A vida de qualquer empreendedor – e quiçá qualquer pessoa – tem dias da mais pura angústia em que perguntas do tipo “o que fazer, pra onde ir, o que mudar, com o que persistir, quais são as principais estratégias” ocorrem nas horas mais impróprias e acompanham as mentes até que as decisões sejam tomadas.
Pode acontecer no carro ou no happy hour descontraído quando uma informação ouvida no rádio ou uma simples piada de um amigo liga a “antena” e traz a sensação de felicidade – se for uma boa idéia – ou de angústia, se for algo que sugira problemas e coisas para resolver.
Empreendedores, por sua própria natureza e pela experiência em se aventurar na abertura de um negócio, talvez se sintam obrigados a pensar em suas próprias vidas e para onde querem ir com uma freqüência um pouco maior, mas será que essa não é uma pergunta que todos deveriam se fazer habitualmente?
Quando entrevisto algumas pessoas em busca de emprego ou recebo um candidato a empreendedor, normalmente eles dizem que estão em busca de novos desafios. Parece até que falar em desafio é algo que dá credibilidade hoje em dia. Mas quando o desafio bate realmente à porta, algumas pessoas deixam de lado aquilo que queriam tanto e passam a reclamar que agora o trabalho está puxado demais ou que o trabalho é demais e o dinheiro é pouco... Parece um vício: o lugar em que estamos e o habitual jeito de fazer é o conforto que esperamos ter!
Por isso, admiro os empreendedores. Para eles, não há conforto, mas sim sonhos. São pessoas que parecem ter mais projetos e ideais e por isso, parecem menos frustrados. Por se defrontarem com tantas incertezas acabam sendo obrigados a colocar uma alta dose de energia em suas decisões e os obriga a uma dose de confiança e independência mais alta.
O poder da visão dessas pessoas que transformaram idéias em realidade e são efetivamente capazes de se responsabilizar pelos seus próprios sucessos e fracassos é o que me causa grande respeito.
E vale destacar que essas pessoas não são seres iluminados ou qualquer coisa assim... Todo mundo tem o “vírus” do espírito empreendedor. Em alguns ele está desperto, ativo, em outros está dormente, mas todos podem despertá-lo.
Para isso, estabeleça um prazo para assumir seus próprios desafios. Não se sinta uma vítima do destino, pois tudo aquilo que você vive hoje, o seu trabalho atual, ajuda a criar a estrutura para lançar você para onde deseje estar. Aproveite cada pergunta que surgir nos momentos daquela mais pura angústia para construir suas metas de futuro.
Por mais árdua que seja a construção desse caminho, melhor será o sabor da chegada. A diferença entre os muitos sonhadores e os poucos vencedores está na atitude à frente dos desafios. Empreenda sua vida!
Ana Maria Magni Coelho
Publicado em 18 de julho de 2009
Olha só hein Ana, pode ter certeza que eu leio todos os artigos. Mas dentre todos, pelo menos até agora, esta foi a melhor. Você conseguiu traduzir neste artigo toda angústia que muitas pessoas devem sentir e provavelmente não sabem o que é: o empreendedorismo. Parabéns... bjs.
ResponderExcluiro japinha Edu.
Pois é, Edu...
ResponderExcluirMais do que a angústia de empreender, acredito que as pessoas precisam ter a coragem de assumir as rédeas de suas próprias decisões. Acho que essa é a principal diferença do mundo corporativo do mundo de quem empreende: a tomada de decisão gera resultado em si próprio.
No mundo corporativo podemos despertar para isso, basta assumir o planejamento, a busca de informações, a capacidade de correr riscos calculados assumindo os próprios erros... Podemos empreender nossas vidas mesmo nas empresas em que trabalhamos. Você é um exemplo disso!
Um beijo, Ana