segunda-feira, 18 de maio de 2009

SERIA MESMO UMA REFORMA?

Não sei quanto a vocês, mas ultimamente eu tenho evitado conversar sobre política nas minhas rodas de amigos, na faculdade ou no boteco.
Mas na última semana não consegui ficar quieta... Um político causa um acidente e mata dois jovens que no mínimo teriam muitas coisas a realizar pelo nosso País ainda, outro grita a quem quiser ouvir: "não estou nem aí para a opinião pública".
Estou enganada ou essas pessoas a quem ele não está nem aí são as mesmas que o colocam no lugar onde ele está sentado?
Enfim, no último sábado (16 de maio) esse foi o artigo publicado no DAT.

SERIA UMA REFORMA?


Desde que eu me conheço por gente, escuto, leio e ouço falar que o Estado Brasileiro tem inúmeros problemas... Problemas financeiros, políticos e sociais, e recentemente problemas éticos têm ganhado destaque da mesma proporção.
Deputados donos de castelos, uso de verba indenizatória para inúmeros fins, quebra de decoro parlamentar e a credibilidade de nossos representantes cada vez mais abalada em sessões permanentes de escândalos inundando o Congresso Federal.
Recentemente, o governo apresentou uma proposta para reforma do sistema eleitoral e do financiamento das campanhas. Mas será que podemos verdadeiramente acreditar na proposta? Não seria esse um meio de desviar a atenção do nosso povo da rotina de abusos nas duas Casas Federais do Legislativo ou dos reais problemas que atrapalham o dia-a-dia de empresários e da população?
Inúmeras reformas são necessárias para que possamos efetivamente democratizar o nosso país e trazer melhores condições tributárias, trabalhistas, previdenciárias...
Os defensores da atual reforma política costumam descrevê-la como “a mãe de todas as reformas”, um pré-requisito para nossa modernização institucional.
O fato é que a política brasileira vive uma grande crise de imagem, de credibilidade e de respeitabilidade junto à opinião pública e iniciar as reflexões sobre a necessidade de revisão política é uma estratégia de resgate necessária às eleições de 2010.
De nada adianta ficar "remendando uma colcha" já super remendada, precisamos de mudanças significativas ao Estado Brasileiro, senão continuaremos tendo os mesmos problemas de sempre.

Ana Maria Magni Coelho
Maio/2009

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