sábado, 14 de janeiro de 2012

ENDIVIDAMENTO EMOCIONAL

Matrícula da escola, material escolar, IPTU, IPVA, aumento nas tarifas da conta de água, fatura do cartão de crédito com as compras do Natal... Ufa! Será que o bolso aguenta?!?
Tradicionalmente um mês de muitas despesas extras, janeiro requer planejamento e monitoramento para evitar o pagamento de um alto preço em seu orçamento (e às vezes, em sua saúde) por todo o novo ano.
Embora o endividamento seja considerado um fenômeno relativamente novo em nossa sociedade, o significativo aumento de pessoas endividadas traz uma nova dinâmica a economia. Poucas famílias, mesmo as consideradas mais esclarecidas, têm o hábito de parar e pensar no quanto de sua receita está comprometida com dívidas ao longo dos meses. Esta falta de reflexão conjunta acaba conduzindo a tomada de decisão sobre novas questões financeiras de forma errônea: por impulso, por compulsão e, principalmente, pelo significado que determinados produtos têm para cada um.
Da compra de um sapato à aquisição de um carro novo, o status, o poder, a auto-estima e a imagem que se quer passar para os outros são alguns dos motivadores – conscientes ou inconscientes – que determinam as escolhas de cada um de nós no dia-a-dia. Afinal, ainda que a mochila das crianças esteja em bom estado, o que os outros iriam pensar se elas voltassem à escola com o mesmo material do ano passado?
Influenciadas por expectativas, frustrações, sonhos, desejos e pelo que imaginam que os outros pensam a seu respeito, na maior parte do tempo, as pessoas deslocam sua capacidade de investimento para o endividamento sem perceber as reais consequências dos seus atos.
Muitas vezes, o endividamento financeiro se dá como consequência do chamado endividamento emocional. "Devedoras" de uma imagem melhor, de um corpo perfeito, de uma inteligência maior ou de uma dedicação mais intensa aos filhos, consumir parece ser a única alternativa para suprir suas lacunas pessoais com o mundo. Lacunas que nunca se fecham, pois quanto mais se consome, mais problemas se acumulam.
Mas como lidar com isso numa sociedade que promove um consumo tão acelerado e vigoroso? Como reduzir os custos e se preparar para o pagamento as dívidas já contraídas e os impostos do período?
Receitas ou manuais não são muito eficientes nesses casos, mas educação e análise podem ser armas eficazes na batalha. Cortes indiscriminados, como o fim da pizza nos finais de semana ou a demissão da faxineira, farão apenas o que as pessoas popularmente chamam de economia burra e tendem a aumentar ainda mais a insatisfação emocional.
É preciso ampliar seu conhecimento na área financeira, perder o medo das planilhas de fluxo de caixa e reconhecer sua situação. A capacidade de crítica frente ao consumo e a análise das emoções que interferem na tomada das suas decisões aumentarão as possibilidades de romper o ciclo do endividamento e de conseguir investimentos saudáveis, tanto financeiros quanto emocionais.
Boa sorte!

3 comentários:

  1. Adorei o texto e o blog Ana ! Parabens! te sigo no twytter e agora aqui tb.!

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  2. Mais uma vez fica provado que conhecer-se antes de conhecer o mundo é uma boa alternativa para aqueles que se perdem em meio à gastos e consumo por impulso.

    Muito bom o texto. Até estranhei por não ter mais comentários, aqui.

    Abraço!

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  3. Muito bom, o Lounge além de cultura empreendedora, também é educação financeira da melhor qualidade.

    Bruno Bezerra
    @brunobezerra

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