus modelos mentais desde o início de seu processo educacional com atualizações dos conteúdos programáticos, sensibilização e capacitação de professores e profissionais que atuam no segmento educacional, para que possam alertar os alunos e seus pais sobre as novas exigências do mercado de trabalho.
De modo igual, planejamento é indispensável: planejamento da vida da comunidade, das condições de trabalho, da ocupação e utilização do espaço urbano e rural adequando as legislações trabalhista, tributária, societária, civil e comercial às novas formas do exercício profissional.
Por isso, em tempo de Copa do Mundo, minha torcida é pela ampla revisão das condições que garantam um melhor ambiente ao empreendedorismo e a competitividade empresarial.
Ana Maria Magni Coelho
Texto publicado no Caderno Opinião
Mogi News em 12 de junho de 2010
Excelente texto, parabéns!
ResponderExcluirRealmente o empreendedorismo é a chave para o nosso futuro, não falo de abertura de empresas, e sim de atitude empreendedora.
Forte abraço.
Alysson C Abib
blog: www.trademaster.com.br/blog.php
twitter: @trademaster_
Texto muito oportuno, sobretudo nessa parte:
ResponderExcluirEmpreender não apenas no sentido de ter um negócio próprio, mas também de mover-se no contexto da restruturação e mutação do trabalho, no sentido de empreender a si próprio, na economia e na sociedade em permanente transformação.
Precisamos de uma torcida cada dia mais empreendedora, para contribuir com um espaço empreendedor mais produtivo e melhor para todos.
Infelizmente, somos a terra do bolsa-esmola e quem quiser prestar um serviço que preste, por aqui, não tem muito prestígio...
ResponderExcluirPriscilla de Sá