terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O LÍDER DO FUTURO


Qualquer livro ou qualquer curso com foco no desenvolvimento de liderança da atualidade se propõe a aperfeiçoar a liderança servidora, a liderança transformadora ou a liderança seja lá qual for o adjetivo que você deseje utilizar.
Sem um esforço muito grande, você pode perceber que independente da palavra, o que ocorre muitas vezes é a repetição de velhos conceitos como se fossem coisas novas e a disseminação de práticas de sucesso como receitas de bolo a serem seguidas. Basta uma pitada de escuta ativa e uma xícara de comprometimento que a liderança está garantida.
Será mesmo?
Cada vez mais, pessoas e organizações estão percebendo que os antigos modelos de liderança e gestão não estão mais atendendo às suas necessidades e estão se voltando em busca de novos modelos que tragam uma forma mais eficiente de liderar pessoas e atingir resultados organizacionais.
Se liderança é a capacidade de influenciar e mobilizar as pessoas para atingir um objetivo comum levando-as a atingir também o melhor do seu potencial, acredito que o primeiro passo para o aperfeiçoamento de qualquer líder é que ele passe a liderar a si próprio. De que adiantam cursos e livros que ensinem a liderar o outro, se você não conhecer suas próprias competências e deficiências?
Por mais pronto que você se sinta, sempre haverá algo novo a descobrir, afinal quando você se torna líder deverá sempre buscar as mais completas soluções para o desenvolvimento das pessoas. E muitas vezes, pessoas completamente diferentes de você.
Por isso, o ponto de partida é o respeito incondicional pelo liderado enquanto ser humano. É nele que vivem todas as respostas e resultados que o seu time precisa. Se um líder acreditar que tem uma equipe medíocre, BINGO! Ela assim será! Mas se acreditar que tem uma equipe pronta a se desenvolver e atingir resultados de alta performance encontrará uma infinidade de possibilidades em suas mãos.
O líder do futuro obtém resultados positivos para a empresa e para a sua vida aproveitando e desenvolvendo o talento e a criatividade das pessoas.
E você simplesmente não consegue mobilizar talentos na base do chicote. Aquele chefe autoritário e carrancudo que era um verdadeiro “feitor” e não gestor de pessoas está com os dias cada vez mais contados. Isto porque esse estilo de liderança simplesmente não funciona mais – se é que algum dia funcionou. As pessoas não suportam serem destratadas; elas querem ser consideradas de acordo com seu próprio perfil de uma maneira efetiva, prática e desafiadora e precisam ser respeitadas em quatro dimensões essenciais para um bom rendimento profissional: física, mental, emocional e espiritual.
Se uma empresa quer atingir a excelência e se destacar perante a concorrência, precisará de líderes que entendam as pessoas e que contribuam para a diminuição da tensão comum em qualquer ambiente que haja relacionamentos, contribuindo para o aumento de sua própria qualidade de vida e deixando tempo para o que é efetivamente sua competência: foco em resultados e geração de valor para a empresa.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Produzido para O Diário Empresarial
26 de fevereiro de 2010

3 comentários:

  1. Olá Ana assino em baixo,
    Excelente texto.
    Bjs,
    Juca.

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  2. Belo texto Ana!
    Eu creio que liderança é um aprendizado constante. O Egnaldo de hoje, é melhor do que o de ontem e, assim sucessivamente. Nas empresas os líderes precisam entender o princípio da autoridade e não somente do poder. Entretanto, é necessário que ele conheça todos na equipe para melhor compor a equipe em busca dos resultados. Empresas vivem de resultados, ou seja, colocar as pessoas certas nos lugares certos.
    Abraços,
    Egnaldo

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