sexta-feira, 19 de março de 2010

REFORME SUA VIDA


Quantas coisas aprendemos observando a vida. Estou realizando uma pequena reforma na minha casa que dia após dia tem me feito observar a vida como ela é.
Quando decidimos pintar um cômodo, mudar os móveis ou colocar um quadro novo na parede estamos motivados a buscar algo novo, remover os incômodos ou talvez, criar um ambiente melhor. Objetivos lindos no inicio da reforma, mas que para alcançá-los, ouso dizer, que rolam gotas de suor e até, eventualmente, algumas lágrimas.
Na planta tudo é perfeito, escolhemos as tintas, realizamos projeções maravilhosas e chegamos a pensar como conseguimos viver até agora sem aquele novo sofá combinando exatamente com os tons pastéis das paredes. Mas, vivíamos!
Entretanto a busca constante de um espaço mais feliz e de um ambiente mais próximo dos sonhos das fotos das revistas, nos impulsiona a enfrentar as negociações, as concessões e a bagunça que qualquer mudança promove em nossas vidas. Quantas coisas temos que enfrentar e quantas concessões temos que fazer para conciliar nossas necessidades às das pessoas à nossa volta. E essa é exatamente a analogia da vida real. No trabalho, buscamos acordos antes de começar um projeto, precisamos estabelecer prioridades, analisamos sonhos e objetivos pessoais e de nossos clientes antes de sair realizando ações.
Em muitos lares, falta um diálogo mais honesto sobre expectativas e insatisfações e também autoconhecimento no que diz respeito às nossas próprias necessidades. Aceitamos o sofá vermelho, mas não estamos plenamente satisfeitos com ele e então, repetimos esse comportamento com o cardápio do jantar, com a programação do final de semana ou com a escolha de uma profissão.
Por não saber definir prioridades e buscar acordos, muitos profissionais realizam a gestão de projetos inconsistentes e muitas famílias, após uma dispendiosa reforma, continuam se sentindo insatisfeitas com os resultados.
Às vezes, nas coisas mais simples do dia-a-dia nos perdemos, e não conseguimos respeitar o ponto de vista dos outros. Com isso, não cedemos, não fazemos concessões e deixamos de aproveitar coisas boas que poderiam ser construídas e conquistadas em parceria. Concessões com sabedoria resolvem dificuldades numa reforma e também nos conflitos do cotidiano.
É impressionante observar que, somente quando mexemos em algo importante, as máscaras vão caindo e percebemos que nós mesmos não falamos tudo o que queríamos, não colocamos limites, e inclusive, pressupomos que o outro já saiba das nossas necessidades. Esse é o grande equívoco!
Para evitar qualquer frustração, seja na sua próxima reforma pessoal ou profissional, abra sua mente e o coração para perceber o outro, respeite as suas próprias necessidades sem buscar ser super herói, mas também sem ser indefeso. Com certeza, encontrará um ponto de equilíbrio e compreensão, sem concessões doloridas nem limites desrespeitados.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Opinião - MogiNews
20 de março de 2010

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