Você é uma dessas pessoas que acredita que a aprendizagem pode acontecer por meio de diferentes formas de comunicação e em diversos lugares? Um dos exemplos que tem me feito refletir é o cinema.
A “sétima arte” mostra que saídas para grandes problemas podem estar bem perto de nós e permite abrir perspectivas e facilitar processos de aprendizagem de uma maneira profunda, envolvente, bem humorada, inteligente e capaz de penetrar em todas as áreas da vida das pessoas.
Durante essa semana, assisti “Duelo de Titãs”, um filme baseado num fato real ocorrido em 1971 que narra a luta quase insana de dois técnicos de um mesmo time de futebol americano, um negro (Denzel Washington) e um branco (Will Patton), que juntos precisam viabilizar a perigosa idéia (para a época!) de treinar um time inter-racial. O projeto parece absurdo num momento histórico em que uma sociedade reacionária lutava para que negros e brancos não frequentassem sequer a mesma escola. Que dizer do mesmo time de futebol!
Embora eu não entenda muito sobre as regras do futebol americano, não pude deixar de pensar sobre os processos de liderança e os desafios que esses treinadores enfrentaram diariamente.
Quais serão as relações entre eles e você?
Nas organizações de vanguarda, não basta mais ser líder. É preciso também ser “coach”. A palavra é inglesa (coach = treinador, técnico, ensinar, treinar, preparar) e refere-se àquele que conduz ou que está na direção. Alguém que tem a responsabilidade pelo desenvolvimento de talentos e pela criação de uma nova geração de profissionais.
Sua participação à frente de sua equipe, de suas metas e dos resultados organizacionais tem sido de um coach?
Líderes só são líderes em função de sua participação ativa nas comunidades em que atuam e pelo seu desempenho. É muito mais uma questão de comportamento do que de cargos ou nomenclaturas hierárquicas.
Certamente é alguém com nível diferenciado de motivação, de percepção e de compreensão das pessoas e de si mesmo. É uma inspiração! Alguém que encontra no interior das pessoas e equipes, a energia que as impulsiona numa determinada direção que contribuirá para o bem comum e para os resultados da comunidade ou da organização.
Foi exatamente isso que assisti em “Duelo de Titãs”. Um filme que mexe com valores “fora de moda” como lealdade, dignidade e amizade, emociona, expõe o ridículo do preconceito racial e não tem medo de ser piegas. Com mensagens edificantes e música eloqüente mostra que saber lidar com as diferenças individuais pode representar a chave do sucesso na condução de um time.
É um filme sobre os mais profundos sentimentos humanos. E isso não tem nacionalidade nem regras de futebol que nos impeçam de entender.
Deixe o preconceito de lado e experimente a arte da liderança.
Ana Maria Magni Coelho
Abril/2009
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