sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SAMBA NA ECONOMIA


O brasileiro é realmente um privilegiado em termos de festividades, pois logo após as festas de final de ano vem o Carnaval, uma das maiores festas brasileiras e que já faz parte da cultura nacional.
Tendo como "comissão de frente" a eterna alegria do nosso povo, o evento pode ser considerado um legítimo abre-alas da indústria do turismo e deve ser lembrado por outro importante quesito: o empreendedorismo que envolve seus organizadores.
Uma verdadeira rede de negócios está estruturada em paralelo à folia, com um mercado de bens e serviços difícil de ser quantificado pelos que sonham em descobrir o volume real de dinheiro movimentado nos dias de festa.
O gigantismo é um atestado inegável do sucesso, que só é possível graças a muita competência e capacidade empreendedora de todos os envolvidos, temperadas com uma boa dose de ousadia, criatividade e inovação que transformam sonhos do papel em realidade.
Ao longo do ano, são realizadas várias reuniões para definir enredo, contratações (muitas a peso de ouro) de carnavalescos e técnicos, horas dedicadas ao desenho das alegorias e adereços, definição de alas, carros alegóricos e componentes. Além de muita análise dos resultados do desfile e das notas atribuídas a cada um dos quesitos no ano anterior.
Consegue perceber a semelhança desse agito com o mundo coorporativo? Análises comparativas, estudos preliminares, contratações, planejamento. Pois é, as escolas de samba são representantes de uma grande indústria, a indústria da alegria!
E como indústrias, algumas escolas já perceberam a necessidade da profissionalização de seus processos de gestão, da melhoria da qualidade de seu atendimento e das possibilidades de ampliar suas oportunidades de negócios e criar alternativas empreendedoras de geração de renda.
Carnaval, turismo e negócios são destaques de um mesmo carro alegórico onde eficiência e eficácia, receitas e custos, controle e qualidade são atributos de um desfile que deve atender ao deslumbramento de turistas, aos interesses públicos para arrecadação de impostos e taxas, aos interesses privados de rentabilidade e marketing e aos interesses institucionais das escolas de samba, que devem preservar e resguardar a euforia dos passistas, a tradição do grêmio e a glória de sua instituição.
Nesse carnaval, você que é empreendedor, preste atenção às valiosas lições desse espetáculo de alegria e sucesso!

Ana Maria Magni Coelho
Publicado em O Diário Empresarial
12 de fevereiro de 2010

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