quarta-feira, 19 de maio de 2010

SEMENTES DO BEM


“O que você está fazendo para mudar o mundo e contribuir para uma sociedade mais consciente e integrada?” – Se você buscar responder essa pergunta como a um mantra, talvez ela incomode, mas se você acreditar que já contribui pagando seus impostos, talvez nunca tenha pensado em ser voluntário para o mundo que deseja deixar no futuro.
Ser voluntário é encontrar meios espontâneos e legítimos, derivados de sua própria vontade para doar seu tempo, trabalho e talento para causas de interesse sociais e comunitários. Vai além de pagar impostos, é ser cidadão na essência do direito e dever de fornecer condições fundamentais à vida dos iguais e dos diferentes a você.
Durante 11 dias, nossa cidade vive uma típica demonstração da capacidade produtiva que o voluntariado organizado pode gerar. A Festa do Divino vai além da manifestação de cultura e fé; os festeiros, devotos e todas as pessoas envolvidas na programação religiosa e na quermesse são a prova de que quanto mais se dá, mais se recebe também. Comprovam que ao compartilharem seu tempo, seus conhecimentos e suas aptidões, não ficam sem eles! Pelo contrário, evoluem e aprimoram suas próprias competências.
A questão fundamental do voluntariado em qualquer segmento é descobrir quais seriam as melhores oportunidades para utilizar suas próprias habilidades para conquistar o bem do próximo. Contar histórias? Servir alimentos? Defender o meio-ambiente? Cuidar de enfermos? Se a ação é espontânea, é você quem escolhe o que fazer e quanto tempo está disposto a dedicar por dia, mês ou por ano. O importante é assumir o compromisso com aquilo que poderá cumprir.
Pense nas escolhas como sementes, que penetram profundamente e fecundam o cérebro criando novos pensamentos e convicções. Boas ações constroem uma nova realidade, cristalizam emoções, modelam atitudes e condicionam decisões.
Não seria esse o novo modelo de uma economia mais equilibrada e de uma sociedade mais justa? Uma economia de mercado em que cada qual se mede pela dedicação que tem em relação ao outro? Uma economia do altruísmo?
Tenho certeza de que é possível gerar valor, criar empresas e garantir rentabilidade sob essa nova perspectiva. Pessoas melhores, certamente criam empresas melhores.
Dar atenção ao capital humano, ao conhecimento, as experiências e competências das pessoas é fundamental para a concretização de melhores resultados. O reconhecimento de um ideal, criar uma sociedade mais justa e equânime, ter a capacidade de estimular nas pessoas entusiasmo, criatividade, dedicação, generosidade e o sentimento de pertencer a algo são valores intangíveis que constroem projetos, empresas e comunidades mais conscientes e sustentáveis.
Agir localmente pode influenciar globalmente. Vivemos tempos de união! Nunca é tarde para começar!

ANA MARIA MAGNI COELHO
Diário Empresarial – 21 de maio de 2010

3 comentários:

  1. Oi Ana,
    cada vez mais interessante os seus artigos hein, inclusive sobre um assunto tão importante e que com certeza nos leva a uma reflexão sobre nossas ações do dia-a-dia né.
    bjs,
    Edu...

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  2. Pois é, Edu...
    Enquanto terceirizarmos responsabilidades que temos total possibilidade em assumir, não encontraremos as mudanças que esperamos ver no mundo.
    Eu prefiro acreditar na economia do altruísmo e da cooperação! É possível ser competitivo dedicando tempo e competência a sociedade.
    Um beijo e valeu pelo comentário!
    Ana Maria

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  3. Olá Aninha.
    É ótimo saber que a moça que escreveu isso trabalha na nossa amada Mogi das Cruzes!!!!! Rsrsrsrsrsr
    Continuemos a trabalhar juntos com as instituições que representamos, pois nos alinhamos em tudo que vc diz.
    Um grande beijo.
    Bertalmio.

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