quinta-feira, 29 de julho de 2010

APROVEITE OS CONFLITOS

Passamos nossas vidas enfrentando conflitos. De brigas no jardim da infância por causa de um brinquedo até discussões sobre as roupas que nossos filhos querem usar ou o sabor da pizza que escolhemos para o jantar.
Conflito é o processo que se inicia no momento em que percebemos que alguma decisão afetou ou está prestes a afetar negativamente algo que damos importância. E quanto mais importância dermos a esse fato, mais intenso será o conflito.
No trabalho, colegas briguentos, clientes irritados ou chefes que dão broncas sem sentido são o suficiente para nos convencer que temos que aprender a enfrentar conflitos. Qual é a maneira mais correta?
Quando permitimos que os conflitos eclodam de forma negativa, eles podem minimizar a produtividade e prejudicar os relacionamentos das equipes. Contudo, em uma visão mais ampla, conflitos têm muitas funções positivas, pois podem ajudar a resolver problemas de uma forma mais criativa e a pesar nossas próprias convicções e argumentos. Conflitos resolvidos de forma positiva previnem a estagnação decorrente do equilíbrio constante da concordância, estimulam o interesse e a curiosidade pelo desafio, descobrem problemas e demandas à sua resolução.
Seja qual for o tipo de conflito em que nos envolvemos (metas, julgamentos ou normas) tendemos a reagir de maneira igual: assumindo uma posição que defina o nosso território e valide nossas convicções até que possamos entender e cooperar com o outro.
Se você deseja encontrar um caminho para administrar a situação e trazer resultados positivos, busque o caminho da colaboração. De nada adianta evitar ou acomodar as situações conflitantes como se elas não existissem. É preciso o interesse genuíno em atender aos anseios de todos os envolvidos, principalmente quando quisermos melhorar um relacionamento, quando os resultados forem muito comprometedores ou quando se deseja encontrar um consenso.
Para isso, escute ativamente todas as versões que envolvam o conflito, faça perguntas que revelem seu interesse e disposição em resolver a situação, expresse suas próprias preocupações, mas procure afastar seus próprios sentimentos sobre a situação. Fica mais fácil se você depositar toda sua atenção no presente e nos fatos, sem julgar ou tentar adivinhar os motivos da outra parte.
E, se você está administrando essa situação, lembre-se de assumir a responsabilidade pelo seu próprio papel no conflito e utilize a cooperação, a transparência e a assertividade como ingredientes indispensáveis.

ANA MARIA MAGNI COELHO
Publicado em O Diário Empresarial
29 de julho de 2010

Um comentário:

  1. Muito oportuna a materia,hoje em dia é importantissimo o papel do "resolvedor de conflitos"em qualquer organização.

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