quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INTERNET NO TRABALHO

Em tempo de profissionais cada vez mais conectados e bem informados, saber como utilizar a rede mundial de computadores sem abusos é uma tarefa das mais complicadas. São inúmeras as questões acerca da produtividade e do uso na internet no ambiente de trabalho. 
Uma pesquisa recém divulgada pela Trabalhando.com Brasil com 478 profissionais de todo o Brasil comprova algo que muitos gestores ainda duvidam: o uso da internet no ambiente de trabalho para fins pessoais pode aumentar a produtividade do trabalhador.
Sim! Pessoal e profissional podem caminhar juntos também na internet.
Quando a empresa mostra se preocupar com o que seus colaboradores precisam, eles se sentem valorizados e motivados e por isso, sua produtividade pode até aumentar. Estudiosos da Universidade de Melbourne, na Austrália foram os precursores nessa avaliação. Na ocasião, eles constataram que o uso da internet no ambiente profissional como forma de entretenimento ou descompressão foi capaz de aumentar em até 10% o nível de concentração e a produtividade dos trabalhadores.
Uma pausa para verificar algo na web pode gerar melhor desempenho do que trabalhar de forma contínua ou de forma distraída. Funciona como o bate-papo no café ou qualquer outro artifício que “oxigene o cérebro” e recupere a atividade mental dos trabalhadores.
O levantamento brasileiro mensurou a partir do número de adeptos da internet no ambiente de trabalho quantos utilizavam a internet para fins pessoais e por quanto tempo permaneciam online por essa razão. De acordo com a pesquisa, do total de entrevistados, 51% admitiram que utilizam ou utilizariam a internet da empresa para fins pessoais, enquanto que 38% informaram utilizá-la somente às vezes. 
É claro que bom senso nessa questão não faz mal a ninguém. Para evitar abusos, algumas recomendações são sempre apropriadas tanto às empresas quanto aos colaboradores. Lembre-se que é possível conciliar as necessidades dos funcionários aos interesses da organização e que nesse caso, o melhor é orientar em vez de restringir. Basta reconhecer que se sua empresa bloquear o acesso à internet, as pessoas poderão acessá-la a partir de seus celulares, o que demandará ainda mais tempo desconectadas de sua função.
Enquanto algumas empresas têm gasto milhões no controle de acesso à web - 53% das companhias brasileiras impõem bloqueios ao uso da rede empresas – outras preferem trabalhar na educação e conscientização dos colaboradores quanto à atenção e ao risco de atividades inapropriadas na rede.
Se você é empresário, defina claramente as regras do jogo: proibir, liberar parcialmente ou totalmente depende do ramo de atividade e do trabalho do colaborador. A questão central está em equilibrar vantagens e desvantagens. Afinal, a internet pode agilizar a comunicação e ser uma fonte valiosa de informações.
Se você é funcionário de alguma empresa, busque conhecer se existem restrições. Se não houver uma regra, mesmo assim use o bom senso. Lembre-se de que você está no local de trabalho e que tanto o computador quanto a conexão à internet são da empresa. Certos abusos podem, inclusive, resultar em demissão por justa causa. Portanto, cuidado!
Seu e-mail corporativo não é pessoal. Utilize a ferramenta apenas para fins profissionais e deixe para enviar assuntos particulares de seu e-mail pessoal. Limite-se a discutir apenas assuntos profissionais nas mensagens instantâneas (MSN, Skype ou Gtalk) e se for preciso uma conversa mais pessoal, faça com moderação e sabedoria.
Se for permitido, reserve um tempo pré-determinado para acessar as redes sociais e e-mails pessoais. O ideal é que seja no almoço, início ou final do expediente. E jamais (eu disse JAMAIS) acesse conteúdo limitado ou baixe arquivos que não agreguem conteúdo a você e à empresa.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado no Caderno Diário Empresarial
20 de outubro de 2011

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