Um homem rasga alguns papéis no carnaval e vai preso. Políticos rasgam nosso dinheiro em corrupção e são (re)eleitos. Um jovem mata uma criança, não presta socorro (e nem depoimento), mas tem sua identidade protegida. Rachas matam adolescentes nas estradas e avenidas das grandes cidades.
Queria evitar a polêmica do carnaval 2012 na coluna desta semana, mas não posso. Há fatos que me doem na alma. Não sou advogada, e muito menos juíza, para ponderar sobre os direitos dos infratores, mas sou mãe e educadora.
Tenho um filho com a mesma idade do menino que causou o acidente com o jet-sky na praia de Guaratuba, litoral de São Paulo, matando um menina de 3 anos. Sinto as dores das duas mães. Não posso julgar, mas ao acompanhar a cobertura da imprensa sobre o inquérito policial, me preocupo com os valores que criamos e multiplicamos pelas novas gerações. Instituimos a filosofia do "isso não vai dar em nada" e pior: nos acomodamos a ela!