sexta-feira, 4 de junho de 2010

HERÓIS DO CAMPO


Mal amanhece o dia e o homem do campo já está lidando na terra para o seu sustento, de sua família e de muitos de nós. Produtores rurais proprietários, meeiros e arrendatários jogam suas sementes na terra e cuidam para que a natureza as transforme em frutos que formarão seu produto de venda. Natureza que nem sempre é generosa com a agricultura e que apesar de a dizermos perfeita, jamais a faremos chover ou raiar o sol à hora que queremos. Dependendo da cultura de produção, há quem perca com chuvas, geadas ou granizo. E nesse momento, estar preparado e ter uma boa gestão da propriedade podem reduzir os estragos.
Certa vez, ouvi de um produtor que se ele investisse no mercado de capitais os recursos que disponibiliza para sua propriedade, correria menos risco com rendimentos iguais ou superiores aos de sua produção. No campo, não podemos acabar com os riscos, mas se o empresário rural encontrar possibilidades que estimulem sua produção e amplie a geração de renda na propriedade pode mitigar a maioria deles. Boas práticas relacionam-se a profissionalização do homem do campo, a inserção de novas tecnologias, a agroindustrialização da produção e, até mesmo, a intensificação de novas atividades no meio rural, como o turismo rural.
Nesse sentido, me honro em manter florescendo as sementes plantadas na região desde a implantação do SEBRAE-SP em Mogi das Cruzes. Surpreendo-me e aprendo com esses verdadeiros heróis do campo: homens e mulheres que administram suas propriedades com amor à tradição, com desejo em evoluir e assumindo todos os riscos que a atividade traz consigo.
Minha satisfação é jamais ter deixado um único produtor que tenha procurado orientação sem resposta. Se as micro e pequenas empresas formais têm sido responsáveis pelo aumento da criação de postos de trabalho e ajudado o País a manter a economia funcionando; no campo, não é diferente. Nossa região concentra um número expressivo de produtores do elo mais fraco da cadeia de alimentos: o setor produtivo que, dia após dia, lida com a alta perecibilidade de seus produtos vendo seus custos de produção em elevação e seu preço de venda sendo definido pelo mercado.
Por isso, cabe a todos nós, sociedade e poder público, defender e apoiar condições para o desenvolvimento sustentável do campo. Temos nas mãos a possibilidade de construir um modelo de produção rural com práticas efetivas de agroecologia, parcerias responsáveis e transferência de tecnologia em prol da valorização e permanência desses heróis em seus postos de trabalho.
Se falar pode parecer muito fácil; reconheço aqui a dedicação e o trabalho desses empresários do campo e desejo sucesso ao mais novo herói à frente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Fernando Ogawa, que cuidará dos problemas do agronegócios além da porteira de sua própria propriedade!

ANA MARIA MAGNI COELHO
Caderno Opinião - MogiNews
05 de junho de 2010

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